Ponta Grossa: desumanidade da cidade
O sonho ou projeto da cidade desenvolvida e humanamente acolhedora passa pela exigência da inclusão do seu povo, na política, administração, cultura, na inserção dos pontagrossenses no Brasil. Nossa história constata a destituição da comunidade como sujeito da sua emancipação. A orientação política, econômica e cultural do município divide-se em massa alienada e classe dominante, estúpida, vesga e arrogante. Políticos repetidos e velhas ideologias renovadas. Falta-nos profundo e estrutural processo de transformação ideológico, cultural e mental. Ampliar a participação do munícipe, incluí-lo nas condições de vida desejáveis, dificultar o desperdício na corrupta e inútil política semi-feudal, poupando-a na geração de empregos honrosos, no acesso à moradia satisfatória e apropriada e saúde de alto nível. Fazer surgir um povo com capacidade de discutir à realidade num amplo movimento de tomada de consciência e esclarecimento radical quanto ao ser da cidade e aos problemas que nela necessitam de histórica superação. Transformar Ponta Grossa no município, de pessoas profusamente educadas nas letras, nas teorias econômicas, nos diversos campos do conhecimento e da reflexão. Padecemos o aborto intencional de inteligências. Expulsar as velhas raposas que impedem a gestação de novas lideranças matando os pintainhos no nascedouro, sequiosas do sangue dos pontagrossenses. Edificar uma teoria social e popular de desenvolvimento, que corresponda a necessidade e o anseio das massas populares de melhores dias.