A morte de Marcelo Rezende
A TV Record designa um dos seus melhores repórteres, o curitibano Eduardo Ribeiro Vicente, para cobrir a morte do apresentador de televisão Marcelo Rezende, do Programa Cidade Alerta. Eduardo é o homem da palavra, não tem dificuldades de construir uma realidade com emoção, informação e um vocabulário rigoroso. Esforça-se para destacar o papel que Rezende desempenhou para a emissora do Bispo e para os colegas de trabalho. Em geral é o que todos dizemos quando perdemos um colega de trabalho. Não há porque duvidar, o apresentador deve ter sido uma figura competente na televisão. Seu programa possuía audiência, continuava no ar e assustava a concorrência e lidar com temas policiais, cheios de cascas de bacana pelo caminho não é para profissionais medianos. Para o tamanho da sua área, para a extensão da comunidade de telespectadores, um senhor apresentador.
A morte de qualquer ser humano é dolorosa. Merece respeito aqueles que ligados, afetivamente, ficarão sem a sua presença, sem seus cuidados e sem cuidá-lo. Acostumados a vê-lo na tela, entretidos por ele, esperanços de sua volta, há uma saudade que fica e que é dolorida e que se respeita.
No plano da cultura e de sua importância social e política, Marcelo Rezende nada deixa. Contribuiu para manter uma plateia emburrecida, cega e namorando sempre o fascismo e consumidora de desgraças, do que de tão pior pode produzir um país que não valoriza a cidadania, a economia solidária e boa escolarização. Seus discursos sempre foram reacionários, realçou aquilo que era negativo e carecia ser deixado e nisso ficou durante toda sua existência. Foi em dívida com o Brasil que lhe prestigiava.