As relações sociais e a Economia

De acordo com sua definição, “relação social refere-se ao relacionamento entre dois ou mais indivíduos no interior de um grupo social. As relações sociais formam a base da estrutura social.”.

Se existe relação entre os indivíduos é devido ao fato de que existe necessidades a serem atendidas e interesse para que isso aconteça.

Não importa se a necessidade é emocional ou material, o fato é que existe um motivador para a interação entre os indivíduos.

As necessidades são inerentes ao ser humano e a busca por sua satisfação é um dos motivadores de nossa existência.

No momento em que nascemos, manifestamos a necessidade de nos alimentarmos. Satisfeita essa necessidade, repousamos.

Assim é por toda nossa vida. Satisfeita uma necessidade, focamos em outra e assim sucessivamente, num processo interminável até o momento de nossa morte.

E em termos de Sociedade, a satisfação das necessidades individuais está diretamente ligada ao bem estar coletivo.

As relações econômicas, vistas no seu estágio mais elementar, surgiram da necessidade dos indivíduos de adquirirem bens necessários para seu sustento ou conforto.

Por isso, não seria exagero dizer que as relações econômicas fazem parte das relações sociais.

Nesse contexto, o dinheiro ou moeda, não foi invenção do Diabo. Foi apenas mais um dos inúmeros instrumentos criados pelo Homem para facilitar sua vida.

As distorções podem existir em qualquer meio onde convivem duas ou mais pessoas.

Se aceitarmos as relações econômicas como parte das relações sociais, veremos que qualquer interferência externa resultará em transtornos para o cidadão comum.

O Comunismo é o exemplo de influência externa extrema nas relações econômicas. Por isso, sob esse regime não existe Economia.

No outro extremo estaria um país sem estado.

No meio do caminho temos a influência do Estado, nos regimes democráticos e mesmo a interferência de grandes grupos econômicos e especuladores, que sempre ocasionam algum transtorno para as pessoas comuns, que querem apenas atender suas necessidades corriqueiras.

O Brasil deve se situar entre o meio dessa escala e o extremo do Comunismo.

Quanto mais os governantes acreditam que são os condutores da felicidade do povo, maiores são os efeitos colaterais na Economia.

No Brasil tivemos o exemplo do programa “Minha Casa, Minha Vida”, que em princípio, beneficiaria os cidadãos de baixa renda na aquisição de moradia.

De fato, muitos puderam ter acesso à casa própria, mas o programa resultou em elevação artificial e rápida no preço dos imóveis, o que desvalorizou a poupança de quem esperava adquirir moradia com recursos próprios e fez com que os grandes proprietários de imóveis tivessem seu patrimônio aumentado diversas vezes.

Outro exemplo, foi a atenção dada a indústria automotiva como promotora do crescimento econômico, promovendo a renúncia fiscal e o endividamento da população e ao mesmo tempo, sem exigir reciprocidade do setor automobilístico, até pelo contrário, tolerando aumento especulativo dos preços de veículos novos, com evidente prejuízo a economia popular.

Como se vê, a interferência do Estado na Economia nunca é apenas benéfica, sempre vai ter o lado negativo para o cidadão comum. Por isso, a ação do Estado não pode ser conduzida a esmo, por governantes inábeis para a função.

O extremo, como visto acima, foi o Comunismo que anulou as relações econômicas e com isso levou as populações a extrema frustração e tristeza ao retirar todas as perspectivas de satisfação de suas necessidades elementares, em nome de um “bem maior” que nunca existiu.

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 15/01/2020
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