Hino Nasce ou Não (paródia realidade)

Hino Nasce ou Não

I

Ouviram os gritos que vem lá das ruas?

De um povo sofrido e angustiante

E o sol lá na prisão não é enquadrado, não

Brilhou no céu bucal sangue pulsante...

Se os senhores dessem igualdade

Não teríamos essa fome como açoite

Em teu seio ó sociedade

Definhamos nossa carne até a morte

Ó pátria armada

E desolada

Salve-nos! Salve-nos

Brasil, tu és imenso e eu padeço

De dor nossas crianças entristecem

Somos todos condenados em praça pública

Bilhões em reais desaparecem

Viventes apenas somos, sem beleza

Fracos explorados até o pescoço

Nosso futuro é não ter certeza

Terra assolada

És um barril

De chamas mil

Mãos calejadas

Teus filhos estão às ruas meu Brasil

Iguais cães no canil

II

Deitado e doente sem remédio

Barraco sem água e luz triste e profundo

Tu és grande, ó Brasil, maior da América

Podes muito bem honrar seus moribundos

Com política menos voltada

Pra risonhos, endinheirados, ricos esnobes

Nossos corpos têm mais feridas

Nossa vida é receber mais dissabores

São desalmados

Inalcançados

Salve-nos! Salve-nos

Poderosos com seus ternos impecáveis

Com poder de resolver e não resolvem

E os pobres miseráveis de mãos trêmulas

Com memórias fracas elegem seus carrascos

“Papai será que eu vou crescer forte?

Será que vou viver honestamente?”

“Não temas teu futuro é só a morte”

Terra grilada

É um funil

Roubos mil

Descontrolado

Teus filhos estão às ruas, ó Brasil

Iguais cães

Em canil