CATADORES DE PAPEL
Não é de hoje que vemos o vai e vem dos catadores de papel pelas ruas dos grandes centros. Bolem daqui, bolem de lá. Alguns, se vestem mau mas, o que importa? O trabalho é o mesmo 'tal como sempre foi', numa espécie de ritual. Eles, fazem o próprio horário, sem intromissão de ninguém.
Há também os recolhedores de frutas, verduras, legumes e hortaliças, a exemplo daqueles que frequentam as feirinhas do CEAGESP (em todo Brasil). Esses 'agrados' caem bem na mesa de quem precisa. Carrinhos e mais carrinhos cheios de alimentos 'fresquinhos'. Recebem, ainda, 'borrifadas de água' para umidecerem a casta. Tudo do bom e do melhor. Serviço suado que exige esforço. Força no braço para empurrar a mercadoria durante o percurso trabalho - casa. Faça sol, faça chuva, a missão continua, sem 'jeito nem trejeito' importando, apenas, o resultado.
Essas pessoas - incluindo mulheres e crianças - não são 'pedintes' mas, ambulantes que acharam um meio honesto para vencerem o desemprego. Triste quadro social. Dito isso, tanto um, quanto o outro, trabalham para sustento próprio e da família. É o chamado 'ganha pão', santo dever. Parte deles, juntam algum dinheiro ou provisão para suprirem eventuais necessidades no lar, a título de despesas (compras, conta de luz/água, aluguel). A vida laboriosa começa cedo. Dura o dia todo. Parece interminável. O mercado popular, sem eles, não é o mesmo.
Merece registro.
Aproveitem o domigo para descansarem!
Thiago Valeriano Braga