Chávez: a queda dos ditadores
Há dois anos lutando contra o câncer, Hugo Chávez, o presidente quase que vitalício da Venezuela foi-se, deixando um para trás toda uma história de patriotismo e amor pelo próprio país.
Muitos não gostavam da sua pessoa, mas na sua nação, ele era tido como um pai. Getúlio Vargas, Kaddaffi em seu melhor tempo, os ditadores Coreanos, Castro, Guevara, todos utilizavam-se do mesmo artifício: o populismo. E no que consiste o populismo, especialmente o nacionalista?
Em agradar todas as parcelas da população, tornando-se um ícone nacional, uma marca. Entretanto, todos nós sabemos que tudo em excesso faz mal - e um governo autoritário não escapa disso.
Se ditadura fosse bom, não tiraria vidas como ocorreu no Brasil (ainda que de forma mais leve do que as ocorridas por exemplo no Paraguai e em outros países da América Latina). O governador que quer controlar tudo torna-se, entre aspas, o Rei de um país. Entretanto, a monarquia finalmente caiu ao término da Revolução Francesa, dando início à era contemporânea, que por sinal é a dos nossos dias, em 1789.
Será que essa forma de governar, embora muito do povo seja tratado como ovelha, é condizente com a nossa realidade?
Será que muitos países não vivem uma ditadura disfarçada de democracia?