“Terráqueos”: a inquietude do ser humano escalando os limites da vida
Quando nós habitantes da Terra, dotados de pensamentos e nossa suposta superioridade nos denominamos terráqueos, tivemos o estopim dos indefinidos problemas da vida moderna. A busca pela satisfação plena tem gerado as famosas crises desse século, onde os valores e a moral se perdem por coisas fúteis e desprezíveis. Uma causa disso é a desordenada apropriação do meio e seus elementos. Exatamente, não nos contentamos mais em alterar o meio onde vivemos para nosso benefício em particular, mas agora também queremos alterar nossos ‘vizinhos biológicos’. Sem um fim, isso provavelmente nos levara à ‘perca total’.
Devemos lembrar que atualmente existem inúmeros acordos de paz entre nações de todos os continentes. A igualdade, o direito a existência e o respeito a vida vai além de qualquer preconceito e diferença, independente de suas capacidades físicas ou mentais. Entre o ser humano e os animais também deveria ser assim, já que, desfrutamos do mesmo espaço e temos um interesse em comum: manter a Terra habitável. O que deveria tornar-se uma união de forças acabou por ser uma verdadeira guerra onde os mais fracos morrem e os mais fortes apenas adiam sua extinção.
É importante lembrar que ao plantar arroz não se colhe trigo. O mesmo vale para o modo de vida que estamos levando, porque ele nos afetará diretamente. Em uma sociedade capitalista o acúmulo de capital pode ser bem atrativo, no entanto, está centrado na mão de poucos. Porém para que isso possa acontecer o meio sofrerá drasticamente nos levando a um desequilíbrio ecológico talvez irreversível. Então, se nossos olhos enrijecidos pela ambição de poder não se abrirem estaremos prontos para ver o fim da humanidade e do planeta.
Eu ainda acredito em um mundo em que seremos realmente melhores. Em que possamos dizer: sim nós evoluímos! Por enquanto será hipócrita tal afirmação, mesmo que aleguemos conhecimento e racionalidade ainda temos muito que aprender sobre o local que habitamos. Mas mais do que isso temos que aprender sobre nós mesmos, nossos limites, nossa ignorância. E teremos que controlar nosso ego e nossa soberba: os cânceres da alma.