ONDE FOI PARAR A CONFIANÇA?


Esta semana vi uma reportagem sobre a confiança das pessoas. Não só no âmbito político, social, mais principalmente no social. No trabalho o índice de confiança das pessoas em seus colegas chega a 6%, onde um tem que se sobrepor ao outro para chegar aos seus objetivos. Na família estes índices crescem para mais de 40% por cento. O que na realidade parece alto, mas se analisarmos bem é muito pouco. Os casais vivem vidas, em sua maioria, com objetivos diferentes, realidades e aspirações isoladas, pouca cumplicidade. Estudei a palavra confiança, sua origem vem de quando de fiava a lã e quem operava a rooca, instrumento de fazer rolos de lã, necessitava de um bom fiador, assim tinha que ter confiança. Tal modelo de pensamento social gera certo clima de incerteza e insegurança. Em quem cofiar? Talvez a fama do brasileiro de usar a malandragem como arma de negócios e de conquistas contribua para esta condição. Partimos do principio que todos tem alguma má intenção, o que deveria ser o contrário, as pessoas que teriam que provar que são ruins e não provar que são boas. E assim rumamos para um isolamento social, a quem falar de nossos anseios e planos? A quem pedir ajuda e conselhos? Nem nos religiosos, que eram o exemplo a seguir, podemos mais confiar, basta olhar os crimes de pedofilia ocorridos durante muito tempo, mas denunciados nos últimos tempos. Essa é mais uma das mazelas humanas que temos que decifrar.
Dego Bitencourt
Enviado por Dego Bitencourt em 20/03/2014
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