Se eu pudesse
te compararia
a um tecido.
Que põe para lavar,
com lágrimas,
as próprias entrelinhas.
E se eu pudesse
diria-te que,
se úmido,
não te escondas
em uma gaveta.
Pois não são as ideias
que irão te devorar.
Mas todos os fungos
que as fazem jantar.
Lava-te e estenda-te,
ao ar livre.
(Se quiseres continuar)
Pois as suas lágrimas,
O Sol há de enxugar.