PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 11,11-26)(28/05/21)
 
Caríssimos irmãos e irmãs, a liturgia de hoje trata da pureza de alma com que devemos praticar a fé, pois, por ser um dom de Deus, requer de nossa parte a correspondência necessária para que possa dar frutos abundantes em vista do bem comum. Por isso, peçamos ao Senhor a graça de vivermos esse dom do Espírito Santo para correspondermos à sua santa vontade em todo o nosso modo de ser e estar no mundo.
 
De fato, a fé nasce do amor de Deus por nós, pois, mesmo sem merecermos, Ele enviou o Seu único Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, para morrer por nós e nos salvar do pecado e da morte; e tudo o que nos pede é que confiemos Nele pondo em prática a Sua Santa Palavra, que se cumpre na íntegra. 
 
Com efeito, a fé está sempre unida a esperança e a caridade, por isso, a oração feita com fé é um depositar-se em Deus para que se cumpra a sua vontade, desse modo, quem reza assim, confia, espera e o ama, na certeza de que Ele é fiel e atende as nossas preces para muito além do que precisamos.
 
No Evangelho de hoje Jesus expulsa do Templo os mercadores, e usa o exemplo de uma figueira frondosa, mas estéril, como imagem do seu povo que se afastara da prática da pureza da fé por fazer da casa de Deus um covil de ladrões, isto é, uma casa de comércio, representado pelos comerciantes de animais para os sacrifícios e pelos cambistas.
 
Portanto, caríssimos, tomemos cuidado para não sermos como uma figueira estéril, por fora frondosa, cheia de folhas e verdejante, mas, sem fruto algum em seus ramos. Em outras palavras, "a fé sem as obras é morta", isso quer dizer que os frutos da prática da fé são: a vida de oração, a vivência dos Sacramentos, o engajamento nas pastorais e movimentos da Igreja e a prática das obras de misericórdia.
 
Paz e Bem!
 
Frei Fernando Maria OFMConv.