PATRIOTISMO ESPORTIVO OU NACIONALISMO SEM UFANISMO.
O nacionalismo brasileiro perdeu o caráter ufano. Qualquer manifestação de euforia, orgulho ou incontida emoção raramente externa o verdadeiro sentimento nativista onde um “peito varonil” antes pulsava. O patriotismo perdeu o barco da história em meio aos mares, ventos e tempestades brasileiras. Não vive, nem revive, já não revigora, pois que já não vibra com o “Auriverde pendão da minha pátria que a brisa do Brasil beija e balança." (Castro Alves).
Triste é saber que o ufanismo brasileiro vive não mais que o tempo de uma Copa do Mundo, morre ao término de uma partida de futebol e renasce das cinzas de uma esperança renovada de quatro em quatro anos. Só então se empunham bandeiras e o auriverde pendão tremula aos quatro cantos do país cuja nação o transforma numa Pátria em Chuteiras, como diria Nelson Rodrigues. Os americanos orgulhosamente exibem a bandeira do seu país em qualquer tempo e lugar. Nossos irmãos argentinos enchem o peito e beijam o pavilhão azul e branco que lhes representa a argêntea pátria.
Triste saber que o nacionalismo no Brasil já não tem o civismo consciente do que temos e do que somos. Que é démodé falar de patriotismo, atribuindo-o aos militares. E dói saber que a democracia tão sonhada, irônica e impiedosamente, aniquilou todos os valores que enaltecem um país e o seu povo. O Hino Nacional é um símbolo deturpado pelos que pouco lhes dão importância, balbuciando-lhe os “estranhos” vocábulos no instante em que a honra de uma nação vale a vitória de um jogo.
Mas o Brasil não é um time ou seleção de futebol pela qual, em unanimidade, toda a nação forma uma “corrente pra frente” em busca de um só objetivo. Não é também só um mapa a exibir sua gigantesca demarcação, tão exuberantemente bela quanto notória a sua desigualdade social. O Brasil é o chão deste país berço da pátria em que vive a nação, que somos nós. Vale por ele chorar, sorrir, vibrar, sofrer, lutar, viver e morrer em qualquer tempo e a todo instante, cientes de que dele somos partes, cada qual ajudando a construí-lo e amando-o na mesma proporção que ele de nós depende.
Hermílio
O nacionalismo brasileiro perdeu o caráter ufano. Qualquer manifestação de euforia, orgulho ou incontida emoção raramente externa o verdadeiro sentimento nativista onde um “peito varonil” antes pulsava. O patriotismo perdeu o barco da história em meio aos mares, ventos e tempestades brasileiras. Não vive, nem revive, já não revigora, pois que já não vibra com o “Auriverde pendão da minha pátria que a brisa do Brasil beija e balança." (Castro Alves).
Triste é saber que o ufanismo brasileiro vive não mais que o tempo de uma Copa do Mundo, morre ao término de uma partida de futebol e renasce das cinzas de uma esperança renovada de quatro em quatro anos. Só então se empunham bandeiras e o auriverde pendão tremula aos quatro cantos do país cuja nação o transforma numa Pátria em Chuteiras, como diria Nelson Rodrigues. Os americanos orgulhosamente exibem a bandeira do seu país em qualquer tempo e lugar. Nossos irmãos argentinos enchem o peito e beijam o pavilhão azul e branco que lhes representa a argêntea pátria.
Triste saber que o nacionalismo no Brasil já não tem o civismo consciente do que temos e do que somos. Que é démodé falar de patriotismo, atribuindo-o aos militares. E dói saber que a democracia tão sonhada, irônica e impiedosamente, aniquilou todos os valores que enaltecem um país e o seu povo. O Hino Nacional é um símbolo deturpado pelos que pouco lhes dão importância, balbuciando-lhe os “estranhos” vocábulos no instante em que a honra de uma nação vale a vitória de um jogo.
Mas o Brasil não é um time ou seleção de futebol pela qual, em unanimidade, toda a nação forma uma “corrente pra frente” em busca de um só objetivo. Não é também só um mapa a exibir sua gigantesca demarcação, tão exuberantemente bela quanto notória a sua desigualdade social. O Brasil é o chão deste país berço da pátria em que vive a nação, que somos nós. Vale por ele chorar, sorrir, vibrar, sofrer, lutar, viver e morrer em qualquer tempo e a todo instante, cientes de que dele somos partes, cada qual ajudando a construí-lo e amando-o na mesma proporção que ele de nós depende.
Hermílio