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COXINHAS.COM
Quem são os “coxinhas”? Em colunas por aí, em outros espaços da mídia onde escrevo tenho comentado sobre os “coxinhas”, uma sub-raça emergente, fruto de uma civilização pós-moderna, surgida ali onde os arcos da Lapa cruzam com a porta de serviço da Academia e geram um conjunto de letras apagadas, moléstias não-existentes e ciências ocultas. O “coxinha” nada mais é que alguém que quer se mostrar como “politicamente correto” e costuma transitar pelas chamadas redes sociais.
O tipo do “coxinha” é facilmente identificável nos zoológicos urbanos: barba grande, enorme, tipo profeta, como um Rasputim moderno. Eles não usam lente de contato nem implante, mas óculos de armação preta e grossa, ar de intelectual (??!). A cabeça é pelada e a barba começa logo abaixo da orelha. Ser “coxinha” implica não só em comportamento, mas também em uma apresentação pessoal que pelo mau gosto fere o senso comum. Não dizem palavrão, não usam gírias, apenas utilizam os jargões técnicos (a maioria em inglês) da internet e das redes sociais. Falam muito em “tecnologia”, mas não sabem definir satisfatoriamente esse verbete. No papo deles entre cinco palavras se escuta três vezes alusão a “projeto” e “aplicativo”, Mas não é aplicativo puro e simples, mas aplicatchiivo. Eles só bebem cerveja e refrigerante, fugindo dos destilados e bebidas mais fortes. Seus veículos, conforme o poder aquisitivo são uns caminhonetões, em geral pretos, vidros fumê. Uma amiga psicóloga disse que a maioria desses condutores opta pelo veículo enorme para dissimular seus complexos de quem tem pênis pequeno...
Havia uma Televisão em Porto Alegre, que foi desativada, dando lugar a outra pior, um tipo híbrido, entre San Juan e Mendoza, um novo refúgio dos “coxinhas” gaúchos. Enquanto a maioria dos “coxinhas” é meio desleixada, se nota, de outro lado que as parceiras deles são bem produzidas, parece que tentando minimizar a aparência despojada dos carinhas. Politicamente o “coxinha” é de extrema direita. Para eles todo simpatizante da esquerda é comunista, subversivo, castrista, bolivariano, chavista e outros istas.
A arma do “coxinha” é um celular Smarphone, de última geração, que ele mantém ligado o dia inteiro e se comunica com o mundo, exceto com parentes, amigos próximos num raio de cem metros. Não tenho nada contra os “coxinhas”, mas também nada a favor.