Nada de Novo no Front
Estudiosos e especialistas como Darcy Ribeiro identificaram em grupos tribais ou sociedades primitivas que viveram “no período relativamente breve de dois milênios que antecederam a 3000 a.C. (...), mecanismos de compulsão do aumento da produtividade, de acumulação de riqueza e de concentração desta em mãos de grupos minoritários que, na defesa de seus privilégios, atuavam como incentivadores do desenvolvimento econômico”.
Não será exatamente o que ocorre hoje, depois da Revolução Industrial e durante a Revolução Termonuclear ora em processamento? Com os grandes conglomerados financeiros e multinacionais, geradores de riquezas que lhes são majoritariamente destinadas, através do aumento da produtividade de bens de consumo como fator gerador do desenvolvimento econômico?
Conglomerados que definem as guerras (e às vezes os atentados) que devem acontecer, porque guerra também dá lucro?
Não se reduz o IPI para que se vendam mais automóveis e se garanta o mercado de trabalho? Mas também o investimento e lucro das montadoras e suas matrizes?
Nada a ver com certo ou errado. Trata-se apenas de alguma fundamentação para que possamos dizer, como já o fizemos, que a vida é um teatro: o cenário muda, mas o enredo é o mesmo.