Paparia o Papa?
Agora vem a baila, com força, a história de que o Papa João Paulo II, manteve em sua vida privada, correspondência epistolar por mais de trinta anos com uma mulher casada. E é até citado um total de 350 missivas. Não sei se numa só ou em ambas as direções. Imaginando que seja o total, daria menos de uma carta ao mês. Acho pouco.
Afinal para o enlevo que ambos correspondentes teriam demonstrado nessa papelada toda, uma vez por mês - e ainda no papel, cheio de metáforas e meta foras - é pouco. Tanto para um homem do vigor apóstolico do polaco Wojtyla, quanto para uma inquisitiva e inquietativa mestra de filosofia polaco-americana.
Cumpre recordar que logo de sua eleição ao papado, ainda em 78, correu muita informação de que em sua fase pre-eclesiástica Sua Santidade chegara a namorar como qualquer outro leigo - ou padre mesmo - da Polônia, ou da Polpônia. E ninguém, aparentemente, reprovava aquele estado de cousas, e coxas.
A verdade é que Karol foi proclamado Santo, elevado à dignidade dos altares e continua reverenciado, admirado e louvado por muito mais do que o seu milhão de amigos. Por outro lado, a cautela da igreja diante dessas notícias que tocam na ânema de um máxime representante seu, não deixa de ser prudencial, contudo a prudência em excesso atravanca o progresso.
Os que tiveram informações mais detalhadas do assunto, fazem a ressalva de que não haveria provas contundentes de materialização de relacionamento carnal, até porque um papa vem sendo escrutinizado até quando dorme - o que não fora o caso de seu antecessor imediato, João Paulo I, de um mês de papado que, se não escreveu e não leu, e se não bancou o Romeu, levou-o mais depressa o eterno breu.
Se você, leitora, leitor, quisesse escrever ao papa, depois dessas revelações, teria senões?