Como que a religião está diretamente relacionada com a disgenia humana
As religiões, especialmente as monoteístas, que são as mais pró-natalistas, não se preocupam com a qualidade intelectual e moral dos seus seguidores, porque para as mesmas, quanto mais seguidores, melhor. Em outras palavras, para as religiões, a quantidade é mais importante que a qualidade. Aliás, elas dependem que seja assim, pois quanto mais inteligente e sensato é o ser humano, mais propenso a duvidar das narrativas e das práticas de uma religião organizada, culto ou seita, de se tornar cético ou ateu. Ainda que indivíduos muito inteligentes possam ser religiosos, eles são minoria. Já quanto aos mais racionais ou sensatos, estes raros indivíduos que alcançam o mais alto nível de racionalidade, a religião, de maneira geral, é inevitavelmente identificada como um sistema de crenças sem qualquer base lógica e, então, severamente problematizada.
Em suma, a crença religiosa trabalha ativamente contra a evolução intelectual e moral (filosófica) da espécie humana que se daria a partir de nosso maior trunfo, nossa capacidade racional. Porque sem a sua superstição, seu "ganha-pão" mais básico, não consegue se sustentar e se perpetuar ao longo das gerações.
*Disgenia, o oposto de eugenia, é um processo em que, aqueles desprovidos de qualidades objetivamente desejáveis, geralmente associado à inteligência e ao comportamento, produzem mais descendência que os seus opostos e que, a partir da lógica da seleção natural ou de processos seletivos e adaptativos, resulta em um aumento constante desses indivíduos e seus polimorfismos em determinada população.