ArcAnjo Miguel: Na GiBlía qualquer burro fala!!!

VOU ABRIR MINHA IGREJA E JÁ VOLTO!

O primeiro milagre do heliocentrismo!

Eu, Claudio Angelo, editor de Ciência da Folha, e Rafael Garcia, repórter do jornal, decidimos abrir uma igreja.

Com o auxílio técnico do departamento Jurídico da Folha e do escritório Rodrigues Barbosa, Mac Dowell de Figueiredo Gasparian Advogados, fizemo-lo. Precisamos apenas de R$ 418,42 em taxas e emolumentos e de cinco dias úteis (não consecutivos) .

É tudo muito simples.

Não existem requisitos teológicos ou doutrinários para criar um culto religioso. Tampouco se exige número mínimo de fiéis.

Com o registro da Igreja Heliocêntrica do Sagrado Evangélio e seu CNPJ, pudemos abrir uma conta bancária na qual realizamos aplicações financeiras isentas de IR e IOF.

Mas esses não são os únicos benefícios fiscais da empreitada. Nos termos do artigo 150 da Constituição, templos de qualquer culto são imunes a todos os impostos que incidam sobre o patrimônio, a renda ou os serviços relacionados com suas finalidades essenciais, as quais são definidas pelos próprios criadores.

Ou seja, se levássemos a coisa adiante, poderíamos nos livrar de IPVA, IPTU, ISS, ITR e vários outros "Is" de bens colocados em nome da igreja. Há também vantagens extratributárias. Os templos são livres para se organizarem como bem entenderem, o que inclui escolher seus sacerdotes. Uma vez ungidos, eles adquirem privilégios como a isenção do serviço militar obrigatório (já sagrei meus filhos Ian e David ministros religiosos) e direito a prisão especial.

A listagem é grande das igrejas abertas em 2010 e encontra-se disponível na internet para quem se interessar em saber. (Tanto os cristãos devem tomar cuidado e terem reservas contra pessoas má intencionadas para que não fiquem desmoralizados socialmente, quanto o governo devia legislar sobre o assunto)

O Mural dos escritores discorre:

Entretanto, como denúncia de prática abusiva, devemos reconhecer que a lei deve prever uma regra para que qualquer um não possa abrir uma religião sem mais nem menos e os cristãos evangélicos deviam ter uma comissão para analisar os fundamentos das novas iniciativas, que devem sim, vir já com os membros definidos, como qualquer ONG, já que funciona como uma ONG, embora envolva ganhos financeiros para os pastores que sustentam suas famílias com o dinheiro das igrejas.

Penso também que é justo que recebam por seu trabalho de evangelização, há muitos pastores com trabalhos sérios. Só que me solidarizo com Jones que do jeito que está, não serão apenas pessoas de fé bem intencionadas, mas qualquer um e qualquer um não serve para ser um líder religioso. Apagamos nesse envio de mala direta o nome das igrejas que foram listadas, em respeito às que podem ser sérias, já que é de conhecimento público, inclusive entre os evangélicos, que muitas não são.

Link de texto similar:

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