A REENCARNAÇÃO E OS DOIS JULGAMENTOS

A reencarnação como um perfeito mecanismo evolutivo, representa para a caminhada do espírito as várias oportunidades de crescimento que Deus em sua misericórdia infinita nos permite trilhar. Todo espírito encarnado ou desencarnado que habita esse planeta tem um histórico de experiências ao longo de inúmeras reencarnações, desenvolvendo o intelecto e aparando as suas arestas morais, até que um dia não necessite mais passar pela fieira de uma nova existência física.

Mas, até que o ser espiritual chegue à perfeição relativa e não necessite mais reencarnar, tanto a doutrina espírita como as escrituras nos apresentam dois tipos de julgamentos: o individual e o coletivo.

Toda vez que reencarnamos, colhemos os frutos das nossas vivências anteriores e cada vez que desencarnarmos somos julgados pelas boas ou más obras que fizemos na última existência.

Esse julgamento, que é representado nas escrituras pela figura de um tribunal, acontece na verdade de modo imediato, nossa consciência ante o roteiro de nossa vida, apresentada como um filme, nos coloca em regiões de luz ou de trevas de acordo com as energias que irradiamos, eflúvios esses que provém de nossas disposições morais e afinidades. Sendo assim, estaremos sempre nos locais que nós mesmos elegemos. Esse é o juízo individual de acordo com o apóstolo Paulo:

“É por isso que, vivos ou mortos, nos esforçamos por agradar-lhe. Porque teremos de comparecer diante do Tribunal de Cristo. Ali, cada um receberá o que mereceu, conforme o bem ou o mal que tiver feito enquanto estava no corpo” (2Coríntios 5: 9-10)

Esse Juízo também está registrado em Hebreus 9:27: “E como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo. ”

Após um período de tempo nas regiões espirituais onde sofre o juízo da sua consciência, o espírito que ainda necessita retornar ao mundo material renasce em outro corpo humano, terá outros pais, outra personalidade em fim, será outro homem embora seja sempre o mesmo espírito.

Todavia, chega um momento em que o bem deve sobrepujar definitivamente o mal, isto é, aqueles espíritos que apesar das inúmeras oportunidades permaneceram nos caminhos do erro, terão que ser apartados do seu planeta natal, levados em coletividades para os mundos que mais se ajustam às suas disposições morais e necessidades evolutivas. Por isso, vemos em (Mateus 16:27), Jesus aludindo a um outro julgamento que diz respeito a um juízo coletivo.

Esse juízo coletivo também chamado de juízo final será a separação definitiva dos bons (ovelhas) e dos maus (bodes), quer dizer, dos espíritos que permanecerão no planeta terra regenerado e aqueles que serão apartados do Orbe terreno. Os exilados darão continuidade à sua evolução num outro ambiente, cuja psicosfera lhes são afins e os que ficarem viverão em um mundo composto por espíritos essencialmente bons.

Essa transição e regeneração estão sendo supervisionadas por Jesus e seus auxiliares espirituais: “Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e, então, dará a cada um segundo as suas obras”