Educar os sentimentos, uma reflexão para a superação na vida
Existem três palavras muito importantes, conhecimento, atitude e sentimento. Todos nós podemos adquirir com certa facilidade muitos conhecimentos, nossa mente está preparada para abordar uma infinidade de informações, das quais uma pequena parte é armazenada e retida na memória indo juntar-se com outras mais. A busca pelo conhecimento deve ser contínua, envolvendo uma vida inteira, culminando se possível com o último suspiro do ser humano antes de partir para a vida maior.
Só o conhecimento, porém não nos torna pessoas completas, precisamos decidir o que fazer com ele e para isso O Criador nos proporcionou o direito de escolher, o que denominamos Livre Arbítrio. Muitos de nós não arredamos os pés do lugar, mantemo-nos indiferentes aos acontecimentos, o que culmina muitas vezes em uma vida vazia, desprovida de obras e de ações no bem. É necessário caminhar, ter liberdade de escolher seu próprio caminho, não significa despreocupação ou irresponsabilidade com as consequências, as quais muitas vezes podem consumir uma grande parte de nossas vidas, como efeito de pequenas e insignificantes inconsequências. “A semeadura é livre, a colheita, porém é obrigatória”.
A atitude positiva e proativa diante dos fatos significa ir ao encontro dos nossos objetivos, queremos sempre acertar, as intenções são as melhores possíveis, entretanto erramos, acertamos, mudamos os rumos e pegamos atalhos. Os atropelos, os obstáculos, não passam de experiências para nos tornarmos melhores e o que chamamos de sofrimento são as melhores oportunidades de crescimento pessoal. Sofrer não é bom, mas diante da dor, podemos buscar a serenidade e refletir sinceramente no porque dos acontecimentos. Algo nos dirá que tudo está no seu devido lugar, as pessoas com as quais convivemos são as melhores para nós, a cidade em que moramos é o melhor lugar do mundo para se viver, o nosso trabalho é uma benção, estamos vivendo na melhor época de todos os tempos e tudo o que acontece conosco não é por acaso e sim parte de um planejamento maior para nos beneficiar. Sem pensar assim, estaríamos negando a existência de Deus. Sim, Deus existe, ele é Pai, é eterno, é perfeito, é infinitamente justo e bom, conhece nossa origem e nosso futuro. Isso tudo nos leva a deduzir que nossa salvação ou felicidade eterna é apenas uma questão de tempo.
Podemos decidir ser bons, fazer o bem e a tudo superar apenas com a força da nossa determinação. O conhecimento e a atitude são fundamentais. O que buscamos, no entanto, como criaturas divinas, o que nos impele ao crescimento é ser a própria mensagem daquilo que dizemos e fazemos. Para isso vamos ter que “ralar”, exercitar o bem, praticar a solidariedade, vencer nosso comodismo, superar a nós mesmos como seres em franca evolução, desenvolver a paz em si, viver cada dia como se fosse o único de nossas vidas. O sentimento desenvolvido e maduro não tem limites. “No seu ponto de partida, o homem só tem instintos; mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o amor é o requinte do sentimento. Não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior, que reúne e condensa em seu foco ardente todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei do amor substitui a personalidade pela fusão dos seres e extingue as misérias sociais (Evangelho Segundo o Espiritismo)”.
Poucos vivenciaram a grande mensagem, “amai-vos uns aos outros”, praticaram essa verdade espontaneamente como um sentimento implícito e natural de suas personalidades e caráter. Apenas um homem, no entanto mostrou condições para completar a frase e disse: “como eu vos amei”, Jesus, que sabia da importância de amar, decidiu amar e amou de verdade como apenas ele foi capaz.