Quando observo o noticiário,  fico assustado com a quantidade de casos de violência envolvendo familiares., tipo pai matando filho e vice versa, irmão matando irmão, sem contar os casos de  feminicídio , que  extrapolam a todo entendimento humano, enfim,  me assusto com uma brutalidade inexplicável que tem acometido todos os membros de uma mesma família.                                                                Sempre que toco  neste assunto,  ouço a explicação de que na verdade a violência não aumentou, apenas tomamos conhecimento dela por conta da eficiência dos meios de comunicação,  mas ela sempre existiu. De fato, a violência na família vem desde os tempos de Caim que matou Abel, deixando em vinte e cinco por cento o índice  de violência já no inicio da civilização.  Só que de Caim até nossos dias já se passaram milhares de anos e não melhoramos nada?  Será que a violência não aumentou mesmo?  Do meu ponto de vista,  tenha  aumentado ou não, será sempre motivo de espanto,  mesmo que seja apenas um único caso.   Pois jamais teremos motivos para tirar a vida de alguém, ainda mais se tratando de pessoas que são sangue do nosso sangue.  Aliás, todos somos irmãos, descendemos de um único ser humano: Adão. Logo, por extensão, não devemos matar ninguém, como diz a lei : Não matarás .  Segundo os sociólogos  éramos muito primitivos, rudes,  dominávamos apenas coisas estritamente necessárias à  nossa sobrevivência . E com o passar do tempo fomos evoluindo, chegando até nossos dias onde temos uma sociedade desenvolvida,  com  tecnologias que nos deixam perplexos, dada a sua grandeza e impacto em nossas  vidas. Surgiram novas relações de trabalho e comercio, o mundo se tornou uma aldeia global com o surgimento da internet. Geramos muitas riquezas, conquistamos muitos avanços em diversas áreas  da vida.    No entanto, quando voltamos as atenções para cada um de nós como ser humano  que somos, quando pensamos na nossa essência , ficamos assustados  ao ver a nossa degradação, ou no mínimo,  nossa paralisia. Em outras palavras,  parece que  aquele homem da caverna está  fazendo o caminho inverso. Ou talvez nunca tenha saído do seu estagio inicial? De repente apenas aperfeiçoou seu instrumento de caça, melhorou sua casa, descobriu novos  tipos de transporte , conquistou meios eficientes  de comunicação,  trocou de roupa e passou a enxergar o mundo com outros olhos? .  Ou será que o homem da caverna era melhor  que a gente? Parece que a despeito de todo o nosso desenvolvimento, somos piores que o homem da caverna,  pois ele guerreava e praticava a violência quando era obrigado a defender seu território.  Dificilmente destruía seus próprios familiares.  Mas infelizmente em nossos dias o egoísmo tomou conta de muitos “homens modernos” que, para alcançar seus objetivos pessoais, lançam mão do que for necessário para tirar de sua frente os “obstáculos”,  não importando quais sejam. Parece que carregamos o poder de fazer o bem e o mal, eles estão vivos dentro de cada um e,  dependendo da situação,  manifestamos um ou outro. Não evoluímos no quesito maldade, egoísmo, avareza e auto destruição. Não conseguimos purgar nosso DNA e livrálo das mazelas que nos acompanham há séculos..  Parafraseando o cantor Raul Seixas, vivemos uma metamorfose ambulante,  alternando entre a prática do bem e do mal. Obviamente não só de maldade vive o homem atual, e graças a Deus o bem tem imperado na vida de milhões de  pessoas espalhadas ao redor desse mundão sem fim.  E esse é o caminho para a vida, a chave para a felicidade, amar ao próximo como a nós mesmos, respeitar o direito do outro e entender que todos têm direito a vida plena.                      .               Deixo claro aqui não ser especialista no assunto, apenas me guio pelo senso comum. E também não tenho condições e, nem mesmo é meu objetivo deixar respostas para o problema da violência, que por sinal é muito complexo.  Quem sou eu para tal façanha!  Por outro lado, entendo ser oportuno elencar perguntas que nos auxiliem, nos instigam  a procurar respostas, pois como dizia uma propaganda , “ são as perguntas que movem o mundo “.. As perguntas são os gatilhos que vão nos impedir de sermos complacentes com a violência em todas as suas formas , são elas que  nos  impedirão de nos acostumarmos e ficarmos de braços cruzados. Afinal,  pior que a maldade dizimando vidas por ai afora, é a nossa indiferença, ao ponto de acharmos que tudo isso é normal......  
 
Samuel araujo
Enviado por Samuel araujo em 27/02/2020
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