“Tenham o cuidado de obedecer toda a lei que eu hoje lhes ordeno, para que vocês vivam, multipliquem-se e tomem posse da terra que o Senhor prometeu, com juramento, aos seus antepassados. Lembre-se de como o Senhor, o seu Deus, os conduziu por todo o caminho no deserto, durante estes quarenta anos, para humilhá-los e pô-los à prova, a fim de conhecer suas intenções, se iriam obedecer aos seus mandamentos ou não. Assim, ele os humilhou e os deixou passar fome. Mas depois os sustentou com maná, que nem vocês nem os seus antepassados conheciam, para mostrar-lhe que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca do Senhor.” (Deuteronômio 8:1-3)
Glória a Deus, que, por meio de Cristo, nos salvou da Ira vindoura! Ele, de maneira unilateral, acabou com a guerra que havia entre Ele mesmo e os homens! E não apenas isso, mas também nos deu acesso para que pudéssemos desfrutar da maior benção que pecadores como nós poderíamos receber: a Esperança Certeira de que um dia estaremos com Ele e, assim, finalmente seremos perfeitamente completos, pois neste momento cumpriremos de forma perfeita aquilo para o que fomos criados... amar e glorificar a Deus!
Seu pecado te levará para o Inferno, só há uma forma de apagar toda essa culpa: creia que Cristo é o Filho de Deus e que há dois mil anos atrás, na Cruz do Calvário, Ele estava pagando o preço dos nossos pecados.
“Tenham o cuidado de obedecer toda a lei que eu hoje lhes ordeno, para que vocês vivam...”. Deus se relacionou de forma geral com os homens por meio de duas grandes alianças. A primeira era baseada na obediência. Ela pode ser resumida pelo texto acima e por referências como Deuteronômio 11:26-28. A segunda aliança também é baseada na obediência, porém não na minha ou na sua, mas na obediência de Cristo (veja Romanos 1:16-17). Alcançamos a Jerusalém Celestial não por meio de nossa própria força em obedecer (pois é impossível que consigamos), mas sim crendo naquele que obedeceu a Lei de forma perfeita, Jesus Cristo. Ou seja, embora a obediência às Palavras de Cristo seja uma característica dos salvos, não precisamos obedecer à Lei do Velho Testamento para recebermos salvação. Recebemos salvação pelo fato de Cristo ter obedecido toda a Lei e pelo fato de que, sendo Ele o único capaz de obedecer toda a Lei, Ele se entregou no madeiro para pagar o preço da nossa culpa diante de Deus. Uma vez que creio em Cristo, como o Filho de Deus, e em sua obra de redenção, sou salvo da Ira que será derramada por Deus sobre os pecadores no último dia. E também sou livre para obedecê-lo, não por medo, mas sim por gratidão a dádiva da salvação.
“...o seu Deus, os conduziu por todo o caminho no deserto [...] a fim de conhecer suas intenções, se iriam obedecer aos seus mandamentos ou não.”. Neste verso encontramos uma espécie de “paradoxo”. Para nossas mentes hollywoodianas, o texto parece sugerir que ao lembrar das provações passadas no deserto, o povo teria aquele sentimento de “dever cumprido”. O fato é que não! Se olharmos a história de Israel veremos que não foram poucas as vezes que eles se rebelaram contra Deus no deserto. Cabe-nos aqui traçarmos um paralelo com um ditado popular bastante conhecido, porém, não bíblico: “Você não é você quando está com fome”. Quando estamos com fome ou sofremos injustiças, revelamos o que realmente há em nosso interior. Da mesma forma, Cristo, quando sofria perseguições, demonstrava quem Ele realmente era. Ao padecer nesta terra, diferentemente de nós, Cristo não se expressava com palavrões ou demonstrações de ódio, Ele apresentava aquilo de que estava completo: amor e mansidão. A provação, tanto para o povo de Israel quanto para nós hoje, serviu para mostrar “suas intenções, se iriam obedecer aos seus mandamentos ou não”. Quando estivermos mais necessitados, ou seja, quando a ira, o ódio, a inveja surgirem lembre-se do quanto Cristo é Santo. É somente pelo sacrifício dele que somos Justificados, Ele é o único suficientemente Santo.
“Assim, ele os humilhou e os deixou passar fome. Mas depois os sustentou com maná [...] para mostrar-lhe que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca do Senhor.”. Embora o homem não consiga cumprir a lei, Cristo consegue! Observe neste verso que, após a constatação da insuficiência humana em obedecer aos mandamentos, é dito que ele foi sustentado por duas coisas: o Maná e a Palavra que procede da boca do Senhor. O mais surpreendente é que, nas Sagradas Escrituras, Cristo se identifica com esses dois itens: em João 6:35 Ele se identifica com o Maná e em João 1:1 Ele se identifica com a Palavra.
Toda a Bíblia aponta para uma mensagem principal, o Evangelho do Senhor Jesus Cristo. No livro de Deuteronômio não é diferente! Creia em Cristo e seja absolvido da condenação do seu pecado!