PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 8,11-13)(18.02.19)
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Caríssimos irmãos e irmãs, a prática da fé não é uma imposição, não é uma obrigação; antes e acima de tudo, é um profundo ato de amor, de reconhecimento e de comunhão filial com Deus nosso Pai e Criador. De fato, vivemos num mundo de limites onde muitas vezes ficamos atordoados pelo mal praticado contra vítimas inocentes sem nenhuma razão de ser.
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Mas, por que isso acontece? Ora, a única explicação para a existência do mal se chama desobediência, que se traduz pelo desligamento de Deus, mesmo conhecendo sua bondade e o seu amor sem limites. Mas, como pode um ser experimentar o profundo amor de Deus e mesmo assim renega-lo? No mundo do pecado isso se chama não correspondência.
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De fato, todos os seres criados por Deus são frutos do seu amor, mas, com a única finalidade de amar com o mesmo amor com que foram criados, fora dessa verdade tudo se reduz ao não amor, ou seja, ao que Deus não é; e a isso chamamos desobediência, ou seja, extremo ato de não correspondência ao infinito amor de Deus.
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Com efeito, assim escreveu São João: "Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por ele. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele."
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Conclusão: Caríssimos, a liturgia de hoje nos relata o episódio da morte do inocente Abel, morto por Caim seu próprio irmão; mas, morto por quê? Porque se ofereceu a Deus com a vítima que lhe oferecera, imagem da oferta de expiação de Seu Filho, Jesus Cristo, para a nossa salvação. No Evangelho de hoje os incrédulos pedem sinais para provarem a Deus, por isso, nada recebem por causa de suas más intenções. De fato, tudo o que é mal não corresponde ao amor de Deus.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.