Dos males do racionalismo protestante
Mal 1: julgam fulano de tal de "crente verdadeiro" e siclano de "ímpio", ou de "eleitos" e "ineleitos": Não conhecem profundamente a quem tanto abençoam ou demonizam.
Mal 2: Se apegam pelo que "diz a Bíblia"; o que fará cair em contradição com algum doutrina crida anteriormente: Muitos crêem na "eleição incondicional", mas demonizam pessoas que segundo eles "estão levando outras ao inferno". Se a eleição é incondicional, não interessa o que cometamos de pecado; cedo ou tarde a Mão divina virá nos resgatar.
Mal 3: São fatalistas diante do próprio pecado de uma forma e diante dos pecados alheios de outra forma: Se alegam "invejosas", "avarentas", "luxurientas", mas não arranjam uma solução pra largar destes pecados. E ainda querem pregar que o pecado alheio leva à perdição.
Mal 4: Projetam em Deus a própria ira: não vigiam seus próprios sentimentos. Crêem piamente que o que aconteceu de ruim a alguém é obra de "ira divina" naquela pessoa. Como se a ira deles à pessoa pudesse invocar uma ação divina maligna nela.
Mal 5: Se dizem "indignos da fidelidade à Deus", mas negam misericórdia a um pecador. Se todos somos indignos de estar vivos, logo o estado de necessidade da carência de Deus é igual em todas as pessoas existentes, logo não era pra haver diferença de tratamento de um crente a um não-crente.
Mal 6: Crêem que aquilo de mal que o homem pensa, sente ou pratica, impede a providência divina alcançar o mesmo homem. Como se Deus respeitasse o estado espiritual do homem.
Mal 7: Julgam os males alheios como "os males piores da terra" e os bens alheios como "trapos de imundície": Eles conseguem demonizar tanto os bens quanto os males das pessoas que odeiam praticam. Agora julgam seus próprios pecados e virtudes de forma diferenciada, não por eles terem cometido pecados menos graves de fato, mas porque "foram alcançados pela fé". Ou seja, a fé minimizaria a gravidade dos pecados cometidos pelos crentes, não importando a gravidade em si de tal pecado praticado.
Mal 8: Se vangloriam por ter sofrido na vida. Por incrível que pareça, se acham dignos de terem passado por alguma dificuldade ou por Deus "ter pesado a mão neles". Uma espécie de "culto ao autoflagelo".