O Homem não quer Liberdade no Pós-Modernismo
Por essas semana o diretor do meu colégio liberou o uso de qualquer roupa por motivos internos e uma turma de meninos – uns dez aproximadamente – resolveu usar camisa social. Isso é uma clara representação de além de serem idiotas todos juntos (porque um não basta, vários juntos tornam o ato mais “legal”), também não querem ser apenas diferentes e chamarem a atenção de todo mundo do colégio, eles se padronizaram enquanto podiam ser simplesmente livres.
O colégio teve poder da liberdade de expressão através das roupas, que sempre definem boa parte de como cada um é e constituem a vitrine de alguém. A padronização se segue da alienação e é isso que torna todos mais estúpidos e fechados às novas experiências, com um dinamismo mental que desenvolve o ser social e “sentimental”.
O que adianta o homem sentir a liberdade? Ele não quer, ele só quer buscá-la porque isso é emocionante e isso dá intensidade e é quase como se fosse a essência de tudo isso: a busca. Todo dia queremos nossos direitos, queremos mais placidez e mais permissão para fazer aquilo que nos vem à cabeça. Tudo isso é bem demonstrado pelas artes, vemos nas músicas aquela idealização de “a vida é agora”, “faça o que você quer porque amanhã você pode estar morto”. Não obstante, após a aquisição, é necessário mais liberdade e a pessoa não fica satisfeita por muito tempo, a sensação de felicidade pelo alcance é efêmera.
No caso do exemplo,a percepção foi tão passageira que o novo “uniforme” foi justamente um traje social, e o mais engraçado, não sei se combinaram entre alguns desse uma cor só, mas vi vários com mesmas cores de camisas, o tanto que o padrão de algo já está implícito em um conceito de beleza entre eles e isso os torna mais massificados e alienados a um mesmo conceito.
Ao ler 1984, ou ver V de Vingança, ou o filme Brazil, ou Fahrenheit 451, percebesse a idealização de escapar do mundo pragmático e uniformizado em que vivemos, com muita alienação. Todos somos alienados em vários pontos, o maior problema atual é justamente a falta de vontade e iniciativa de se esquivar da futilidade, inutilidade e ostracismo que nos perseguem em várias propagandas, cores, vitrines e cartazes maravilhosos. Afinal, quem não resiste à palavra “PROMOÇÃO” em uma loja querida? Poucos.