Homilia do 23°Dom do tempo comum(Lc 14,25-33)(08/9/19)
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Caríssimos, não podemos amar a Deus sobre todas as coisas, se amamos o mundo e as suas concupicências; é exatamente isso o que nos diz São João na sua primeira carta: "Não ameis o mundo nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo - a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida - não procede do Pai, mas do mundo. O mundo passa com as suas concupiscências, mas quem cumpre a vontade de Deus permanece eternamente."
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Ora, quando São João se refere ao mundo e às suas concupicências, isso quer dizer que tudo o que não é segundo a Vontade de Deus, não passa de concupicências, ou seja, mentalidades e comportamentos fora dos propósitos divinos para a nossa salvação. São Paulo na Carta aos Romanos nos exorta: "Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito."
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Com efeito, o Evangelho de hoje trata das condições para sermos verdadeiros discípulos de Cristo; diz o Senhor: "Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo."
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"Mas o que é que Jesus pede aos seus discípulos de ontem e de hoje, com essas palavras? Será que Ele quer que desprezemos a nós mesmos e aos nossos familiares? Que nos dediquemos inteiramente a uma vida ascética? Que procuremos o sofrimento para agradar a Deus?
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Mais que isso: esta Palavra de Vida nos exorta a caminharmos nos seus passos, acolhendo os valores e as exigências do Evangelho para ficarmos cada vez mais semelhantes a Ele. E isso significa viver a vida em plenitude, integralmente, como Ele fez, mesmo quando no caminho aparece a sombra da cruz." (Focolares).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.