Ao meu João com carinho.

No dia 02/02/2016 eu fui abençoada com tua chegada filho, a partir de então comecei a entender um pouco de amor e o que se é capaz de fazer em nome dele, desde então você tem me ensinado a ser Mãe. 1 ano e meio após você nascer, você renasceu pra mim, no dia do seu diagnóstico eu vi meus pés sem firmeza, como se me faltasse o chão, muitos medos me cercavam, o de não conseguir ser a mãe a altura de tudo que você ia precisar para se desenvolver bem, tinha medo também das injustiças, sabia que a partir de então ia ter que lutar todos os dias para ter direitos básicos do teu dia a dia respeitados e cumpridos, como por exemplo o de estar num ambiente escolar que respeite a neurodiversidade e estar em todos os lugares que precise e queira estar, sem julgamentos, sem olhares de piedade, sem frases preconceituosas. E esta é a minha luta diária e graças a ela me sinto uma pessoa importante, não sou pior, nem melhor que ninguém, sou apenas e unicamente a sua mãe, aquela que um dia foi abençoada com a sua chegada e que 1 ano e meio depois recebeu a missão de contribuir para o mundo conhecer o nosso amor e tudo que ele é capaz de fazer para minimizar o preconceito a sua condição de autista, que hoje pra mim é apenas mais um detalhe de você, bem importante diga-se. Mas um diagnóstico jamais vai nos dizer até onde podemos ir. E juntos iremos longe, a mamãe promete.

Poliana Gatinho
Enviado por Poliana Gatinho em 22/10/2019
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