Capítulo 07- O jogo dos sete erros, ou dos 3.193 erros? [Diga aos Mórmons que EU os amo]

Capítulo 7 - O jogo dos sete erros, ou dos 3.193 erros?

Imagino que a Primeira Presidência da Igreja gostaria que desaparecessem todos os exemplares da Primeira Edição do Livro de Mórmon, publicada em 1830. Pois Smith fica numa situação muito delicada diante dessa edição. É normal que ao longo dos anos, materiais escritos passem por alguma revisão, para que seu vocabulário seja atualizado, mas essas revisões jamais alteram o sentido real do texto. Não é o que acontece com o Livro de Mórmon.

A partir do momento que Smith clamou para o Livro de Mórmon o título de “Livro mais correto de todos os livros da Terra”, ele está negando ao Livro de Mórmon o direito a qualquer alteração que seja, já que é o mais correto da Terra. E estamos falando do Planeta Terra, não de uma cidade, ou Estado. É até compreensível que um jovem como Smith estivesse empolgado com a escrita de seu primeiro livro, e sua empolgação fez com declarasse coisas exageradas sobre sua obra recém escrita. Smith foi realmente longe com sua afirmação. O problema, é que o Livro “mais correto do Planeta” passou por mais de 3.193 alterações ao longo dos anos, e não foram alterações para “atualizar o vocabulário”. Inclusive, até as alterações de vocabulário poderiam ser consideradas como “erros”, já que o Livro foi tido (na época da impressão), como “o mais correto da Terra”, e “traduzido pelo dom e poder de Deus”.

Foram alterações convenientemente realizadas para que Smith não caísse em descrédito diante das pessoas. O problema para os líderes SUD, é que alguns colecionadores de raridades disponibilizam suas relíquias na Internet, e é possível que qualquer leigo consulte as páginas originais da primeira versão do Livro de Mórmon, e confira por si mesmo as aberrações cometidas por Smith. O que acaba prejudicando os SUD sinceros é justamente a preguiça para realizar tais pesquisas.

A história do surgimento do Livro de Mórmon é uma das mais estranhas que temos notícia. Afinal Joseph Smith alegou que os caracteres do livro estavam em “Egípcio Reformado”, o que segundo historiadores, é um idioma que jamais existiu.

Também, após ter traduzido o livro para o Inglês, ele disse que teve que devolver as placas ao tal espírito Morôni, ou seja, não há prova alguma da existência real do Livro. Outro fato que chama bastante a atenção, é que existem no Livro de Mórmon, textos que são cópias idênticas de trechos da versão inglês da Bíblia, a tradução “King James Version”. O que confere ao Livro de Mórmon a suspeita de ter sido um plágio da Bíblia Inglesa em determinados trechos.

A Edição de 1830, a mais correta do planeta Terra.

A suposta tradução do Livro de Mórmon ficou pronta em junho de 1829, porém só foi publicada quase um ano depois, em 26 de março de 1830. Eu uso a palavra “suposta”, pois ninguém pode afirmar com toda certeza que Smith traduziu realmente o livro, há uma grande possibilidade de esse livro ter sido ditado a Smith por algum espírito maligno. E por que não? Existem inúmeros “autores” que recebem todo o texto de seu livro de espíritos malignos. São livros volumosos com começo, meio, fim e certo sentido na história. Portanto não incentivo nenhum SUD a acreditar que o “Livro de Mórmon” é verdadeiro apenas por ter volume, começo, meio, fim e algum sentido.

Como vimos, alguns colecionadores disponibilizam seu material, por isso, foi possível fazer uma comparação e verificar que muitas coisas foram alteradas desde a primeira versão até a versão utilizada atualmente pela igreja SUD.

Livro de Mórmon: A “pedra fundamental” do Mormonismo: Com respeito a este registro o Profeta Joseph Smith declarou: ”Eu disse aos irmãos que o Livro de Mórmon era o mais correto de todos os livros da Terra e a pedra fundamental de nossa religião; e que seguindo seus preceitos o homem se aproximaria mais de Deus do que seguindo os de qualquer outro livro. (Livro de Mórmon, Introdução, pg V, Edição de 1997)

Através desta soberba citação de Smith tiramos algumas conclusões: “A pedra fundamental de nossa religião” - Jesus Cristo não é religião.

Quando é que vamos nos dar conta que o Senhor Jesus está fora do pacote mundial que nós, humanos rotulamos como “Religião”? Jesus Cristo é o Salvador da Humanidade, e isso não tem nada a ver com religião! O assunto é muito mais sério do que mera “religião”. É de salvação que estamos falando. Não estamos falando em ir à igreja, ler a Bíblia, proclamarmos que somos de “tal religião”, e nos sentarmos diante da Televisão, da Internet, e mantermos nossas redes sociais...

Não!

Estamos falando de ter compromisso com Deus: Aliança. Quem tem aliança com Deus fala DELE e não da igreja que freqüenta. Quem tem aliança com Deus O conhece e sabe do que Ele gosta, o que o entristece. Quem ama quer conhecer cada dia mais o objeto do seu amor. Se nós amamos a Deus, queremos conhecê-Lo.

Portanto se Smith tinha uma “religião”, faltava Jesus em sua vida. Uma citação maçônica deveria ter sido observada com muita atenção por Smith, como maçom que era:

A pedra angular, como o alicerce sobre o qual o edifício todo deve supostamente permanecer, é, sem dúvida, a pedra mais importante de toda construção. Ao menos, é assim considerada pelos maçons operativos. (O Simbolismo da Maçonaria, de Albert G. Mackey, Volume2, pg 07; Editora Universo dos Livros, Edição de Junho de 2008)

Se para os maçons, a pedra angular é a “mais importante de toda a construção”, e se para Smith, a pedra angular é o Livro de Mórmon, ele está literalmente excluindo o Senhor Jesus. A Bíblia deixa claro que Jesus é a “Pedra Angular”. Smith preferiu trocá-Lo por um livro. Paulo, falando sobre a “pedra angular”, diz o seguinte:

Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual e Jesus Cristo. (1 Coríntios 3:11)

(...) edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; (Efésios 2: 20)

Agora está claro por que Smith desprezou vários conceitos do Senhor Jesus. Ele criou sua “pedra angular particular”, o Livro de Mórmon, e desprezou completamente a Pedra Viva, que os construtores rejeitaram que é o Senhor Jesus.

Portanto, assim diz o Senhor Deus: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, pedra já aprovada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada; (Isaías 28: 16)

Uma dúzia de falsas testemunhas.

Tentando criar um clima favorável para seu livro, Smith insistia que três testemunhas bastavam para assegurar a “veracidade” do Livro de Mórmon. Para isso, ele tirou outro versículo bíblico do contexto:

Por boca de duas ou três testemunhas, toda questão será decidida. (2 Coríntios 13: 1)

Manipulando esse texto, Smith dizia que “a Bíblia ensinou através desse versículo”, que se “três homens” testemunharam que viram as tais placas, o Livro é verdadeiro. Porém a interpretação de texto está errada. Paulo não está criando uma doutrina, ele está conversando com os Coríntios sobre sua visita a eles e diz:

Receio que, indo outra vez, o meu Deus me humilhou no meio de vós, e eu venha a chorar por muitos que, outrora, pecaram e não se arrependeram da impureza, prostituição e lascívia que cometeram. Esta é a terceira vez que vou ter convosco. Por boca de duas ou três testemunhas, toda questão será decidida. (2 Coríntios 12: 21, 13:1)

Pela boca de duas ou três testemunhas QUAL questão será decidida? R: A questão dos que pecaram e não se arrependeram, e a presença de Paulo se fazia necessária.

Então, manipulando a situação, os líderes SUD dizem:

“O Senhor providenciou para que, além de Joseph Smith, mais onze pessoas vissem as placas de ouro e fossem testemunhas especiais da veracidade e divindade do Livro de Mórmon. Seus testemunhos escritos estão aqui incluídos [...]” (Livro de Mórmon - Introdução pgs V e VI, Edição 1997) – Grifo meu.

Como se qualquer um fosse acreditar na veracidade do Livro por causa dessas tais testemunhas. Os SUD se dão por satisfeitos com essa afirmação, negligenciando o fato de que talvez essas “testemunhas” fossem companheiros chegados de Smith, e que todos estivessem envolvidos nessa trama, com interesse financeiro no Livro de Mórmon! Pior ainda: Essas tais testemunhas anulam uma profecia do próprio Livro de Mórmon!

A Falsa Profecia das “Três Testemunhas”:

As três testemunhas da “veracidade do Livro de Mórmon” são os seguintes homens: Oliver Cowdery, David Whitmer e Martin Harris. As oito testemunhas são: Christian Whitmer, Jacob Whitmer, Peter Whitmer Jr, John Whitmer, Hiram Page, Joseph Smith Sênior (pai de Joseph Smith), Hyrum Smith (irmão de Joseph) e Samuel H. Smith. Totalizando onze. Esses homens alegam ter visto e manuseado as tais placas, e Smith usava seus testemunhos para afirmar que o Livro de Mórmon era verdadeiro. Entretanto, existe um texto no próprio Livro de Mórmon que diz:

“Portanto, no dia em que o livro for entregue ao homem de quem falei [Joseph Smith], o livro será escondido dos olhos do mundo para que ninguém o veja, exceto três testemunhas, além daquele a quem o livro será entregue; e vê-lo-ão pelo poder de Deus; e eles testificarão a veracidade do livro e das coisas que ele contém.” (Livro de Mórmon - 2 Néfi 27: 12) – Grifo meu.

Essas tais “três testemunhas”, são Oliver Cowdery, David Whitmer e Martin Harris.

Se Deus disse aqui, que ninguém veria “exceto três testemunhas”, o que dizer das outras oito testemunhas?

Bem, os SUD dizem que as “Três Testemunhas” viram o livro “pelo poder de Deus”, por isso a profecia estaria “aprovada”, já as “Oito Testemunhas”, viram “apenas” das mãos de Joseph Smith, sem essa história de ver “pelo poder de Deus”. Afinal, qual é a diferença, já que a profecia deixa claro que ninguém exceto três testemunhas o veriam? Porque oito pessoas a mais foram inclusas na história?

Deus é extremamente exato em cumprir com suas profecias! Não cai um jota ou um til, quanto mais oito pessoas:

Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. (Mateus 5: 18)

Se Deus dá atenção para cumprir cada “til”, quanto mais deixar passar oito pessoas para tornar sua profecia digna de descrédito! Smith vivia numa tentativa desesperada de fazer com que o mundo acreditasse em seu livro. O versículo acima diz que as testemunhas “testificarão a veracidade do livro”, mas quem tem que testificar algo a nós, é o Espírito Santo, e não seres humanos:

(...) mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito. (João 14: 26)

Então, Jesus lhe afirmou: Bem- aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.(Mateus 16:17)

Em momento algum de qualquer livro da Bíblia, veremos alguém implorando para perguntarmos a Deus se os registros bíblicos “são verdadeiros”, ou para acreditarmos nos depoimentos de alguma testemunha humana sobre verdades sobrenaturais. O ser humano ao ler a Bíblia, é confrontado, a pessoa pode estar sozinha, sem ninguém por perto, mas ela sabe se o que está fazendo é certo ou errado sem que ninguém lhe diga, isto é obra do Espírito Santo, que nos convence do pecado, da justiça e do juízo. Não precisamos de testemunhas da veracidade da Bíblia, pois o próprio operar de Deus em nossas vidas nos transformando, já é o testemunho vivo de que a Bíblia é a Palavra de Deus, pura e perfeita.

Não vemos Deus fazendo coisas às escondidas! Nem o deus do Livro de Mórmon concorda com essa história de autorizar apenas alguns a verem as placas:

“Diz também o Senhor (...) não falei em segredo; desde o princípio, desde o tempo em que foi anunciado.” (Livro de Mórmon - 1 Néfi 20: 15,16)

Se então Ele não fala em segredo o que aconteceu no bosque com Smith? Só Deus o sabe. Certo dia, conversando com uma moça SUD comentei sobre o perigo de acreditar no tal depoimento dessas testemunhas. Ela respondeu:

- “Mas Martin Harris (uma das Três Testemunhas) vendeu toda sua fazenda para ajudar Smith na publicação do livro. Você acha que ele jogaria seu dinheiro fora se isso fosse uma mentira?”

Eu disse: - “Os homens que jogaram dois aviões contra as torres gêmeas em 11 de setembro de 2001, deram suas vidas, acreditando que estariam no céu com 70 virgens, e isso era uma mentira. A vida deles era muito mais do que o dinheiro que Martin Harris deu a Smith para a publicação do livro”.

Ela ficou em silêncio. Um problema que assola os SUD é o comodismo. Eles acreditam em tudo que lhes é dito pelos líderes SUD sem ao menos pesquisar! Se os SUD tirassem um tempo para fazer uma pesquisa sincera, descobririam que estão sendo enganados! Uma simples leitura do próprio Livro de Mórmon revela inúmeras contradições. Nem é preciso uma pesquisa muito intensa.

O medo de ter acreditado em uma mentira durante tantos anos e ter de encarar a realidade paralisa muitos SUD, e os impede de aceitar a verdade! O medo de descobrir que não serão deuses, medo de encarar parentes, amigos, cônjuges...

Medo de dar explicações a pessoas para quem eles testemunharam tão confiadamente sobre Joseph Smith dizendo: ”Eu sei que Joseph Smith foi um profeta de Deus”.

O medo paralisa. O medo faz com que pessoas vivas, vivam como mortas, mantendo vidas em cativeiro. Não tenha medo de questionar Smith! Agora é a sua vez! Smith mentiu sobre muitas coisas! Ele precisa ser exposto! Chega de colocarmos protetores auriculares nos nossos ouvidos espirituais. Basta! Smith não teria resposta para nossas perguntas! Não se deixe iludir pela riqueza e ornamentos do Templo. Não se sinta “especial” somente por sua entrada ser permitida lá. Isso é engano para sua alma! Você perderá privilégios terrenos, mas ganhará a Vida Eterna ao lado de Jesus! Não se deixe seduzir pela oratória da Primeira Presidência, não deixe que a emoção causada pelo Mórmon Choir o impeça de admitir que Smith criou uma mentira!

Sozinho? Paulo e seus companheiros de viagem...

Por que Smith é tão questionado e desacreditado? Não pensem os SUD que é porque “ele era um profeta de Deus” e o reino das trevas está lutando contra as “verdades que Smith ensinou”. Não. Smith é questionado e desacreditado, porque as pessoas estão acostumadas a um Deus transparente, que não faz coisas por “debaixo dos panos”. Vejamos um exemplo claro de Sua atuação na vida de Paulo:

Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer. Os seus companheiros de viagem pararam emudecidos, ouvindo a voz, não vendo, contudo, ninguém. Então, se levantou Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada podia ver. E guiando-o pela mão, levaram-no para Damasco. (Atos 9:3-8)

Paulo teve um encontro real com o Senhor Jesus, Smith insiste em dizer que também teve. Mas a história de Paulo é contada por Lucas (o escritor de Atos dos Apóstolos). Já a de Smith, é contada por ele mesmo. Comparemos alguns fatos:

Confissões de Smith: “Nem eu acreditaria”!

Existiam outras pessoas quando Jesus se manifestou a Paulo: Os seus companheiros de viagem pararam emudecidos, ouvindo a voz, não vendo, contudo, ninguém. (Atos 9:7)

Ele não estava sozinho, não foi algo às escondidas, num “bosque secreto”. Deus assegurou que mais pessoas estivessem junto com Paulo. Se como a igreja SUD afirma, Joseph “fez mais pela salvação da humanidade do que qualquer homem que jamais existiu”, porque Deus não garantiu que mais alguém estivesse com ele no momento de uma manifestação tão importante como seria a dita primeira visão?

Ou no quarto quando Morôni teria aparecido a ele? Existem coisas que temos que aceitar pela fé, mas há coisas que o próprio Deus sabe que não é possível aceitarmos a não ser que alguém mais tenha testificado que tal fato é real. Isso revela a preocupação de Deus, Ele não é um carrasco que irá nos punir por não crermos em algo sem cabimento. O ser humano foi criado para raciocinar. Nosso cérebro não aceita qualquer coisa sem antes analisar tal fato, isso é normal da humanidade.

O que seria de Moisés se Deus tivesse aparecido exclusivamente a ele em silêncio sobre o Monte Sinai? Simplesmente ninguém teria acreditado em sua história! Isso é um fato, e Deus sabe disso, tanto que preparou TODO o povo de Israel para ver o evento, para que acreditassem nas palavras de Moisés. Deus falou com ele em particular através da sarça, mas depois deu respaldo ao seu servo, e falou do monte fumegando!

Afinal, estava chegando um desconhecido, dizendo que a “escravidão tinha acabado” e que Faraó deveria deixar o “povo ir”. É o equivalente a Smith chegar dizendo que o período de “apostasia” acabou e que devemos aceitar o evangelho restaurado. O Deus Todo-Poderoso, o Deus de Moisés, deu respaldo ao seu escolhido, falando diante de todo o povo:

Disse o Senhor a Moisés: Eis que virei a ti numa nuvem escura, para que o povo ouça quando eu falar contigo e para que também creiam sempre em ti. [...] no terceiro dia o Senhor, à vista de todo o povo, descerá sobre o monte Sinai, à vista de todo o povo, descerá sobre o monte Sinai. [...] Todo o povo presenciou os trovões, e os relâmpagos, e o clangor da trombeta, e o monte fumegante; e o povo, observando, se estremeceu e ficou de longe. (Êxodo 19: 9,11; 20:18) – Grifo meu.

Para que Deus desceria? “para que o povo ouça”... Moisés já ouvia a Deus, mas Deus queria que o POVO o ouvisse! E por quê? “Para que creiam sempre em ti”. Aqui vemos um Deus amoroso que se preocupa com seu servo. Todo o povo presenciou, não apenas uma dúzia de homens, mas foram homens, mulheres, crianças, e velhos.

Já o deus/homem de Smith é um deus que faz acepção de pessoas. O deus/homem que Smith apresenta é um ser que faz as coisas às escondidas “para que ninguém veja” e ainda exige que todos acreditem. Já o Deus Criador, é aquele que faz as coisas às claras, diante de todos porque conhece muito bem os seres humanos que Ele mesmo criou. Mostra Sua glória sem fazer acepção de pessoas, para que todos presenciem. Deus não disse a Moisés para escolher uma dúzia de homens para vê- Lo descer no Monte Sinai, e depois exigiu que todo o povo de Israel acreditasse na “uma dúzia” de testemunhas... Não. Ele veio diante dos olhos de TODOS.

Falta de Espaço nas Placas?

10) “Ora, então aconteceu que eu, Jacó, tendo ensinado muito meu povo com palavras (e não posso escrever senão poucas de minhas palavras, devido à dificuldade de gravá-las em placas) e sabemos que as coisas que escrevemos em placas perdurarão;” (Livro de Mórmon - Jacó 4:1)

“E eu, Jarom, não escrevo mais, porque as placas são pequenas.” (Livro de Mórmon - Jarom 1: 14)

Nesses dois versículos do Livro de Mórmon, encontramos uma grande contradição: Jacó e Jarom reclamando que as placas são pequenas e era difícil fazer as gravações nelas. Mas durante cerca de quinze capítulos do livro de Mórmon, especificamente 2 Néfi, do capítulo 11 até o capítulo 25, o livro de Isaías é absolutamente copiado sem poupar uma vírgula!

Era “difícil fazer gravações”, e a expressão, “e aconteceu que”, aparece mais de 3.800 vezes! Isso justifica a falta de espaço?

Néfi afirma: “E agora eu, Néfi, não faço um relato completo [...]” (Livro de Mórmon -1 Néfi 1: 16)

Porque não foram valorizados novos eventos? Néfi diz: “E não é importante que eu seja meticuloso, fazendo um relato completo de todas as coisas de meu pai, pois elas não podem ser escritas nestas placas, porque necessito do espaço para escrever as coisas de Deus.” (Livro de Mórmon - 1 Néfi 6:3) – Grifo meu.

“Não é importante”? Muito conveniente o argumento de Néfi, para isso as placas não tinham espaço então? Deus não se importou em ser meticuloso na descrição do Tabernáculo, nas ordenanças, e leis... E TUDO foi escrito na Bíblia, lemos meticulosamente cada detalhe das roupas dos sacerdotes, dos ornamentos do Tabernáculo. É parte do caráter de Deus ser meticuloso, por que então Néfi não queria ser meticuloso? (Se preferir examine o livro de Êxodo capítulos 25 até 31 para verificar o quanto Deus dá atenção a detalhes).

Quebrando Mandamentos:

2) “E aconteceu que eu, Néfi, consagrei Jacó e José como sacerdotes e mestres na terra de meu povo. E aconteceu que vivemos felizes.”(Livro de Mórmon - 2 Néfi 5: 26, 27)

Como Néfi poderia estar feliz? Ele estava quebrando um mandamento do Senhor ao construir um templo fora de Jerusalém, e estava consagrando a sacerdotes dois homens que não eram da tribo de Levi.

Mudança Doutrinária/Poligamia:

1) ”Portanto, meus irmãos, ouvi-me e atentai para a palavra do Senhor: Pois nenhum homem dentre vós terá mais que uma esposa; e não terá concubina alguma. Porque eu, o Senhor Deus, deleito-me na castidade das mulheres [...]” (Livro de Mórmon - Jacó 2: 27, 28)

Aqui lemos uma ordenança proibindo o casamento plural. No entanto ele foi largamente praticado pela Igreja SUD em seu início. Veremos a respeito de casamento plural mais adiante no capítulo 10 “Eu os declaro marido e... mulheres”.

Mudança de Nomes:

1) ”E então Lími novamente se encheu de alegria ao saber, pela boca de Amon, que o rei Mosias tinha um dom de Deus, mediante o qual podia interpretar tais gravações; sim, e Amon também se regozijou.” (Livro de Mórmon - Mosias 21: 28)

Na versão de 1830 do Livro de Mórmon, o nome do rei citado aqui é o rei Benjamin, e não Mosias. O problema que os líderes SUD encontraram, era que Benjamin já estava morto há 25 capítulos atrás! Seu nome não deveria ter aparecido ali. Por isso os líderes SUD o trocaram por Mosias. A morte de Benjamin ocorreu no capítulo seis:

E o rei Benjamim viveu três anos e morreu. (Livro de Mórmon - Mosias 6:5)

Os estudiosos SUD acreditam que o próprio Mórmon tenha copiado o nome errado. Mas convenhamos, não há nada em comum nos nomes para que sejam confundidos. E lembrando o fato que o rei Benjamin já estava morto, como Mórmon não se lembrou disso na hora de escrever sua história? Se Mórmon errou e Joseph copiou errado, como o Livro de Mórmon foi traduzido pelo “dom e poder de Deus”? ou “era o mais correto de todos os livros da Terra”? Com um erro tão sério desses?

Mudança Doutrinária/deuses:

2) ”Disse então Zeezrom: Existe mais de um Deus? E [Amuleque] respondeu: Não. Então perguntou-lhe Zeezrom novamente: Como sabes estas coisas? E ele disse: Um anjo mas deu a conhecer.” (Livro de Mórmon - Alma 11: 28-31) – Minha citação entre chaves.

Joseph mudou essa doutrina mais tarde para introduzir a doutrina politeísta dos vários deuses que supostamente estão acima de Deus. Na realidade ele adulterou o próprio Livro de Mórmon ao escrever as “Revelações Modernas” de Doutrina e Convênios.

Livro de Mórmon- Suas alterações

Primeira Edição -1830

Nela podemos encontrar palavras que foram drasticamente mudadas mais tarde, como o nome do rei Benjamin, que foi mudado para Mosias. Também lemos a palavra “branca” ao se referir à cor da pele de algumas pessoas, mais tarde a palavra foi trocada por “pura”. Além disso, a própria “Primeira Edição” também sofreu alterações:

Joseph Smith, que tinha pouca escolaridade, ditou a tradução em pouco mais de dois meses de trabalho e foram feitas pouquíssimas correções. (Nosso Legado, pg 09; Edição 1996) Segunda Edição – 1837

Joseph e Oliver Cowdery fizeram cerca de 1.000 alterações que a igreja SUD considera “pequenas correções”! Uma segunda edição do Livro de Mórmon, com pequenas correções feitas pelo Profeta, foi também publicada em Kirtland. (Nosso Legado, pg 25; Edição 1996)

Terceira Edição – 1840

Contém em sua página de Título a seguinte frase: ”Cuidadosamente revisto pelo tradutor”.

Primeira Edição Européia – Foi copiada da Edição de 1837, portanto não tem os “melhoramentos” da Edição de 1840.

Edições Americanas Posteriores-

Foram copiadas da Edição Européia que não continha os tais “melhoramentos”. Isso é duvidoso, pois um material sem melhoramentos foi usado como cópia, sendo que já havia um de “melhor qualidade” disponível para ser utilizado. O motivo de tal atitude não é explicado.

Edição de 1879- Foi a primeira Edição com capítulos e versículos. E também continha algumas referências colocadas por Orson Pratt.

Edição de 1920- Foi dividida em duas colunas, foi também colocado cabeçalho por James E. Talmage.

Alguns líderes da Igreja SUD argumentam que Joseph ditava e Oliver escrevia, e algumas palavras eram “novas” para Oliver, ou pouco conhecidas, por isso um número tão grande de correções. Mas para esse argumento existe a pergunta: E onde estava o zelo de Joseph pela obra de Deus, que não revisou se tudo o que Oliver escreveu estava correto antes de publicar a primeira edição? A maioria das palavras que estão no Livro de Mórmon, também aparecem na Bíblia, eles não liam a Bíblia? Como poderiam não estar familiarizados com tais palavras?

Enfim, a Edição atual do Livro de Mórmon é muito diferente da primeira, de 1830 é praticamente outro livro. Foram feitas cerca de 3.193 alterações. Isso é inadmissível para um livro que se coloca como “o mais correto da face da Terra”, e que é tido por muitos como “plenitude do evangelho”. Em algo pleno não há erros, falhas, mudanças. Quando compramos alguma revista qualquer, é comum encontrarmos na página principal, algum tópico intitulado “errata”, onde constam os erros da edição anterior, que são em um número bem reduzido. Não chegam a 3193 “alterações”! Concluímos destemidamente, que uma revista qualquer é “o material impresso mais correto da face da terra”, já que está em mais “boa forma” do que a primeira Edição do Livro de Mórmon!

Faltas arqueológicas da veracidade do Livro de Mórmon Joseph Smith disse ter encontrado as Placas de ouro exatamente no local onde o tal espírito Morôni lhe revelou que elas estavam enterradas. Ou seja: Em solo americano, precisamente no monte Cumorah (que hoje é propriedade particular da Igreja SUD) no Estado de Nova Iorque.

Logicamente essas afirmações levantaram o interesse de arqueólogos. Os locais e povos citados na Bíblia já foram comprovados serem reais. Quando se há indício de uma civilização antiga ter vivido em determinado território, geralmente são aplicadas técnicas como escavações, e datações radiométricas - que é o cálculo da idade de uma rocha ou minerais que contém certos isótopos ativos, o que possibilita que nós, que vivemos na era atual, possamos definir aproximadamente os períodos em que tais povos habitaram em determinadas áreas. Vamos então às discrepâncias:

Discrepâncias científicas

As placas de ouro não existem. Não podem ser vistas, estudadas, tocadas... Smith disse que teve que devolvê-las ao espírito Morôni, que as levou ao céu. Porém o relato escrito chamado “Livro de Mórmon” está aqui, e não tem resistido aos testes científicos que lhe são aplicados para obter provas de que os fatos nele narrados são verídicos. Vejamos agora alguns exemplos de situações ocorridas no Livro de Mórmon, que até hoje estão sem respaldo da História e Arqueologia: 1) “E aproximando-me dele, vi que era Labão. E vi sua espada e tirei-a da bainha; e o punho era de ouro puro, trabalhado de modo admirável; e vi que sua lâmina era do mais precioso aço. (Livro de Mórmon 1 Néfi 4: 8,9) –Grifo meu.

O aço é uma espécie de ferro carbonizado, que requer uma temperatura altíssima para ser produzido, e historicamente, só apareceu muito depois de 600 A.C. como o texto de Néfi sugere, ou seja, ainda não existia.

2) ”E eu Néfi, tomei a espada de Labão; e com esse modelo fiz muitas espadas (...) (Livro de Mórmon - 2Néfi 5: 14) – Grifo meu.

Nenhuma espada sequer jamais foi encontrada no território em que os arqueólogos já pesquisaram tomando por base referências do Livro de Mórmon. Nenhuma espada, “garfos, facas, colheres”, ou qualquer material.

3) “E aconteceu que enquanto viajávamos pelo deserto da terra da promissão, descobrimos que havia animais de toda espécie nas florestas: vaas e bois e jumentos e cavalos e cabras e cabras-montesas; e todas espécie de animas selvagens úteis ao homem. Encontramos também toda espécie de minérios, tanto de ouro quanto de prata e de cobre.” (Livro de Mórmon - 1 Néfi 18: 25)

Esses animais não existiam naquela época. Foram trazidos pelos colonizadores.

4) ”E ensinei meu povo a construir edifícios e a trabalhar em toda espécie de madeira e de ferro e de cobre e de latão e de aço e de ouro e de prata e de minerais preciosos, que existiam em grande abundância. E eu, Néfi, construí um templo; e construí-o conforme o modelo do templo de Salomão, só não tendo sido construído com tantas coisas preciosas, porque elas não existiam naquela terra; [...](Livro de Mórmon - 2 Néfi 5:15,16) –Grifo meu

Nesse versículo existem três pontos a avaliar:

- Abundância de Materiais: Néfi diz que existiam materiais preciosos em “grande abundância”, e logo abaixo, diz que não pode colocar materiais preciosos no Templo porque “elas não existiam naquela terra”. Afinal, eles existiam em abundância ou não?

-A construção de edifícios: até hoje nenhum vestígio de qualquer construção foi jamais encontrada por arqueólogos. Vemos a seguir Mórmon relatando que a terra era “coberta por edifícios”.

-Um Templo “conforme o modelo de Salomão”: o Templo construído por Salomão demorou sete anos para ser finalizado:

Início - (...) Salomão, no quarto ano do seu reinado (...) começou a edificar a Casa do Senhor. (1 Reis 6:1).

Término – E no ano undécimo [décimo primeiro], no mês de bul, que é o oitavo, se acabou esta casa com todas as suas dependências, tal como devia ser. Levou Salomão sete anos para edificá-la. (1 Reis 6:38) (Minha citação entre chaves) – Grifo meu.

A construção exigiu o trabalho de cerca de 200.000 homens. É interessante que apenas 19 anos após sua chegada aos Estados Unidos, esse pequeno grupo de mais ou menos 30 pessoas tenha conseguido construir um templo como de Salomão em tão pouco tempo!

5) ”E eu, Mórmon [...] Quando eu tinha onze anos, meu pai levou-me para a terra do sul, para a terra de Zaraenla. Toda a face da terra cobria-se de edifícios e o povo era quase tão numeroso quanto a areia do mar.” (Livro de Mórmon - Mórmon 1: 5,7)

Os arqueólogos perguntam: Onde estão tais edifícios? Se as construções “cobriam a terra” é sinal de que eram muitos, mas nenhum foi encontrado até hoje... E o povo era tanto “quanto a areia do mar”, mas nenhum osso sequer de qualquer pessoa dessa época jamais foi encontrado no local conhecido pelos Arqueólogos como Mesoamérica.

6) ”Ora, estes são os nomes das diversas moedas de ouro e de prata, segundo seu valor. E os nomes foram dados pelos Nefitas, porque não contavam segundo a maneira dos judeus (...) mas alteraram seus cálculos e suas medidas segundo a vontade e circunstâncias do povo, em cada geração, até o governo dos juízes, estabelecido pelo rei Mosias.” (Livro de Mórmon - Alma 11: 4)

Jamais foi encontrado qualquer vestígio de moedas no mundo Mesoamericano.

7) ”Sendo nós um povo solitário e solene, errante, expulso de Jerusalém; nascido em meio a tribulações. (Livro de Mórmon - Jacó 7: 26) – Grifo meu.

Até onde consta no Livro de Mórmon, Leí não foi expulso de Jerusalém, mas saiu de lá obedecendo a Deus, que lhe falara através de um sonho:

E aconteceu que o Senhor ordenou a meu pai [Leí], num sonho, que partisse com a família para o deserto. (Livro de Mórmon - 1 Néfi 2: 2)

8) ”Morôni assumiu todo o comando [...] Ele enfrentou os Lamanitas nas fronteiras de Jérson e seu povo estava armado com espadas e com cimitarras e com toda sorte de armas de guerra[...] Ora, os do exército de Zeraemna não estavam preparados com tais coisas; tinham apenas suas espadas e suas cimitarras, seus arcos e suas flechas, suas pedras e suas fundas; [...]Não estavam armados com couraças nem com escudos. (Livro de Mórmon - Alma 43:17-21)

Arqueologicamente não há nenhum vestígio de todos esses equipamentos de guerra utilizados por esses “grandes exércitos”.

A Izapa Estela 5

No Livro de Mórmon, Leí, o pai de Néfi narra um sonho que tivera, sobre a árvore da vida. Leí supostamente conta:

“E aconteceu que vi uma árvore cujo fruto era desejável para fazer uma pessoa feliz” (1 Néfi 8:10)

O ponto crucial da história desse sonho, que alegrou alguns SUD ao redor do mundo, (digo “alguns” porque a maioria nem imagina que essa “descoberta” foi feita) é que foi encontrada em 1931 uma pedra próxima à fronteira da Guatemala.

A pedra foi datada nos seguintes períodos: 300 a.C e 50 A.D. Ela foi documentada pelo arqueólogo Matthew W. Stirling do Instituto Smithsonian, e gerou muitas especulações sobre o que poderia estar representando, então um SUD, o Prof. M. Wells Jakeman, da Universidade Brigham Young (uma Universidade SUD), afirmou em 1953 que era o retrato da tal árvore da vida descrita por Leí no Livro de Mórmon.

A pedra foi encontrada em Izapa, um sítio arqueológico no Estado mexicano de Chiapas, e tem cerca de 6 toneladas, recebeu o nome de “Izapa Estela 5”. Foram encontrados no sítio arqueológico de Izapa também, cerca de oitenta pedras com inscrições.

Izapa Estela 5 - Fonte: Ancient America.org

O achado dessa pedra acendeu as esperanças de alguns arqueólogos SUD, que finalmente teriam uma prova palpável da veracidade do Livro de Mórmon. Mas desapontaremos a muitos agora, pois todos os relatos possíveis e imagináveis da vida do povo Nefita foram escritos onde? Em placas. Esse povo dizia que as placas eram resistentes ao tempo, por isso todos os relatos foram gravados em placas de latão, de ouro, fossem grandes, ou pequenas, então, de repente, aparece uma pedra, com alguns desenhos e uma árvore (que existem aos montes em todos os Países), e alguns arqueólogos SUD ficam animados? Isso, ao invés de animá-los deveria deixá-los preocupados, afinal, se essa pedra fosse realmente um vestígio dos povos do Livro de Mórmon, o livro seria uma farsa. Porque as outras pedras encontradas JUNTO com a “famosa” pedra, tratam unicamente de paganismo.

O SUD Prof. M. Wells Jakeman, afirma que nessa pedra está gravado o sonho de Leí. Porém vejamos o que o próprio Leí tem a dizer sobre a preferência por PLACAS e não por PEDRAS:

“E então, quando meu pai [Leí] viu todas essas coisas, encheu-se do espírito e começou a profetizar sobre seus descendentes-que as placas de latão iriam a todas as nações, tribos, línguas e povos que fossem de sua descendência. Disse também que as placas de latão jamais seriam destruídas ou escurecidas pelo tempo. (Livro de Mórmon - 1 Néfi 5: 17-19) – Grifo meu.

Onde estão elas então? Escurecidas pelo tempo sugere que elas estariam sujeitas ao TEMPO chronos!

Ninguém leu a palavra “pedra” leu? Uma coisa que talvez tenha passado despercebida dos arqueólogos SUD, é que quando se deu a destruição de todas as cidades Nefitas, nós lemos no Livro de Mórmon, que nada sobrou, nem pedras inteiras, que dirá de uma pedra de seis toneladas!

“E eis que as rochas se fenderam ao meio; elas foram despedaçadas em toda a face da terra, de tal forma que foram encontradas em fragmentos e rachadas e partidas em toda a face da terra”. (3 Néfi 8:18)

Uma pedra de seis toneladas não parece fragmentada. Se a “Izapa Estela 5” for uma prova arqueológica do Livro de Mórmon, o próprio Livro assinou seu atestado de ficção. Pois a Izapa Estela 5 não está rachada ou fendida.

Smith já escreveu o fim das cidades porque elas nunca existiram mesmo! Ele quis dar a entender que nada restaria para as pesquisas arqueológicas, ou seja, todas as cidades foram destruídas de forma “sobrenatural” submergidas pelo mar, os continentes racharam ao meio e as engoliram... Tudo na tentativa de despistar a arqueologia para a falta de provas do livro.

Até entendemos a ânsia dos Professores SUD, de encontrar algo palpável para apoiar sua fé, mas, se encontrarem, os SUD estarão testificando que o Livro de Mórmon é uma farsa, já que ele mesmo diz que NADA SOBROU das cidades. Então como os arqueólogos SUD afirmam que essa pedra é uma referência do povo Nefita? A tentativa de “acabar” com as cidades do Livro de Mórmon é tão desesperadora, que Smith usando de incrível criatividade, disse que uma cidade sumiu, e em seu lugar surgiu uma montanha!

“E a terra cobriu a cidade de Moronia, de modo que em lugar da cidade apareceu uma grande montanha” (3 Néfi 8:10)

O que aconteceu com os ossos das pessoas, algum já foi encontrado? Não, pois o Livro de Mórmon diz que as pessoas foram levadas embora por um furacão!

“E houve alguns que foram levados pelo furacão e, onde foram parar, ninguém sabe; sabe-se que foram levados.” (3 Néfi 8:16)

Problema: São cinco Estelas!

Um fato intrigante, é que os professores SUD citam (convenientemente) apenas UMA Estela, a “Estela 5”, ignorando que outras Estelas também foram encontradas! Isso mesmo! Não foi encontrada apenas UMA Estela, mas CINCO de destaque (além das mais de oitenta já citadas). Analisaremos uma a uma.

Os professores SUD escolheram apenas a “Estela 5”, por pura conveniência! Todas as outras Estelas foram feitas pelo mesmo povo. Aliás, existe uma unanimidade dos arqueólogos não SUD, em afirmar que todas as Estelas foram feitas pelos maias, e não pelos Nefitas para representar o suposto sonho de Leí. Por exemplo, Julia Guernsey Kappelman, autora de uma obra completa sobre a cultura de Izapa, diz que o professor Jakeman (SUD da Universidade de Brigham Young), está ignorando todo o legado da pedra ao afirmar que ela é o sonho de Leí gravado. – Ver Izapa Stela 5 na Wikipédia em Inglês.

As Estelas que examinaremos agora são: Estela 1, Estela 2, Estela 3, Estela 4, Estela 5, Estela 21, e Estela 25.

Estela 1 – Representa uma deidade de lábios longos, que Michael Coe descreve como uma versão antiga do deus maia do relâmpago e da chuva. Nessa Estela esse deus caminha sobre as águas e recolhe peixes em um cesto.

Estela 2 – É relacionada com a luta de Gêmeos heróis com Vucub Caquix, um demônio-ave maia, também conhecido como Sete Arara.

Estela 3 – Mostra uma divindade com um bastão. A perna dessa divindade é uma serpente que se enrola no corpo da divindade. Especula-se que seja uma representação do deus maia “K”, que sempre segurava um bastão.

Estela 4 – Mostra a dança de um pássaro com um rei, para transformar o rei em animal. Cientistas sugerem que o rei tenha tomado alucinógenos para ir ao mundo do além.

Estela 5 – Representa o relevo complexo de Izapa, com pessoas ao redor de uma árvore. (E não o sonho de Leí ao redor da árvore da vida)

Estela 8 – Mostra um governante sentado num trono.

Estela 21 – Mostra um guerreiro segurando a cabeça de uma divindade.

Estela 25 – Gêmeos heróis matando um deus pássaro.

Se a Estela 5 foi encontrada junto a todas as outras Estelas, acredito que você leitor já percebeu o motivo dos arqueólogos SUD escolherem “a dedo” a Estela que usariam como respaldo. Porque é uma das únicas que não tem figura de divindades e demônios. Já as outras, não eram tão convenientes aos propósitos dos líderes SUD!

Não podemos simplesmente ignorar o fato de que havia outras pedras no sítio arqueológico de Izapa. Se Leí ou Mosias esculpiram isso na Estela 5, também esculpiram em outras Estelas. O problema é que nas outras Estelas são representados deuses maias, então a que melhor “se encaixava” no contexto do

sonho de lei, era a Estela 5. Prestemos atenção no fato de que os arqueólogos SUD sequer citam as outras Estelas, é como se existisse apenas a “Estela 5”. Por quê? Não foram elas também encontradas no mesmo sítio arqueológico? Por que o desprezo a essas outras Estelas? Porque entram em choque com o Livro de Mórmon.

Obras Padrão – Cada profeta, um livro diferente

A Igreja SUD considera alguns livros como escrituras sagradas. São chamados de “Obras Padrão”: O livro de Mórmon, Doutrina e Convênios, A Pérola de Grande Valor e a Bíblia, que segundo citação da igreja só é aceita desde que esteja “traduzida corretamente”, ou seja, apenas a tradução que Joseph fez da Bíblia é aceita como correta.

Bíblia - A Tradução Joseph Smith

“O Senhor ordenou a Joseph que fizesse a tradução, e este a considerava como parte de seu chamado como profeta. (...) Embora ele tenha publicado algumas partes da tradução enquanto vivia, provavelmente teria feito outras modificações se tivesse vivido para publicar toda a obra.” (Livro de Mórmon - Guia Para Estudo das Escrituras-Tradução Joseph Smith, pg 209, 210) – Grifo meu

“Provavelmente teria feito outras modificações”? Estão os líderes SUD insinuando que Smith não traduziu a Bíblia na íntegra, conforme “revelação dada por Deus”? Ele alegou ter recebido um mandamento de Deus para “traduzir corretamente” a Bíblia, mandamento que ele não conseguiu cumprir, pois foi morto antes de completar a tradução. Na realidade, ele fazia certas “correções” na versão da Bíblia inglesa: King James Version, e estas correções receberam o nome de “Tradução Joseph Smith”. Elas teriam sido feitas para que a Bíblia se adaptasse ao conteúdo de Doutrina e Convênios.

Pensando bem, Smith deveria fazer também uma nova tradução do próprio Livro de Mórmon, nomeada: “Livro de Mórmon- Joseph Smith”, já que o conteúdo do Livro de Mórmon entra em conflito direto com os ensinos de Smith em Doutrina e Convênios, e até com a versão atual do próprio Livro de Mórmon!

Alguns SUD usam a versão que Smith traduziu. Ao longo dos anos as doutrinas SUD se adaptaram ao gosto do profeta que está atuando na época, era de se esperar que a própria tradução de Smith sofreria alterações, por isso é dito que Smith “provavelmente teria feito outras modificações se tivesse vivido”... Claro, já que muitas coisas que Smith “deixou passar” sem “corrigir”, serviram de obstáculo para novas mudanças doutrinárias segundo a vontade particular do “profeta da vez”.

-Por que o deus/homem de Smith não revelou a totalidade dos supostos “ajustes necessários” para que a Bíblia pudesse ser usada pelos SUD de forma pura?

-Por que o deus/homem de Smith não corrigiu apenas o que estava errado NA BÍBLIA e deu sua obra por acabada, orientando seus filhos a usarem A BÍBLIA? Por que foi preciso criar outro livro (Livro de Mórmon), e depois outro (Doutrina e Convênios), e depois outro (A Pérola de Grande Valor)? Para só então traduzir “corretamente” (e incompletamente) a Bíblia?

A impressão que temos, é que sempre que o “profeta da vez” tem uma idéia nova e não sabe como implantá-la, ele diz que “teve uma revelação” (veremos essas mudanças nos capítulos que tratam sobre os Lamanitas, e sobre a Poligamia), e lá está criado mais um livro com “palavras de Deus”. Mesmo que esse livro contrarie tudo o que foi ensinado até então pelos “homens de Deus” que viveram antes.

Inclusive, é como se os ensinamentos Mórmons tivessem “data de validade”, um profeta ensina uma coisa, o outro revoga o ensinamento antigo, e assim por diante, até que os SUD ficam com verdadeiras enciclopédias de ensinamentos, porém, um contradizendo o outro!

Se os líderes SUD consideram a obra que Smith traduziu algo incompleto e que teria “sofrido mais alterações caso ele estivesse vivo”, porque “Deus”, que era quem o “inspirava” não deu a tradução completa a Smith? Deus jamais levanta alguém para realizar uma obra pela metade!

Seria o equivalente a Deus chamar João Batista e ele ser preso antes de Jesus aparecer, ou após a morte de Moisés Deus abandonar o povo no deserto, ou o grande peixe ter engolido e digerido Jonas, ou José ter sido morto ao ser acusado pela esposa de Potifar, Noé estando no meio da construção da Arca e o dilúvio começar... Deus não age dessa forma, Ele é Poderoso para completar a obra, e não apenas começá-la. Paulo disse:

”Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. (2 Timóteo 4:7)

(...) porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua vontade. (Filipenses 2: 13)

O Livro de Mórmon-

Teria surgido a partir da tradução que Joseph fez das ditas placas de ouro que o espírito Morôni teria lhe revelado. É considerado pela igreja SUD como o livro mais correto de todos da Terra:

“Com respeito a este registro o Profeta Joseph Smith declarou: ’Eu disse aos irmãos que o Livro de Mórmon era o mais correto de todos os livros da Terra e a pedra fundamental de nossa religião; e que seguindo os seus preceitos o homem se aproximaria mais de Deus do que seguindo os de qualquer outro livro.” (Introdução do Livro de Mórmon, pg V, Edição de 1997)

Doutrina e Convênios

É uma coletânea “moderna” de revelações da época de Smith, dividida em Seções. Esse livro não foi tirado de supostas placas, mas foi escrito pelo próprio Smith, à medida que recebia “revelações”. Atualmente conta com 138 seções, e só Deus sabe quantas mais serão inclusas até a volta de Jesus. Esse número pode aumentar devido às possíveis “revelações” que sejam recebidas pelo Presidente atual da Igreja, que é considerado “profeta”. Cada seção é dividida em vários versículos, e uma seção contando sobre o assassinato de Smith.

Declaração Oficial 1- É um decreto que revoga o antigo mandamento da poligamia. Segundo Joseph Smith, Deus, havia ordenado que alguns SUD praticassem a poligamia às escondidas, casando-se assim com várias mulheres. Alguns anos depois, surgiu a “Declaração Oficial 1”, que segundo o Presidente/Profeta da Igreja na época, Wilford Woodruff, disse ter recebido um mandamento de Deus que proibia a prática.

Na verdade a prática da poligamia só parou, porque o Congresso dos Estados Unidos a proibiu. Isso obrigou o deus/homem de Smith a se dobrar diante da Lei Americana! (Sobre a Poligamia, veja o Capítulo 10)

Declaração Oficial 2- Desde o fundamento da igreja SUD os membros negros do sexo masculino, não eram autorizados a entrar nos Templos da igreja para exercer funções dentro do “sacerdócio”, pois eram considerados amaldiçoados com a cor da pele. Mas quando foi aprovada a construção do primeiro Templo no Brasil, seria quase impossível manter essa restrição devido ao grande número de negros no País. Então, o presidente Spencer W. Kimball, disse ter recebido uma “revelação de Deus”, de que a partir daquele momento todos os negros poderiam exercer as funções do sacerdócio. (Veremos a incoerência de tal revelação no capítulo sobre os Lamanitas)

Sobre essa gama de alterações nas leis SUD, temos um versículo que é muito adequado para o momento:

Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa. (2 Tessalonicenses 2:15)

Os líderes SUD não foram firmes em manter as “tradições” e mandamentos dados pelo seu deus/homem.

A Pérola de Grande Valor

A Pérola de Grande Valor é um dos quatro livros chamados de Obras Padrão da Igreja Mórmon. Há quatro seções principais na Pérola de Grande Valor: o livro de Moisés, o livro de Abraão, os escritos de Joseph Smith e as Regras de Fé. Estes itens foram originalmente publicados nos jornais da Igreja durante a vida de Joseph Smith.

Os Ensinamentos dos Presidentes da Igreja

Todos os homens que sucederam Smith na liderança da Igreja SUD, proferiram muitos discursos, todas essas palavras estão organizadas em uma grande coleção chamada “Ensinamentos dos Presidentes da Igreja”. Estes livros são como manuais de estudo para os membros da Igreja. Poderia também dizer que são manuais de pura confusão, porque cada presidente diz uma coisa diferente sobre assuntos idênticos.

Journal of Discourses

A Igreja também tem um grande volume de discursos, dividido em cerca de vinte e seis fascículos, chamado “Journal of Discourses” (Jornal de Discursos), tal coleção está disponível apenas em Inglês. Isso é interessante, pois as declarações ali contidas são muito importantes para os membros da igreja, porém, quem não entende Inglês fica sem as informações!

Joseph Smith sabia que as revelações de Deus eram tão importantes que precisavam ser cuidadosamente preservadas e colocadas à disposição do mundo. (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja – Joseph Smith, Capítulo 16, pg 201; Edição 2007)

“O mundo” fala apenas Inglês? Na realidade, é proposital isso, para dificultar as pesquisas das pessoas sinceras que querem descobrir a verdade! Existe um sério jogo de interesses por trás dos líderes SUD. Se todos os presidentes da igreja eram profetas de Deus e falaram inspirados por Deus, não seria do interesse de Deus que TODOS tivessem acesso a essas informações? Deus só fala para quem entende Inglês? Por que os demais membros da igreja, de todas as partes do Mundo, ficam sem tais informações no seu próprio idioma?

History of the Church (História da Igreja)

É um conjunto completo que tem cerca de sete volumes. Conta toda a história da igreja SUD escrita pelo próprio Smith, e continuou sendo escrita após sua morte. Também é encontrado somente em Inglês, não é um conjunto de fácil acesso, mesmo para os membros da Igreja. Em português existe um resumo dessa história, que está em um livro chamado “A História da Igreja na Plenitude dos Tempos”. É um resumo muito fragmentado da história da igreja, se for comparado com a versão em Inglês (apesar do livro na versão brasileira ser da grossura de uma lista telefônica). É nesse livro que está a informação oficial sobre o envolvimento de Joseph Smith na Maçonaria.

Existem muitos outros livros publicados pela igreja, esses são os mais utilizados em citações, mas nem por isso os mais conhecidos. Os próprios Elders não conheciam muitos dos textos que eu citava a eles quando me referia ao Livro de Mórmon. Quando percebiam que as perguntas não tinham resposta, eles diziam:

“Nós perguntaremos ao...” e citavam alguém superior a eles, mas realmente nenhuma das minhas perguntas jamais foi respondida.

Rosaine Dalila
Enviado por Rosaine Dalila em 30/01/2017
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