CAPITÃO X MATHEUS
Capitão x Matheus
Após o episodio da agressão do Capitão, com cassetete, de forma dolosa, desproporcional, e violenta, cominando com lesões corporais e reflexos psicológicos e mentais na fronte do jovem estudante, que se manifestava contra as medidas governamentais, televisionadas pela Globo no dia do incidente e reprisada pelo Fantástico, veio a publico aquela corporação da Polícia Militar, dizendo-se inverdades de que “a população tenha perseguido e tratado os policiais como bandidos”, pois essa interpretação é corporativa, e, auto condenável por si só. Não é porque “os policiais atendem milhões de ocorrências todos os anos na prestação do serviço a população”, que ela possa exagerar nos seus atos de repreensão ao tumultuo, podendo ultrapassar os limites do bom senso e do respeito à dignidade humana. Aliás, neste pormenor o respeito é devido ha ambas as partes, mas nem por isso, o desrespeito da parte cometida, permita a outra o mesmo comportamento. Pois assim fosse, estaríamos justificando os meios pelos fins almejados.
No que diz respeito à conduta do Capitão PM Sampaio, pela agressão ao universitário Matheus Ferreira da Silva, por ocasião dos protestos em Goiânia, ficou patente a violência policial quando outros meios como, por exemplo, o gás de pimenta ou lacrimogênio, adequados ao tumulto, não foram utilizados, em detrimento da violência praticada por agente que galgou o primeiro posto da hierarquia do Oficialato Militar.
A reportagem de ontem no programa do Fantástico, não teve objetivo de tratar qualquer policial como bandido, pois foi uma reportagem objetiva, elucidativa da opinião pública, e demonstrativa de apuração dos fatos e de esclarecimento a opinião publica sem conotação de tratamento de bandidismo ou de heroísmo de qualquer das partes envolvidas. Aliás, o Capitão PM Sampaio esta sob apuração em sindicância e será devidamente elucidado o seu comportamento.
A nota da Associação dos Oficiais da Policia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás foi por si só denegrida, ao se julgar perseguida e tratada como bandidos, esse foi o juízo que se fez por si só.
Não concordo que a população, na qual me insiro, “tenha perseguido e tratado os policiais como bandidos”, nem deve ser generalizada a policia militar, por causa de um comportamento isolado, e pontual que refletiu em toda a mídia, por causa de um mau policial.
A Corporação é exemplo de capacidade e destreza, na conduta policial urbana, com sua tática internacional de que é modelo.
Os Oficiais são homens e mulheres preparados, capacitados, equilibrados, exemplo de militares dignos da admiração do povo, na qual me incluo com muito orgulho.
Assim sendo, discordo veementemente do conceito que se auto fizeram alguns militares, generalizando um caso pontual destacado pela reportagem de domingo passado.
SP/30/05/2017
J. Francisco F. Luz