Resenha do filme Na Natureza Selvagem

As semelhanças entre o filósofo cínico Diógenes e Christopher McCandless.

Nas ruas de Atenas viveu um filósofo admirado e odiado. Sua habitação: um tonel ou barril. Ali mesmo fazia suas necessidades fisiológicas, masturbava-se, fazia sexo. Os atenienses jocosamente o apelidaram de cão. Um cão que vivia ao modo natural. Diógenes de Sinope adotou para si essa alcunha dos atenienses como princípio da sua filosofia.

Certa vez, segundo reza a lenda, Alexandre, o Grande, ofereceu-lhe presentes, e então, respondeu o filósofo: quero apenas que saia da frente do meu sol. Um filósofo que não se deixava levar pelo nosso sistema de necessidades. Diógenes recusava as superestruturas da vida. E sobre as superestruturas, o filósofo Peter Sloterdijk ensina: A superestrutura, nesse sentido, seria as seduções de conforto que a civilização desenvolve para pôr os homens a serviço dos seus fins: ideais, ideais de dever, promessa de redenção, esperanças de imortalidade, objetivos de ambição, posições de força, carreiras, artes, riqueza."

O filme "Na Natureza Selvagem".

O filme biográfico Na natureza selvagem, é uma adaptação do livro Into the Wild de Jon Krakauer, com direção de Sean Pean, estrelado por Emile Hirsch, conta a história de vida do jovem Christopher McCandless.

A história começa com um jovem formando em direito e em crise com a sua faculdade, profissão e família resolve partir em direção a uma aventura contra todos os valores da sua própria família e sociedade. As referências bibliográficas do jovem Christopher são Tostoi e Thoreau.

Na sua jornada ele se aventura por diversos lugares, conhece pessoas legais, na qual cria intensos vínculos de amizade. Em uma dessas viagens, decide ir para o Alaska e, a partir daí, prepara-se para concretizar seu desejo. Chegando lá, mata pura e selvagem. Sem a preparação adequada para sobreviver numa região tão hostil, passa a lidar com o ambiente a sua volta, com a solidão, com pensamentos e sentimentos. Seu principal ensinamento: a felicidade só é verdadeira quando compartilhada. Pense nisso!

Referências Bibliográficas

SLOTERDIJK, Peter. Crítica da Razão Cínica. São Paulo: Estação Liberdade, 2012.