OS SEIS JUIZOS DE DEUS – O QUE A BÍBLIA FALA SOBRE ASSASSINATO

Gênesis nos mostra seis juízos de Deus, que exigem todos uma satisfação ao Juiz: Deus. A saber são esses juízos: (1) O homem foi expulso da presença de Deus, (2) A terra foi amaldiçoada, (3) O Assassinato, (4) A morte, (5) O Díluvio, e (6) A incompreensão humana – A Torre de Babel e o seu significado para a raça humana.

Já falamos sobre quando o homem foi expulso da presença de Deus e como e porque a terra foi amaldiçoada, assim como qual é a satisfação exigida por Deus e o que essa satisfação, esse pagamento em respeito a transgredir a lei de Deus fez por nós. Hoje vamos falar sobre O Assassinato, visto na passagem onde um irmão mata o outro irmão (Gênesis 4).

O MOTIVO PORQUE CAIM MATOU ABEL

Antes de continuar, eu quero dar uma dica de como se escrever um estudo bíblico. Primeiro, quando estou orando, algumas vezes entendo que Deus quer que eu escreva sobre aquele assunto. Dado o assunto eu leio tudo sobre ele. Depois que já li outros estudos, ouvi outras palavras, meditei, descobri os principais versículos do assunto e os principais temas, elaboro o meu estudo como se fosse uma palavra a ser pregada na Igreja. Na Igreja eu preciso ser claro, rápido e objetivo, além de trazer um ensinamento que fique na vida das pessoas, de preferência a vida toda. A minha ideia é pregar de tal forma que um dia ao pensar sobre o assunto, venha à tona o ensino bíblico. Não importa que no futuro a pessoa não se lembre do pregador, mas importa que ela se lembre do que a Bíblia disse.

Ao se falar sobre um tema é necessário explicar porque aquele assunto em específico é tão importante. Passamos então a explicar os pontos do assunto e por fim é necessário que a conclusão leve o ouvinte / leitor a algum lugar.

Nessa série estamos falando dos seis juizos de Deus visto em Gênesis. Vamos agora pensar no assassinato, um irmão matou o outro. Antes de pensar no juízo sobre o assassinato, devemos pensar por quê um irmão matou o outro? O que aconteceu pra isso?

A resposta vem do julgamento anterior de Deus, onde ele disse que a mulher teria um filho e esse filho pisaria na cabeça da serpente, quem assumiu o papel de ser a tentadora de Adão e Eva, fazendo-os pecar. Na verdade o pecado ´pe pessoal e interno, mas a serpente assumiu esse papel, pelo menos para aquelas pessoas muito simples. Expulsos do Jardim do Éden, Eva teve um filho, Caim, associa-se então imediatamente que o filho é quem vai pisar na cabeça da serpente. Porém Eva teve outro filho, Abel. Ai já temos dois filhos que poderiam pisar na cabeça da serpente. Nós sabemos que a profecia de Deus se referia a Jesus e que ele destruiria o poder de Satanás na Cruz. Mas aqueles primeiros homens não tinham esse entendimento. Com certeza Eva contou para Caim, muitas vezes que o filho que ela tivesse pisaria a cabeça da serpente, ficando meio óbvio que eles voltariam ao Jardim do Éden, agora com Caim.

Só que Adão e Eva tiveram Abel. Enquanto Abel era pequeno não fazia muita diferença, mas ele foi crescendo, o tempo passando e a oportunidade de Caim pisar na cabeça da serpente nunca aconteceu. Entretanto, um dia, Abel fez algo memorável, nunca feito antes: ele fez um culto. Abel pegou um animal, matou e ofertou a Deus sobre uma pedra. Orou a Deus e Deus respondeu favoravelmente com fogo, vindo do Céu.

Caim tentou imitar o culto de Abel, ofertando frutas e verduras, mas o culto de Abel era profético e inspirado pelo Espírito Santo, o de Caim não. O que nos mostra que existem diferenças de cultos a Deus. Uns são inspirados e revelados e outros são cópias de espiritualidade. Abel ofereceu um animal sobre a pedra, falando diretamente de Jesus, sobre o altar, ou sobre a Cruz. Caim ofertou algo que não tem relevância na Teologia. O que de novo nos fala que existem cultos proféticos e relevantes na história da Igreja e cultos que são irrelevantes, desnecessários.

Por muitos motivos Caim matou o irmão. A inveja de Deus aceitar a oferta de Abel e menos a sua foi um motivo, mas não o único, na verdade nem o principal. Caim imaginava ser o Messias, o Salvador do Mundo, mesmo que só houvessem apenas quatro pessoas no mundo até então. Foi criado uma projeção errada para Caim e ele acabou fazendo algo incomum até então: ele matou o seu irmão.

A CHAVE PARA ENTENDER O ASSUNTO E VÁRIOS OUTROS, É ROMANOS 1:28

“Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam.” Romanos 1:28

Esse versículo resume o juízo de Deus. Se não querem saber Dele, Ele é obrigado a se afastar dos homens, e assim o fazendo só demônios vem e provocam o mal. O Espírito Santo fica lutando a vida toda para as pessoas fazerem o que é da vontade de Deus, não pecarem, buscar o bem, mas muitos vivem resistindo. Deus um dia afasta-se do homem, porque o pecado do homem afasta Deus dos homens. Não é que Deus quer ir embora, mas antes que Deus não suporta o pecado. O Espírito Santo afastando-se, vem demônios influenciando o homem e pecar. E quanto mais o homem pecar, mais longe vai ficando de Deus e mais influenciado pelos demônios. “Como desprezaram o conhecimento de Deus… Ele os entregou.” Isso é muito triste.

O ASSASSINATO

A Bíblia trata da primeira morte de uma forma muito simples, narrando em um único versículo. “Disse, porém, Caim a seu irmão Abel: "Vamos para o campo". Quando estavam lá, Caim atacou seu irmão Abel e o matou.” Gênesis 4:8

Em Gênesis 11, no episódio da Torre de Babel, vamos descobrir que Deus deu um basta ao homem fazer o que queria sem a intervenção de Deus. A partir da Torre de Babel, Deus entra na história humana e não permite mais o homem fazer tudo o que via nos seu coração, p0ois Deus sabe que o coração humano é maldoso e cheio de pecado. Isso pode explicar porque Deus permitiu que um homem matasse outro homem e mais, que um irmão matasse outro irmão. Se observarmos bem, todos somos irmãos e matar outro é matar o irmão.

Estamos falando de juízo de Deus e como ele vêm às pessoas que desagradaram a Deus. Eu já falei aqui que Deus fez o mundo em seis dias e no sétimo descansou, quer dizer, Deus elaborou mecanismos para que o Universo pudesse se perpetuar indefinidamente, sem que Deus tivesse que opinar por todas as situações. Da mesma maneira Deus elaborou juízos que virão a qualquer um que pecar. Deus não precisa criar juízos para todas as pessoas, individualmente, Ele já criou juízos genéricos, e ainda podemos citar vários outros.

GUERRA, FOME E DOENÇAS COMO JUÍZOS

Guerra, fome e a peste são castigos ou juizos de Deus. “Castigarei aqueles que vivem no Egito com a guerra, a fome e a peste, como castiguei Jerusalém.” Jeremias 44:13. O que foi dito em Jeremias ressoa em Ezequiel. "Fora está a espada, dentro estão a peste e a fome; quem estiver no campo morrerá pela espada, e quem estiver na cidade será devorado pela fome e pela peste.” Ezequiel 7:15

A Bíblia deixa-nos entender que o Egito é uma espécie de mundo e portanto lugar de pecado. Portanto podemos entender jeremias da seguinte forma: Castigarei os que estiverem no mundo, vivendo no pecado, com guerra, fome e peste. Deus castigará o pecador com guerras, ou violência, com fome, desemprego, falta de alimento e com pestes, ou doenças. Violência, fome e doenças são juízos.

Muitas vezes nós não observamos que alguém que vive pela violência, como um ladrão, está debaixo de juízo de Deus. A sua violência é a sua entrega a demônios, visto que ele não quis conhecer a Deus. Da mesma maneira nós podemos observar que a fome no mundo pode ser juízo de Deus, assim como várias doenças.

Guerra, fome e doenças podem ser juízos genéricos de Deus na Terra, porém por serem genéricos podem respinga a pessoas que não praticaram o pecado que gerou isso, como os filhos de pais pecadores, ou súditos de um governo ruim. Deus criou uma resposta para Ele poder nos abençoar, mesmo que o país esteja debaixo de juízo, que é a oração. Nós cristãos podemos orar e pedir a Deus, que Ele retire o mau do nosso meio. Na verdade é isso mesmo que a gente faz, orando: a gente pede a Deus que Ele nos abençoe, mesmo durante o julgamento de milhares ou milhões que não querem saber Dele. Em qualquer situação nós podemos orar. E a oração é uma arma tão poderosa que até o que está debaixo do juízo pode orar e pedir perdão a Deus e Deus promete que o vai ouvir.

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O HOMICIDIO?

Mas a Bíblia é muito específica sobre o assassinato, que é matar outra pessoa. A Lei de Deus proíbe matar. A Bíblia diz em Êxodo 20:13 diz: “Não matarás.” Matar é tirar a vida de outra pessoa. Mas a ira é uma forma de homicídio. Tirar a fé de alguém é uma espécie de morte. No sexto mandamento, Deus resume em duas palavras o valor e o sentido da vida:“Não matarás” (Êxodo 20:13). Esse é o mandamento que honra a vida que Deus nos dá. Ele, como o Doador da existência, afirma que ninguém tem o direito de destruí-la.

Matar um ser humano é considerado, na Bíblia, uma terrível ofensa contra Deus. A vida é um dom divino, e Ele proíbe o derramamento de sangue (Gênesis 9:6; Provérbios 6:16, 17; Efésios 5:29; Atos 16:27, 28). É importante mencionarmos, porém, que o sexto mandamento não proíbe matar animais para comer, pois essa foi uma permissão vinda do próprio Deus após o Dilúvio (Gênesis 9:3; Deuteronômio 12:21). Todavia, a matança de animais por motivos torpes é desaprovada pela Bíblia. Em Provérbios 12:10 diz: “O justo atenta para a vida dos seus animais, mas o coração dos perversos é cruel”.

Ao subir o Monte das Oliveiras como o “Novo Moisés”, Jesus apresentou ao povo a essência da Lei. Com uma lente de aumento, Ele ampliou a noção dos Dez Mandamentos e trouxe a mente do povo para o espírito da Lei. Quanto ao sexto mandamento, Ele disse: “Ouviste o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás’… Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo, irar-se contra seu irmão estará sujeito a mandamento no tribunal; e quem chamar-lhe tolo estará sujeito ao inferno de fogo” (Mateus 5:21 e 22).

Jesus afirmou que o assassinato pode estar no campo das palavras e das emoções. O fato de cultivarmos o ódio contra alguém, já implica na transgressão do sexto mandamento, como disse o apóstolo João: Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino” (1 João 3:15).” (Equipe Biblia.com.br)

O que significa a expressão “Não Matarás” contida em Ex 20:13?

Lemos em Ex: 20.13 a famosa ordem para não matar, e qualquer um que a lê, de imediato entende que é pecado matar. Porém, é possível ver na Bíblia, Israel lutando em guerras, e saindo vitorioso após muitos inimigos serem mortos por ele. Porventura Israel não pecou?

Para que possamos entender de fato o sentido correto do verso, é preciso investigar o significado do verbo “matar”. Fazendo isso, vemos que o verbo no texto original em hebraico é רָצַח(Hebr. ratsach). Esse termo em hebraico significa assassinar, matar alguém maliciosamente, com premeditação. Assim, com base na definição correta do verbo, podemos concluir que o verso abordado, se refere ao ato de se matar alguém de forma premeditada e não para se defender, como consta em (Ex 22.2,Rm 13). Logo, Israel não pecou ao derrotar seus inimigos, pois estava apenas contra-atacando-os, e também porque Deus sempre estava por presente nessas vitórias (Ex 17.8-16; Jz 15.14-16). (Internet)

Adão Carlos Nascimento nos fala que tirar a vida de um ser humano é o mais radical ato de violência. Quem o faz destrói a mais preciosa criação de Deus — o homem, feito “à imagem e semelhança do Criador”. Por isso, quando Deus sintetizou em dez mandamentos o que ele exige do homem, Ele ordenou: “Não matarás” (Êx 20.13).

Os teólogos de Westminster concluíram que nesse mandamento Deus proíbe “o tirar a nossa vida ou a de outrem, exceto no caso de justiça pública, guerra legítima, ou defesa necessária; a negligência ou retirada dos meios lícitos ou necessários para a preservação da vida; a ira pecaminosa, o ódio, a inveja, o desejo de vingança; todas as paixões excessivas e cuidados demasiados; o uso imoderado de comida, bebida, trabalho e recreios; as palavras provocadoras; a opressão, a contenda, os espancamentos, os ferimentos e tudo o que tende à destruição da vida de alguém” (Catecismo Maior — resposta à pergunta 136).

Regulamentando a aplicação desse mandamento, o Antigo Testamento traz leis rigorosas e severas para punir a violência contra a vida humana. O assassinato era punido com a pena de morte (Êx 21.12). A mesma punição era aplicada ao proprietário de um animal que matasse um ser humano, caso ficasse provado que a morte resultou da negligência do dono do animal (Êx 21.29). O homicida tinha direito à defesa, mas era julgado com rigor.

A produção, divulgação, comercialização e consumo de cigarros, bebidas alcoólicas e outras drogas são uma forma de matar; a poluição das águas e do ar; a falta dos devidos meios e instrumentos de segurança do trabalhador nas fábricas e na construção civil; o uso abusivo de produtos químicos na agricultura e na pecuária, e dirigir automóveis e caminhões de forma irresponsável, colocando em risco a vida de condutores, passageiros e transeuntes, também. A droga Essas práticas matam muito mais pessoas do que os assassinatos.

Quem desobedecer a esse mandamento pagará muito caro por isso, pois o próprio Deus declarou: “Certamente, requererei o vosso sangue, o sangue da vossa vida; de todo animal o requererei, como também da mão do homem, sim, da mão do próximo de cada um requererei a vida do homem. Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem.” (Gn 9.5, 6). (Adão Carlos Nascimento, passtor da 1ª Igreja Presbiteriana de Governador Valadares.)

ALGUMAS QUESTÕES DIFICEIS

Num texto do Prof. Felipe Aquino (que está na Internet) ele aponta várias questões interessantes e dificeis no tema não matarás.

O EMBRIÃO - O embrião humano deve ser tratado como uma pessoa desde a sua concepção, e deve ser defendido em sua integridade, cuidado e curado como qualquer outro ser humano. Por isso, a Igreja não aceita a manipulação dos embriões e o desenvolvimento de células tronco embrionárias para fins terapêuticos, porque neste processo se destrói os embriões, que já são vidas humanas. A revista Superinteressante de 2012, nos aponta, entretanto, que para a Igreja, o embrião se torna um ser-humano no momento da fecundação, ou seja, desde o principio, mas os cientistas dizem que é da 3ª à 24ª semana de gravidez.

LEGÍTIMA DEFESA – A proibição de matar não anula o direito de se defender. A legítima defesa é um dever grave para quem é responsável pela vida alheia ou pelo bem comum. Se um bandido entrar na sua casa e atacar suas filhas e esposa, você precisa defendê-las. Um vigilante de banco está sendo pago para defender o patrimônio de sua empresa. É uma espécie de defesa.

A EUTANÁSIA - A eutanásia voluntária, sejam quais forem as formas e os motivos, constitui um assassinato. É gravemente contrária à dignidade da pessoa humana e ao respeito do Deus vivo, seu Criador. A pessoa humana tem o direito de morrer quando Deus desejar.

O suicídio é gravemente contrario a lei de Deus, mas o suicida pode ter sua culpa diminuída por razões psicológicas (medo, depressão, etc.). A Igreja pede que se reze por eles e ninguém deve desanimar de sua salvação.

O escândalo é também pecado contra o quinto Mandamento; pois constitui uma falta grave quando, por ação ou por omissão, leva intencionalmente o outro a pecar gravemente.

Também a guerra ofende ao quinto Mandamento pelos males e injustiças que acarreta; devemos fazer tudo o que for razoavelmente possível para evitá-la.

A Igreja ora: “Da fome, da peste e da guerra livrai-nos, Senhor”. As práticas de1iberadamente contrárias ao direito dos povos e a seus princípios universais constituem crimes.

A Igreja condena também a corrida armamentista, extremamente grave e prejudicial. “Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9). Prof. Felipe Aquino

O HOMICÍDIO SOB A ÓTICA JURÍDICA BRASILEIRA

Poupando a vida do primeiro homicida. Deus apresentou diante de todo o Universo, uma lição que dizia respeito ao grande conflito. A história de Caim foi uma ilustração de como teria sido o resultado de permitir o pecador viver para sempre, para prosseguir em sua rebelião contra Deus. Quinze séculos depois de pronunciada a sentença sobre Caim, o universo testemunhou os frutos de sua influência e exemplo, no crime e corrupção que inundaram a terra (WHITE, 1995 p. 40).

Os dez mandamentos bíblicos (Êxodo 20:2-17) tratam da moral cristã nos ensinamentos primários que contrariam a vontade de "Deus Pai" e este puniria quem os violasse. O quinto mandamento é o "Não matarás", atribuindo à vida a condição de bem sagrado e, em que pese tal mandamento, a Bíblia (Gênesis, cap. 4) registra que Caim matou seu irmão Abel.

A sociedade se rege por códigos de condutas e, no Brasil, o correspondente legal ao "5º mandamento" vem contido no Código Penal Brasileiro (Decreto Lei nº 2848/40), em seu artigo 121: "Matar alguém" (forma genérica do crime de homicídio), sujeito à pena de reclusão (6 a 20 anos, se homicídio simples e, de 12 a 30 anos, se homicídio qualificado), dependendo da forma e da circunstância em que o delito foi praticado para a fixação da pena.

Como "homicídios próprios" (praticados por pessoas específicas), alguns exemplos: o parricídio (matar o pai), matricídio (matar a mãe), filicídio (matar o filho), fraticídio (matar irmão), uxoricídio (matar o cônjuge), infanticídio (mãe matar o recém-nascido) e o feminicídio (matar a mulher). Quanto às penas existentes no Brasil, a Constituição Federal (Art. 5º, inciso XLVII) veda a pena de morte, ou seja, ao Estado não é permitido, em situação normal (tempos de paz), condenar à pena de morte, contudo, em situação extrema (guerra declarada) a pena capital poderá ser instituída.

O ordenamento jurídico prevê situações em que, embora tenha havido a morte de outrem, o agente do fato não será condenado (processado, sim) pelas denominadas excludentes de ilicitudes (art. 23 do Código Penal): o estado de necessidade, a legítima defesa e, o estrito cumprimento do dever legal ou exercício regular do direito.

Na medida em que os homicídios causam repulsa na sociedade, muita das vezes como são praticados, tanto que amplamente explorados pela imprensa. Estatísticas oficiais revelam que as pessoas da raça negra são a maioria das vítimas de homicídio, bem como que jovens entre 18 e 34 anos, pobres, negros e com baixa escolaridade, são 73,83% do total da população carcerária. Obviamente não há nenhuma predisposição étnica nisso, e sim que decorrem da execrável herança escravagista que os marginaliza, ainda que com os avanços havidos.

O "não matarás" bíblico carrega a ameaça de "ir para o inferno" (do latim: infernum - profundezas, mundo inferior), e, na sociedade não é diferente na medida em que as prisões brasileiras se equiparam ao inferno (por extensão - local de grande sofrimento), onde, em regra, a dignidade da pessoa humana (art. 1º, III; Art. 4º, II; Art. 5º, III e XLIX da CF) não é respeitada e nada contribui para a função da pena que, mais do que punir e segregar temporariamente, é de recuperar, reeducar e ressocializar o infrator.

A questão carcerária é dita como um "barril de pólvora", e o aqui exposto é, apenas, uma "leve pincelada" nesta questão tormentosa para toda a sociedade. Por pior que tenha sido o homicídio, o agente terá assegurado o direito constitucional à amplitude de defesa (art. 5º, inciso XXXVIII da CF), e deverá ter um advogado defensor que cumpra esse mister, sobretudo em plenário do júri, sem que sua função seja confundida com a atitude do réu, o que, infelizmente, nem sempre é compreendido.

No que se refere a pena de morte, vetado pela Constituição Federal e com forte apelo popular, lembremos que Jesus foi condenado à morte, pena permitida naquele tempo e lugar, em processo viciado à luz do direito da época, sem fundamento legal para alguns estudiosos. Paulo Silveira Melo Sobrinho, advogado e membro da Comissão da Advocacia Criminal da OAB Sorocaba

CONCLUSÃO

Deveríamos observar com mais agudeza aquela lista de Romanos 1, pois ela diz que os pecados ali descritos e que merecem a pena e o julgamento, tem na sua origem os homens terem deixado Deus e não buscarem o seu conhecimento. Deus existe e pela sua existência, se viemos Dele, temos obrigação de compreendê-lo e o que Ele deseja de nós. Ninguém tem desculpa para não buscar Deus.

1 Coríntios 11:32 deve nos chamar a atenção: “Quando, porém, somos julgados pelo Senhor, estamos sendo disciplinados para que não sejamos condenados com o mundo.”

Nós não gostamos da disciplina, ninguém gosta de ser chamado a atenção, porém Deus repreende quem ama e não quem Ele não ama. Ninguém pode dizer que não peca, pois a Bíblia mesmo afirma isso. Porém somos pecadores arrependidos, buscando não pecar e repreendidos quando pecamos. Somos levados pelo Espírito Santo de fé em fé, para um dia sermos pessoas melhores.

Os que vivem a vida dissoluta, pecando e errando e não há ninguém que os diga que estão errados, esses estão debaixo de juízo. Alguns poderiam pensar que deveríamos deixá-los assim, pois não quiseram saber de Deus, mas não é a maneira de Jesus. Ele pregava a todos, Ele curava a todos, Ele disciplinava a todos, Ele amava a todos. A Cruz é o exemplo maior, onde na sua fala com Deus, se denuncia quem somos: “Pai, perdoa-os, eles não sabem o que fazem”.

Não importa como os homens chegaram a Jesus, mas sim que chegaram de algum modo e se chegaram é porque Deus os trouxe.

HÁ PERDÃO PARA QUEM MATOU OUTRA PESSOA?

O homem nunca deve matar em hipótese alguma. Deus é Deus de vida. Porém como fica quem já matou alguém? O juízo terreno vai julgá-lo e prendê-lo, se for provado que matou. Passada a pena, ele estará quites com a sociedade humana. Porém é óbvio que quem matou alguém ultrapassou uma linha que não dá pa voltar mais. O peso da culpa pode corroer o homem. Existem pecados que só Deus tem capacidade de perdoar, mas a Palavra de Deus fala assim: “E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?

E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.” João 8:10,11.

Aquele que teve o desprazer de tirar uma vida e que vai viver com o peso da culpa eternamente sobre isso, pode alcançar algum alívio em Jesus, com essa fala: “Vai e não peques mais”. Não dá pra voltar uma vida que foi tirada, mas dá pra não fazer de novo. Se a pessoa andar em Jesus, o Espírito vai conduzi-lo a amar a vida e as pessoas. Em Cristo veremos que o dom da vida é algo sublime. Deus amava apaixonadamente quem morreu. E Deus ama apaixonadamente quem matou. Pecado é algo que só muda de nome, são todos ruins. Jesus morreu para perdoar pecados. Jesus morreu para perdoar pecadores. Pensa nisso.

Fique na paz.

Amém.

Paulo Sérgio Lários

pslarios
Enviado por pslarios em 15/04/2019
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