Eliane Levy
Ouvindo uma prédica judaica do Rabino Sérgio Marguiles, da Sinagoga do Rio de Janeiro ARI Associação Religiosa Israelita, por ocasião do Shiva da Eliane Levy. Dizia ele que a morte dela se deu no início do “Ano Novo das Árvores” Tu Bishvat. Pois nesta ocasião cresceram as primeiras árvores de Israel.
A árvore nos lembra a criação. A morte da semente sepultada renasce como viveres para a humanidade, porque vem do Ume, o barro que moldou o homem. É da árvore com seus ramos que explicamos a nossa família e sua filiação. É do seu enxerto que agregam os não consanguíneos que passam a fazer parte da família.
Sua ramificação nos lembra a Menorah, aquele candelabro de sete braços que acendemos as velas do Rosh Hashanah.
As raízes que aprofundam o solo é que dão sustentação a árvore. Assim é com a família, quanto mais conhecemos nossos antepassados mais raiz se finca na terra sustentando a família. Os galhos que desfecham a árvore são aqueles parentes que se vão sepultados em solo fértil.
Assim celebramos o Kadish da Tia Eliane Levy que nos deixou depois de uma vida longa e dedicada a família inclusive ao seu inestimado Claude, seu marido com quem tiveram os filhos Patrick e Gilberto e os netos Rafael, Bruno, Letícia, Arthur e Gabriel.
A tradição é o nosso mote para explicar aos filhos e aos seus descendentes a importância da Torá no nosso dia a dia.
Vamos aguardar Matzeva para nos reunirmos em família e colocarmos uma pedra significante de altar dos sacrifícios e da perene eternidade.
Shalom!
Chico Luz