Vacina, o melhor presente
Vacinas não possuem ideologia política, sua função é imunizar e proteger as pessoas. Elas não são de direita ou de esquerda, o que interessa é que tenham eficácia. O vírus não quer saber o partido político das pessoas ele chega simplesmente e se abanca, às vezes não faz nenhum estrago ou causa poucos danos. Outras vezes, chega voraz e faz muitas vítimas. Hoje no Brasil, houve o registro de 190.006 mortes pelo coronavírus, para esses a vacina faria toda diferença.
Mas, não é fácil. Os desafios logísticos do programa de imunização da Covid talvez sejam tão difíceis quanto os científicos de desenvolver uma vacina de forma rápida e eficaz. Convencer governantes da necessidade de comprarem e disponibilizarem as vacinas, talvez seja um outro problema. Fazer as pessoas acreditarem que devem se vacinar, mais uma dificuldade a ser enfrentada.
Se já existem tantas contendas as serem enfrentadas, imagine só quem vive em um país cujo presidente além de não acreditar na vacina impõe empecilhos e mais empecilhos na sua compra e distribuição?
Certamente, as nações mais ricas e mais desenvolvidas chegarão primeiro. Mais uma vez elas sairão na frente para terem de volta o crescimento de suas economias. É isso, para muitos, o mais importante.
O Papa Francisco disse, no discurso de Natal, que a vacina deve ser compartilhada entre os países. Segundo ele “os muros do nacionalismo não podem ser erguidos para parar uma pandemia que desconhece fronteiras”. Será que as grandes potências mundiais compartilham dessa ideia?
Neste momento o presente de Natal que a maioria da população mundial quer, decerto seria que tivéssemos vacinas para todos em 2021. Não importa classe social, cor da pele, se tem cabelo liso, cacheado ou crespo. Não importa a orientação sexual, velhos, novos, gordos ou magros. Todos, com certeza, torcem para algo que freie essa pandemia, pois querem estar vivos para o próximo Natal.
Nália Lacerda Viana, 25 de dezembro de 2020