A política da boa vizinhança

A política da boa vizinhança

Vivemos um tempo de grande elevação cultural. Todos têm direitos e os reivindicam. Apesar disso a cortesia está menos em voga e a grosseria mina os personagens.

Seria natural que, devido o progresso cultural e do ensino acadêmico secular, as pessoas estivessem mais cortezes. Entretanto isso está perdendo terreno para a falta de modos em todos os modos. As saudações tradicionais cotidianas já não são vistas com simpatia. Dá-se preferência para as não formais e para as atuais, como "Oi", "Alô", "Olá", "E aí?", "Tudo bem?", Etc…

Do mesmo modo, deixam-se os "bons modos" nos tratamentos das reuniões nas casas legislativas, onde, por dever de ofício, os seus congressistas usavam um tratamento ceriminioso e formal, por outros que não coaduna com aquele recinto.

A algum tempo atrás, quem ousasse falar muito do que se fala hoje para alguém, corria o risco de ser advertido quanto a integridade dos dentes dele, e receber a pergunta se o mesmo gosta deles.

O que outrora era considerado ético, hoje já não tem a mesma importância nem o mesmo valor. Até na suprema corte já há certa flexibilização dos modos antigos.

Há uma predição bíblica que diz que no final dos tempos os homens seriam insolentes (atrevido, grosseiro, etc).

O "politicamente correto" perde o seu real significado e o ético passa a ser não ético.

O homem vai chegando ao seu apogeu, e agora já traça uma linha descendente e decadente nos seus usos e costumes.

Até os pais e filhos já não estão tendo um tratamento respeitoso nos seus modos. Xingam um ao outro sem nenhum pudor.

Parace que o homem (ser dito humano) chegou no limiar de uma nova era. Mas não de luz resplandecente, senão de decadência.

Manaus-Am, 19/05/2020

Oli Prestes

Missionário