DROGAS/VÍRUS
Não há necessidade de muitas explicações! As drogas e suas conseqüências fúnebres estão estampadas na mídia. O Estado parece omisso nas causas geradoras da contaminação pelas drogas, entretanto, as consequências sinistras são enfrentadas através de vultosas e constantes liberações de verbas, com o fim de prestar a inevitável satisfação ao caos!
Uma pergunta sempre permeia o assunto DROGAS:
Quem alicia ou vicia as crianças e os adolescentes?
A resposta costuma vir pronta:
— O traficante, claro!
Essa resposta não corresponde à realidade. A divulgação e o incentivo ao uso de drogas não tem a participação de traficante, pelo menos diretamente; o seu grande marketing está no usuário, sobretudo naquele que está começando (o desinibido com as garotas, o mais “feliz”, o mais esperto da turma, etc.).
Onde as crianças e os adolescentes encontram esses vetores do vírus, além de alguns filmes e jogos perversos? Os mais visíveis são: os dependentes que vagueiam pelas ruas e se agregam aos que são expulsos dos lares desfeitos pela pobreza e pela desestrutura familiar contaminando-os; os enfermos que se exibem nas baladas, nas escolas, e por que não também dentro da casa da próxima vítima — trabalho escolar, jogos eletrônicos, etc. É possível proibir ou sabotar a amizade e a liberdade nessa faixa etária? Se isso for viável, não deixa de ser uma afronta às bases (amizade e liberdade) da vida social dos jovens.
Droga é um vírus que se tornou epidêmico; combatê-la nos seus efeitos o resultado será inócuo. Sabe-se que o dependente, com o esforço heróico, consegue controlar a abstinência, mas jamais ficará livre da fissura (depoimentos dos próprios “recuperados”). No estágio em que se encontra o surto, preparar a vítima potencial, colocando-a em condições de não se contaminar, é a medida mais profilática. Como fazer isso? O caminho mais apropriado é vacinar o possível paciente, blindando-o com informações sobre o assunto através do banco escolar —, como matéria obrigatória, desde o ensino fundamental. O tema deve ser desenvolvido por professores formados na área de saúde, se possível, psicólogos. Em outra vereda, a polícia deve continuar combatendo o traficante para que o tráfico não fique muito escancarado, porém, consciente de que se trata de uma luta contínua e sem fim... Pois, para neutralizar o fornecimento e a venda de drogas, sem a vacinação (formação) das crianças e adolescentes, seria necessário criar um mal-estar diplomático com os países vizinhos (exportadores de drogas), conter o consumismo desenfreado, mudar o conceito de busca pela felicidade e por aí afora.
Quem alicia ou vicia as crianças e os adolescentes?
A resposta costuma vir pronta:
— O traficante, claro!
Essa resposta não corresponde à realidade. A divulgação e o incentivo ao uso de drogas não tem a participação de traficante, pelo menos diretamente; o seu grande marketing está no usuário, sobretudo naquele que está começando (o desinibido com as garotas, o mais “feliz”, o mais esperto da turma, etc.).
Onde as crianças e os adolescentes encontram esses vetores do vírus, além de alguns filmes e jogos perversos? Os mais visíveis são: os dependentes que vagueiam pelas ruas e se agregam aos que são expulsos dos lares desfeitos pela pobreza e pela desestrutura familiar contaminando-os; os enfermos que se exibem nas baladas, nas escolas, e por que não também dentro da casa da próxima vítima — trabalho escolar, jogos eletrônicos, etc. É possível proibir ou sabotar a amizade e a liberdade nessa faixa etária? Se isso for viável, não deixa de ser uma afronta às bases (amizade e liberdade) da vida social dos jovens.
Droga é um vírus que se tornou epidêmico; combatê-la nos seus efeitos o resultado será inócuo. Sabe-se que o dependente, com o esforço heróico, consegue controlar a abstinência, mas jamais ficará livre da fissura (depoimentos dos próprios “recuperados”). No estágio em que se encontra o surto, preparar a vítima potencial, colocando-a em condições de não se contaminar, é a medida mais profilática. Como fazer isso? O caminho mais apropriado é vacinar o possível paciente, blindando-o com informações sobre o assunto através do banco escolar —, como matéria obrigatória, desde o ensino fundamental. O tema deve ser desenvolvido por professores formados na área de saúde, se possível, psicólogos. Em outra vereda, a polícia deve continuar combatendo o traficante para que o tráfico não fique muito escancarado, porém, consciente de que se trata de uma luta contínua e sem fim... Pois, para neutralizar o fornecimento e a venda de drogas, sem a vacinação (formação) das crianças e adolescentes, seria necessário criar um mal-estar diplomático com os países vizinhos (exportadores de drogas), conter o consumismo desenfreado, mudar o conceito de busca pela felicidade e por aí afora.
Jorge Lemos é autor dos livros: romance/roteiro São Tomé das Letras e o Pacifista e Mensagens Para Você.