Problemas de competência dos pastores evangélicos brasileiros
Grande parte do pastorado evangélico no Brasil é exercido com vergonhoso amadorismo. Alguns grupos criaram um tipo de escola a nível de ensino médio, sem fiscalização governamental, que não profissionaliza o ministro. Em alguns casos são considerados pré-requisitos para ingresso nos tais seminários ou institutos bíblicos. O mercado teológico já oferece "teologia por correspondência" ou à distância. Poucos são os pastores que prestam vestibular para as reconhecidas faculdades de teologia e em se tratando de formação universitária no meio protestante, muitos desses cursos se restrigem aos conteúdos apropriados e seguros para a denominação que a mantém. Tanto que os pastores brasileiros saem, intelectualmente limitadíssimos dessas escolas, mais intercaladores de passagens bíblicas, catalogação daquilo que corresponde, nas aparências à interpretação denominacional.
Os mais famosos pastores da mídia brasileira são os piores exemplos de formação de pastores ou não formação, de como tratam o estudo sério e sistemático da Bíblia e a preocupação ou não do seu ensino correto. É importante nominá-los, Silas Malafaia, Romildo Soares, David Miranda, David Miranda Filho, Miranda Leal, Valdomiro Santiago e os piores, os mais piores, são o pastor Edir Macedo e seus pregadores. Vale registrar que a Igreja Pentecostal Deus é Amor sinaliza com sintomática mudança na formação dos seus pastores, conforme a página da denominação na internet. Vamos pois, enumerar as características dos pastores competentes e preparados que as igrejas cristãs necessitam:
1. Pastores tem que ser pessoas que gostem, tenham hábito de ler livros, todos os estilos possíveis, ler sempre; precisam ter biblioteca, comprar livros com frequência.
2. Pastores tem que ser capazes de interpretar textos que lêem, praticar a reflexão, questionar as leituras, formular perguntas, ter dúvidas e perguntas sobre os textos, empenho em obter o maior número de respostas possíveis sobre aquele assunto;
3. Pastores devem ter bom nível de escolaridade. O ideal é que tenham nível universitário, tendo condições prosseguir para mestrados e doutorados em áreas correlatas de sua preferência profissional; Cursos de nível superior ou leituras nessas áreas são de fundamental importância para que o pastor tenham subsídios, informações de como expor a Bíblia com rigor, seriedade e produtivamente, cursos universitários de História, Geografia, Ciências Sociais, Pedagogia, Filosofia, Sociologia, Psicologia, Letras-Língua Portuguesa, Antropologia e Serviço Social.
4. Os pastores devem se dedicar a Hemernêutica, estudo e arte da interpretação bíblica, tendo noções claras dos tempos históricos, modos de comportamento ao longo da História, noções de História da Igreja, entender a história das principais doutrinas e grandes debates na vida do Cristianismo, noções elementares das línguas originais.
5. Os pastores devem se dedicar a Teologia. Não aquela mistificação denominacional que se costuma ministrar esse nome. Teologia é o campo de estudos sobre a Divindade, as doutrinas, mas comparando-as com todas as formas de ver aquele assunto no mundo religioso e na história secular e sagrada.