E AGORA, JOSÉ?

E agora, José?

Chegamos a alguns momentos de nossas vidas, onde nos encontramos em uma encruzilhada. Momentos cruciais, quando nos perguntamos: e agora?... Todos se apresentaram como voluntários imbuídos do mais alto espírito de “serviço público”. Todos querem fazer a diferença... Fazer acontecer... Colocar seu nome, nem que seja em uma pontinha do rodapé da página que ninguém lerá. E aí acontece o inesperado: nada acontece! Até porque nada acontece sem empenho, dedicação... Notam que todo aquele furor de primeiro momento, toda aquela arrancada não ajuda muito para manter acesa a chama do entusiasmo, quando o objetivo mostra-se mais distante que o calculado inicialmente. Objetivo, este, que só será atingido à custa de inúmeros sacrifícios. Só poderão deitar em “berço esplendido”, após o trabalho árduo e estafante e após a obra estar totalmente concluída. Muitos se quedam cansados por não saberem dosar seu entusiasmo, por índole de fanfarrão dizem: “faço tudo... Posso tudo... Topo tudo...” (desde que não dê muito trabalho)

Os fanfarrões de plantão são os primeiros a apresentarem-se para missões difíceis, no entanto são também os primeiros a “picar a mula” quando a missão começa a apresentar as primeiras dificuldades e o “barco começa a fazer água”. No momento em que a tripulação é mais necessária, o fanfarrão tem um ataque de pânico e abandona seu posto e a luta. FANFARRÃO! Sempre haverá um de plantão... Alguém que quer comer, mas não quer dar-se ao trabalho de ir à cozinha. Alguém que quer morar bem, mas não se dispões a carregar um tijolo... Alguém que quer ter amigos, mas não se dispõe a cultivar amizades!

Os ombros amigos, no entanto, são quietos. Os verdadeiros heróis não se voluntariam de público: fazem seu trabalho de “formiguinha” no anonimato, nem sempre percebendo a importância do que fazem. Contentam-se com o prazer do dever cumprido e com a satisfação de fazer bem feito.

Não vistam a camisa de um time se não estiverem dispostos a sorrir com ele e também acompanhá-lo nas agruras das derrotas. Na vida somos mais derrotados que vitoriosos. E agora, José?