Existência (I)

Existimos, pensamos, agimos.

É o mundo humano.

Mundo em que existir é responder a instintos geneticamente herdados e a conhecimentos proporcionados pelo ambiente onde se vive, marcado pela cultura formada em tempos e espaços específicos.

Existimos porque somos corpos, parte dessa pluralidade de que se compõe este universo que se sabe infinito. Corpos que desenvolveram uma capacidade de pensar e agir ao transcender imposições instintivas de sua natureza física, criando o mundo humano, reconhecendo-se a si mesmo, seus pares e aos demais seres a seu redor, vezes explicado de modo justificado, a partir de fundamentos teóricos, vezes de forma espontânea, apreendido na experiência vivida.

Ao criar o mundo humano, o pensamento é elaborado e exercitado na ação. Existimos, pensamos e agimos na simultaneidade. Nesse movimento que faz o mundo humano constituir-se, observa-se um cenário de incontáveis lutas e conflitos, atravessados por instantes de calmarias, tomados como sendo a paz.

Cada indivíduo, para viver, enfrenta intermináveis lutas, o que faz do mundo um vasto campo de batalha em busca da plenitude humana, ali onde a dor somente aconteça como exceção. Salvar-se do sofrimento é uma busca permanente do homem. Vê-se isso nos fundamentos das ideologias, nos princípios das religiões, nos processos políticos.

A História, do mais remoto tempo a nossos dias, está cheia desses registros em que somos o lobo de nós mesmos, no abandono do vínculo social que nos envolve.

É de se ressaltar que há, também, registros históricos dos atos de enfrentamento cotidiano dos desastres, empenhos heroicos de homens e mulheres que se santificaram pelo bem do outro, tal a grandeza de suas ações virtuosas: Mahatma Gandhi (1869-1948), Irmã Dulce (1914-1992), Madre Teresa de Calcutá (1910-1997), Martin Luther King Jr (1929-1968), Nelson Mandela (1918-2013), Chico Mendes (1944-1988), entre outros.

No percurso da existência há sofrimentos, mas é preciso lembrar que muitos caminhos de bem-aventurança já foram traçados e muitos são os horizontes de esperança.

Antonio Pereira Sousa
Enviado por Antonio Pereira Sousa em 13/04/2020
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