QUEM É ESSE JESUS?
O fato é que em busca do Jesus histórico pesquisadores fazem uma verdadeira caçada arqueológica e ainda assim existe muitas lacunas a ser preenchidas. A descoberta de uma tumba provavelmente da época de Jesus com um cadáver que foi crucificado e posteriormente enterrado pode oferecer indícios sobre a morte de Jesus. Outro achado importante foi a inscrição encontrada em Caesarea Marítima que atesta a existência de Pôncio Pilatos como governador romano na época de Tibério. Entretanto os evangelhos ainda se afastam em demasia dos achados arqueológicos. E o Jesus de carne e osso continua sendo um grande enigma. O que resta é a visão teológica de um ser que foi crucificado possivelmente durante a Páscoa judaica e nisso há certo consenso entre os pesquisadores e segundo os relatos dos evangelhos sinóticos, ressuscitou no terceiro dia e morreu por todos os homens.
O critico literário de origem Judaica Harold Bloom, afirma no seu livro Jesus e Javé os nomes Divinos que “a busca incessante do Jesus verdadeiro não contaminado pelo dogma é uma obsessão de pesquisadores”. Para Harold Bloom "O Novo Testamento se fundamenta na violência sagrada da Crucificação e do suposto desenlace, em que a morte em consequência de tortura se transforma em ressurgimento dentre os mortos". (p.113) Esse espetáculo sangrento que nos lembra da morte, da finitude, da dor, é também símbolo da regeneração e da esperança é o momento mais celebrado do cristianismo. Independente do que se sabe sobre o Jesus histórico o que está nos relatos bíblicos é sem dúvida perturbador e uma aventura iniciática das mais belas e profundas. Bloom observa que se Javé, o Deus hebraico, como a entidade Cristo for uma ficção “trata-se da ficção mais perturbadora que o Ocidente já produziu”. Para Bloom tanto o Antigo Testamento quanto o novo, são antes de tudo textos literários com uma força de persuasão muito forte. Um terço do evangelho foi inspirado nos escritos de Paulo. Mas o Jesus histórico ainda nos intriga e fascina pelo simples fato dele ainda ser um ilustre desconhecido e ainda há muito a ser revelado sobre esse ser que é sem duvida alguma a maior influência da cultura Ocidental.
Este breve artigo não pretende discorrer acerca da entidade teológica Jesus Cristo, mas sobre Jesus ou Yeshuá de Nazaré que continua sendo uma grande mistério histórico. Pouco se sabe sobre esse homem que viveu por volta do Séc. I de nossa era. O que chega a nós de Jesus são os textos bíblicos e algumas fontes históricas, como as referências a sua crucificação que constam nos relatos não muito confiáveis contidos no Testimonium Flavianum, do historiador romano de origem judaica, Flávio Jósefo:
Havia neste tempo , um homem sábio [, se é lícito chamá-lo de homem, porque ele foi o autor de coisas admiráveis, um professor tal que fazia os homens receberem a verdade com prazer]. Ele fez seguidores tanto entre os judeus como entre os gentios.[Ele era o Cristo.] E quando Pilatos, seguindo a sugestão dos principais entre nós, condenou-o à cruz, os que o amaram no princípio não o esqueceram;[ porque ele apareceu a eles vivo novamente no terceiro dia; como os divinos profetas tinham previsto estas e milhares de outras coisas maravilhosas a respeito dele]. E a tribo dos cristãos, assim chamados por causa dele, não está extinta até hoje.
Já a obra do historiador romano Tácito, informa sobre a crucificação de um homem denominado de Messias durante o reinado de Tibério pelo governador Pôncio Pilatos:
Mas nem todo o socorro que um pessoa poderia ter prestado, nem todas as recompensas que um príncipe poderia ter dado, nem todos os sacrifícios que puderam ser feitos aos deuses, permitiram que Nero se visse livre da infâmia da suspeita de ter ordenado o grande incêndio, o incêndio de Roma. De modo que, para acabar com os rumores, acusou falsamente as pessoas comumente chamadas de cristãs, que eram odiadas por suas atrocidades, e as puniu com as mais terríveis torturas. Christus, o que deu origem ao nome cristão, foi condenado à extrema punição [i.e crucificação] por Pôncio Pilatos, durante o reinado de Tibério; mas, reprimida por algum tempo, a superstição perniciosa irrompeu novamente, não apenas em toda a Judéia, onde o problema teve início, mas também em toda a cidade de Roma” – (TACITUS, Cornelius, Annales ab excesso div August. Charles Dennis Fisher, Clarendon Press, Oxford, 1906)
O fato é que em busca do Jesus histórico pesquisadores fazem uma verdadeira caçada arqueológica e ainda assim existe muitas lacunas a ser preenchidas. A descoberta de uma tumba provavelmente da época de Jesus com um cadáver que foi crucificado e posteriormente enterrado pode oferecer indícios sobre a morte de Jesus. Outro achado importante foi a inscrição encontrada em Caesarea Marítima que atesta a existência de Pôncio Pilatos como governador romano na época de Tibério. Entretanto os evangelhos ainda se afastam em demasia dos achados arqueológicos. E o Jesus de carne e osso continua sendo um grande enigma. O que resta é a visão teológica de um ser que foi crucificado possivelmente durante a Páscoa judaica e nisso há certo consenso entre os pesquisadores e segundo os relatos dos evangelhos sinóticos, ressuscitou no terceiro dia e morreu por todos os homens.
O critico literário de origem Judaica Harold Bloom, afirma no seu livro Jesus e Javé os nomes Divinos que “a busca incessante do Jesus verdadeiro não contaminado pelo dogma é uma obsessão de pesquisadores”. Para Harold Bloom "O Novo Testamento se fundamenta na violência sagrada da Crucificação e do suposto desenlace, em que a morte em consequência de tortura se transforma em ressurgimento dentre os mortos". (p.113) Esse espetáculo sangrento que nos lembra da morte, da finitude, da dor, é também símbolo da regeneração e da esperança é o momento mais celebrado do cristianismo. Independente do que se sabe sobre o Jesus histórico o que está nos relatos bíblicos é sem dúvida perturbador e uma aventura iniciática das mais belas e profundas. Bloom observa que se Javé, o Deus hebraico, como a entidade Cristo for uma ficção “trata-se da ficção mais perturbadora que o Ocidente já produziu”. Para Bloom tanto o Antigo Testamento quanto o novo, são antes de tudo textos literários com uma força de persuasão muito forte. Um terço do evangelho foi inspirado nos escritos de Paulo. Mas o Jesus histórico ainda nos intriga e fascina pelo simples fato dele ainda ser um ilustre desconhecido e ainda há muito a ser revelado sobre esse ser que é sem duvida alguma a maior influência da cultura Ocidental.