Perna bamba, coração na mão,.. Ah, o amor!

Cada dia mais cedo, os jovens saem pelas ruas procurando sua alma gêmea. Ou almas gêmeas. Já são tantos amores pra toda vida durando uma semana que nem mesmo Vinícius de Moraes e seu diploma em Harvard poderiam explicar. Atirando para todos os lados (e machucando também!), todos querem pegar o amor. Ainda, ninguém percebeu que ele está escorrendo pelos dedos.

Alguns de nós vão dizer que não estão sozinhos por terem uma compania na noite de sábado, a qual teimam chamar "amor". Era para ser como água, um solvente universal. Sem cheiro, ou cor. Mais do que isso livre de interesses, e mesmo assim anda se travestindo de propina em época de eleição. Isso porque damos afeto esperando sempre receber algo em troca, sem nos preocuparmos se a verdade tem importância nesse mercado negro. Acho que isso não é amor.

Se até Renato Russo, sabiamente, voltou ao descobrimento do Brasil para parafrasear Camões, o amor não deve ter mudado tanto assim. Ele continua sendo o fogo que arde sem se ver. A descoberta do século, é que dá para sentir. Então, vamos ser sábios e voltar no tempo? Vamos?