Homilia do 18°Dom do tempo comum (Lc 12,13-21)(04.08.19)
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Caríssimos, para onde dirigirmos nossos olhos só veremos pó, cinzas; pois, é isso que nos aponta a nossa finitude, ou seja, tudo o que enchergamos é nada se comparado com os bens eternos que os justos herdarão no Reino dos céus; mas, infelizmente, a maioria dos seres humanos não entende essa verdade, e por isso muitos são aqueles que tiram ou perdem o dom precioso da vida por causa dos bens materiais. Todavia, a liturgia deste domingo nos ensina que a vida só tem sentido quando a vivemos para Deus, uma vez que aqui ninguém permanece por muito tempo e que nada adianta prender-se às coisas deste mundo.
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Certa feita, disse o Senhor: "Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder-se a si mesmo e se causa a sua própria ruína?"(Lc 9,25). E ainda: "Qual de vós, por mais que se esforce, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida?"(Mt 6,27).
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Ora, no Evangelho de hoje o Senhor nos faz este alerta: “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens”. E em outra passagem ele acrescenta: "Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furtam e roubam. Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam. Porque onde está o teu tesouro, lá também está teu coração."
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Com efeito, na segunda leitura de hoje São Paulo nos exorta à buscar os bens do alto; mas que bens são estes e como buscá-los? Ora, ele mesmo nos responde neste mesmo capítulo: "Portanto, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência. Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, toda vez que tiverdes queixa contra outrem. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós. Mas, acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição. Triunfe em vossos corações a paz de Cristo, para a qual fostes chamados a fim de formar um único corpo. E sede agradecidos.
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Caríssimos irmãos e irmãs, não vivamos como se a vida presente fosse somente temporal, porque na verdade é nela que construímos a eternidade que tanto desejamos. Ora, é bem como escreveu São Paulo: "Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá. Quem semeia na carne, da carne colherá a corrupção; quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos. Por isso, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, mas particularmente aos irmãos na fé."
 
Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.