VOCÊ É NARCISISTA?

Tenho 1,86 de altura, jogo futebol (atualmente não por causa da pandemia), ando pra caramba (amo ir ao banco e supermercado), faço regularmente caminhadas (aliás, na última terça feira vim correndo e andando do Tatuapé até Itaquera), etc. Há duas semanas resolvi fazer uma reeducação alimentar, pois estava pesando 98 kilos. Para a minha altura o peso estava ideal (tirando aquela pança de verme, rs). Ao me reeducar, passei a comer mais frutas, saladas, almoçando o mínimo possível, não comendo doces, salgados e nem jantando. Resultado: 5 kilos perdidos em duas semanas. Ótimo. Só que hoje estava com uma vontade imensa de chupar um sorvete. Compro ou não compro, eis o dilema. Comprei. Aí, fiquei pensando: Aonde quero chegar perdendo peso: Estou obeso? Não. O cardiologista pediu? Não. Vou participar de alguma maratona? Não. Faço exercícios regulamento? Sim. Então, por que deixar de desfrutar de alimentos e guloseimas que gosto se não preciso me abster deles? (obviamente que se alimentar bem é bom, não se nega isso). A resposta que me veio foi: Vaidade sem necessidade. Vivemos uma era de extremo narcisismo, ou melhor, dizendo: a cultura da imagem, do espetáculo (vejam as redes sociais). Queremos aparecer e se mostrar com o intuito de impressionar. A mulher ou o homem que passa 3, 4 ou 5 horas em uma academia deseja apenas saúde? Dúvido. Não, não estou fazendo apologia de uma má alimentação e muito menos negando a importância de exercícios físicos. Pelo contrário. Se pudermos evitar excessos de frituras, gorduras, enlatados e doces, nossa saúde agradece. Isso é fato. Agora, deixar de saborear um sorvete, uma cerveja, um torresmo, etc, em nome de um corpo perfeito e não saudável, a meu ver, é extremamente infantil para não dizer doentio. Em 1Timoteio 4, Paulo, apóstolo, vai dizer que o exercício físico é de pouco proveito; a piedade, porém, para tudo é proveitosa, porque tem promessa da vida presente e da futura. Enfim, deve ser isso aí.

Danilo D
Enviado por Danilo D em 14/08/2020
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