Recasados... Sim ou não?
Por tudo aquilo que li acerca dos recasados, a posição da Igreja e do Sumo pontífice é precisamente “NIM”. Não li ou ouvi os recasados prenunciarem-se para agirem em sua defesa; Mas vemos o clero defender-se na sua infalibilidade em representar Deus, quando nós sabemos que nem sempre é assim.
Deus na sua bendita sabedoria e bondade, certamente não vai unir o que sabe não ir dar certo, que um ou os dois seus filhos, irão sofrer por um acto impensado ou forçado; Deus na sua infinita sabedoria certamente não vai amarrar um casal que não pode ser feliz, embora as responsabilidades adquiridas por essa união devam ser respeitadas por ambos.
Jesus, filho dileto de Deus, viveu numa terra onde a autoridade entre casais era dominada pelo homem e a parte feminina era e ainda é em alguns países, a obediente forçada; Jesus tentou dar mais importância ao elemento feminino do casal, mas ainda hoje se vê as injustiças perpetradas contra elas.
As Suas palavras: Não separe o homem o que Deus uniu. De facto a muitos casais Deus concedeu, por intermédio dos seus ministros uma união que será indissolúvel porque Ele não viu qualquer resquício de futura rejeição de qualquer dos nubentes. DEUS É ISTO...
Mas, seus ministros não são deuses e podem estar a efetuar um acto que Deus não sanciona, portanto esse Sacramento não é válido. Está de acordo comigo Santíssimo Padre Francisco? Deus não pode ser obrigado a nada, nem a fazer uma união, que mais tarde ELE sabe que irá condenar.
A prova da veracidade das minhas palavras está na forma como o elemento feminino é tratado em alguns dos países onde Cristo viveu e nos países considerados civilizados, onde a mulher não conseguiu ainda emancipar-se. Os ministros da Igreja tem o poder de ministrar os sacramentos e o fazem em nome de Deus, mas será que o podem fazer de animo leve sem ter na preparação para o matrimónio a certeza, que o futuro casal tem todas as condições para viverem sua vida, unidos e em paz? DEUS sabe, os ministros não... Mas efectuam o casamento. Será que todos jovens, que se unem pelo sacramento do casamento, tem consciência do acto que estão a praticar e o que isso implica? Possivelmente, muitos não o teriam contraído.
Sei que estas minhas palavras não serão aceites pela maioria do clero, mas eu duvido que Deus acolha como representante dum Sacramento, um padre que se envolve mecanicamente e o realiza sem consciência do que está a fazer... Por acaso já pensaram nisso? Será que esse casamento, apesar de terem sido proferidas as palavras sacramentais é aceite por Deus, será que ELE pode ser enganado? Mas o futuro casal aceitou a união perante o sacerdote e Deus. Há milhares de razões, que os podem levar a fazerem-no de animo leve, será que Deus, que é pai, não sorri e releva, aceitando mais tarde a separação? Será que os desígnios de Deus podem ser interpretados por nós tão simplesmente... Eu posso estar enganado, tenho de admitir, mas sei que Deus é pai.
Sou recasado, fui educado num colégio dirigido por padres e portanto tenho todos os princípios de um bom Católico; Nesse colégio o meu confessor um padre de cerca de setenta anos de idade, sempre me dizia: Se queres com muita força vai em frente, porque Deus também quer.
Nunca soube dar a interpretação correta a este ensinamento, até que me vi na necessidade de ter em minha companhia uma mulher que me cercasse de amor e cuidados, foi então que lembrei o velho padre e seu ensinamento... E fui em frente, acreditando que Deus está comigo. Por respeito para com a minha nova companheira recasei-me. Sou extremamente feliz e sei que o BOM DEUS está comigo e com minha esposa.
Tenho a certeza que o homem se prende em regras e imposições, para Deus não existem essas limitações. ELE já nos abençoou e o sentimos nas mais pequenas coisas da vida. Somente isto... DEUS na PAZ e AMOR. Se não nos querem na Igreja, paciência... Deus está em toda a parte e o acto de contrição existe.
Lamento que muitos não estejam de acordo comigo, mas eu penso assim e compreendo a posição do Papa Francisco.
Bispo de Leiria-Fátima sublinha mudança promovida pelo Papa
13 Abr, 2016 - 11:59 • Agência Ecclesia
D. António Marto diz que Francisco inova. “Isso percebe-se logo no título: trata-se de dar testemunho da beleza e da alegria do amor em família”.
E quando não existe amor? Haverá alegria ou beleza? Quando a presença de um ou até dos dois é forçada? Quando a cobiça de um o obriga a ser presente? Quando a beleza leva a uma cega paixão e pelo sentimento de posse aceita o casamento? Haverá nestes casamentos beleza e alegria? Não será licito pensar que o padre falhou? Mas, Deus não falha nunca.
O prelado aborda a situação dos divorciados civilmente recasados, para quem não foi possível a declaração de nulidade por parte da Igreja Católica.
É evidente que não é a Igreja Católica que pode declarar a nulidade, mas Deus, conhecedor do presente e futuro, optou logo no principio por não o aceitar. Será que há alguma duvida?