EVANGÉLICOS OU CRISTÃOS?

Às estatísticas dizem que os evangélicos no Brasil já somam a marca histórica de mais de 40 milhões de fiéis. Se na década de 80 eles não representavam mais do que 3% da população brasileira, hoje representam quase dez vezes mais essa proporção. A força que referidos religiosos tem no atual cenário público brasileiro é tão forte e impactante que existe até no congresso a chamada bancada evangélica algo totalmente impensável nas décadas passadas. Isso sem falar dos grandes templos e meios de comunicação que as megas igrejas possuem e, dos renomados artistas, jogadores de futebol, cantores, etc, que declaram abertamente que são evangélicos. Só que nem tudo são flores neste conglomerado religioso. Por ser um grupo que cresce a cada ano que passa gerando força política, lucro e visibilidade, a disputa por poder no meio também cresce. Por conta disso, escândalos envolvendo líderes evangélicos são recorrentes. Em muitos ambientes do chamado mundo gospel, rola de tudo: lavagem de dinheiro, disputa armada por poder, acepção de pessoas, manipulação da massa, swings, etc, são alguns de muitos outros casos sinistros que ali rolam. Não é exagero. É fato. Estes, talvez sejam os motivos pelos quais o termo evangélico se encontra altamente desgastado em nosso país. Para muitos, a palavra evangélico é sinônimo de pilantragem. Mas, talvez o que muitos desconhecem é que nas escrituras sagradas a expressão evangélico não existe, e sim cristão. Era assim que os seguidores de Cristo eram chamados no início da igreja primitiva que significava "pequenos cristos." Foi só à partir da instituição da religião cristã oficializada na era do imperador Constantino e, séculos depois já com o capitalismo em alta, é que os evangélicos ganharam tal conotação e se tornaram esta grande potência que são. De cds a broches, os penduricalhos fazem muitas igrejas faturarem "rios de dinheiro por ano." Os investimentos publicitários nesta área são gigantescos. Não há limites para se faturar. Com isso, parte da mídia que adora atacar (muita das vezes com razão), aproveita e coloca no mesmo balão o irmão simples e humilde que leva sua fé a sério, a certos charlatões de televisão que só visam cifrão. Porém, ao enviar seu filho Jesus à terra, Deus não tinha a mínima intenção de que os discípulos de Cristo se tornassem evangélicos ou "gospels." Literalmente não! Ao enviá-lo, ele tinha basicamente cinco propósitos: 1- Salvar a humanidade da sua ira. O pecado humano já cheirava mal ao pai celestial. 2- Que os seres humanos viessem ao arrependimento. 3- Que passassem a viver uma vida baseados em verdade, simplicidade e justiça. 4- Que amassem uns aos outros sem interesse e que jamais pagassem o mal com o mal. 5- E que seguissem à partir da nova conversão, uma pessoa (Cristo) e não uma ideia, filosofia de vida ou religião. Isso é ser cristão. Nada além disso. Enfim, você pode até não crer em salvação eterna, perdão de pecados, Deus, Cristo e Espírito Santo e ser um ateu ou ateia e achar tudo isso pura ilusão. Porém, é fato que há um larga diferença entre ser evangélico e cristão e tal diferença se encontra no coração!

Danilo D
Enviado por Danilo D em 17/09/2020
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