PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 8,19-21)(24/9/19)
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“Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática". Assim respondeu Jesus aos que lhe avisaram da presença de seus familiares que vieram ao seu encontro em meio ao exercício de sua missão Redentora. Ora, aqueles que fazem uma interpretação subjetiva dessa sua resposta jamais compreenderão seu real significado.
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Com efeito, o entendimento da fé nos revela que essa analogia que Jesus faz se fundamenta na perfeita unicidade da família divina, ou seja, ele se refere ao seu povo como um todo, como meditamos no Evangelho de João: "Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Mas a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus."
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De fato, Jesus foi enviado por Deus Pai para realizar a promessa que havia feito a Abraão e à sua descendência, abençoar por meio deles todas as famílias da terra (cf. Gn 12,3; 22,16-18). Por isso, ao se referir à sua família natural Jesus a expande até os confins do universo por meio do Sacramento do batismo, como meditamos nos Santos Evangelhos (cf. Mt 28,19-20; Mc 16,15-16; Jo 3,5-8).
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Conclusão: Caríssimos, Jesus ao dizer: "Eis que eu renovo todas as coisas", nos dá a entender que está passando à limpo a criação natural, isto é, renovando-a em todos os sentidos, exatamente como nos ensinou São Pedro: "Entretanto, virá o dia do Senhor como ladrão. Naquele dia os céus passarão com ruído, os elementos abrasados se dissolverão, e será consumida a terra com todas as obras que ela contém. Nós, porém, segundo sua promessa, esperamos novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.