ESTÁ FALTANDO!

Sabe aquela pessoa que você olha e diz: Eu queria ser igual a ela!

Já olhei pra tanta gente e desejei ser igual, que hoje olho pra mim, pra dentro de mim e me pergunto: Em que me tornei?

Tornei-me um homem exigente, chato, pensativo, amigo, ciumento, chorão e cheio de dores e marcas que parecem nunca sair de dentro de mim.

Gostaria muito de renunciar o pouco conhecimento que ganhei com o tempo, já que hoje os vejo como um mal dentro de mim que me corrói aos poucos. Tornei-me um viajante, um amante das palavras, frases e textos que me levam a conhecer e a saber quem é Jesus.

No entanto, quanto mais o conheço mais convivo com o seu sofrimento, por isso mais sofro pelo fato de ver muitos dizerem que o conhecem, mas que de fato estão longe de saberem o valor do preço do calvário.

Digo isto, porque pessoas como Jacó que jamais souberam da cruz, foram capazes de se aproximar do criador e dizer: "...Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa para que me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então o Senhor será o meu Deus" – imagina, se Jacó soubesse que um dia Deus estaria enviando o seu filho para viver entre nós e no final como um inocente Ele ia ser julgado culpado por causa dele?

Sem ter o conhecimento desse amor, ele já foi capaz de não pedir nada além do necessário para a sua jornada. Imagina, agora, se ele tivesse conhecimento desse fato?

Então, do que estou falando?

Do fato de que eu queria entender, por que as coisas:

1. Nos motivam tanto a nos apresentar diante de Deus?

2. Se tornaram mais importante do que a presença de Deus?

3. Ter coisas é melhor do que estar com Deus?

4. Desistimos de sonhar e começamos a colocar as nossas expectativas em Deus?

Estamos errados?

Não.

O problema está no fato de que as promessas de Deus não tem a ver com coisas, mas sim com a Vida Eterna, veja:

“E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai. Eu e o Pai somos um” - João 10:28-30.

Viu?

Lembro-me do dia que meu Pai me prometeu um carrinho da polícia, quando ele chegou em casa com o meu presente eu não o abracei e nem o beijei, corri em sua direção para saber o que ele tinha em suas mãos. Não estamos proibidos de receber nada do Pai, desde que as coisas não se tornem mais importante do que Ele.

O que os profetas profetizaram foi a vinda do messias e não casas, carros e bens materiais.

Neste momento me pergunto: Quando essas coisas se tornaram prioridades?

Não sei, só sei que sofro, sim, por estar ligado a um mundo onde Deus se transformou em um ser que realiza sonhos humanos e a vida humana não tem mais valor algum para o próximo. Com isso presenciamos todos os dias que:

Falta amor!

Falta paz!

Falta bondade!

Falta benegnidade!

Falta caráter!

Falta alegria!

Falta vergonha!

E muitos ainda dizem possuir FÉ, que FÉ?

Que FÉ é capaz de transmitir ódio?

Que FÉ é capaz de transmitir rancor e dor?

Que FÉ é capaz de transmitir maldade?

Que FÉ é capaz de transmitir tristeza?

Quem tem FÉ vive em o amor, em a paz, em harmonia, em alegria, com bondade e com caráter.

Já tentei ser igual a muitos, aprendi com outros, mas no final o que saiu não foi muito agradável. Eu mesmo brigo comigo todos os dias!

William Paixão

“Minhas Palavras, meu Púlpito”

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