BANDIDO BOM É BANDIDO MORTO?
 
     Este axioma; “bandido bom é bandido morto”, representa uma das formas mais terríveis que certos segmentos sociais, imbuídos dos mais “altos valores morais”, portadores do estandarte da vontade divina utilizaram para praticar as mais diversas perversidades. Os “cidadãos de bem” estão sempre predispostos a arrancar o joio do meio de trigo para que todos os maus morram e sobrevivem somente os bons. Os bons matadores. Antecipando o juízo final para Deus criando um paraíso dos “bons matadores” e livres dos “maus assassinados”.

     Devo decepcionar alguns, mas o contrário de “bandido bom é bandido morto”, não é “bandido bom leva pra casa”. Passado 2.000 anos de cristianismo e ainda confundimos justiça com vingança. Dizemos-nos cristão mais pensamos ainda como judeus do Antigo Testamento. Ainda no tempo das leis de Talião; do olho por olho e dente por dente.
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Jesus nos deu diversas demonstrações de como se comportar diante do mal. 

     Ensinou-nos a dar a outra face, a perdoar sententa vezes sete, a pagar o mal com o bem, amar os nossos inimigos e até no seu derradeiro fim se lembrou do ladrão que estava ao seu lado e no lugar de julgá-lo e desejar lhe o mal, lhe perdoou e o convidou a estar com ele no paraíso. Afinal, como afirmou Chico Xavier “Ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo. Mas qualquer um pode recomeçar e fazer um novo fim”.

     É preciso considerar ainda que na maioria das vezes, criminosos possuem a mínima consciência da existência de Deus, ao passo que nós, ainda que estejamos apenas alguns passos na frente, por termos conhecimento da palavra, da revelação, com ela vem também a responsabilidade e Nos será cobrado mais do que a eles. Alem do que, como nos afirmou Elisabeth de França – Havre, 1862. (evangelho segundo Kardec, cap 11), muitas ações que são consideradas crimes aos olhos de Deus se quer são faltas leves nas leis humanas.

Bandido bom é bandido reabilitado!