Dificuldades atuais na formação de bons pastores
Que tipo de pastor você é?
Em nossos dias encontramos igrejas para tudo e todas desconformes aos objetivos das Escrituras e do bom senso. Não há nas páginas sagradas nenhuma insinuação de que as igrejas deveriam se transformar em hospitais com pseudo-médicos, com homens que ao invés do manejo sadio das Escrituras, andassem de branco de um lado para outro, parecendo mais místicos esotéricos do que pastores-mestres cristãos.
Qualquer individuo se auto-proclama pastor e para se serve da ignorância do nosso povo, que passou os primeiros anos de escolarização da pior forma possível, incapazes de efetuarem as operações matemáticas, de efetuarem leitura em voz alta respeitando sílabas e acentuação, autênticos analfabetos funcionais. Quando isto não ocorre, as denominações, sem critérios da capacidade, sem constituição de banca abalizada, que avalie a desenvoltura intelectual, o domínio da história da religião cristã, o entendimento dos conceitos e ensinamentos bíblicos, consagram homens que produzem melhores vendas do produto religioso.
Se você é chamado de pastor pergunte-se: 1) sou pastor porque sou capaz de ensinar? 2) sou um homem que lê e entende o que lê nas Escrituras? 3) sirvo para pastorear as ovelhas ou para ser curandeiro, feiticeiro, mágico ou enfermeiro do povo? O que faço com as páginas das Escrituras em todos os cultos que participo?
1. Pastor tem que ter boa escolaridade
2. Pastor tem que ter honestidade intelectual, interpretar correta e historicamente o texto, especialmente se tratando da Bíblia.
3. Pastor tem que estudar Teologia sempre, atualizar-se constantemente. Lembre-se que estudar Teologia não é decorar passagens bíblicas, catalogar passagens sobre um determinado assunto. Teologia é um campo de conhecimento que implica em entender as diferentes visões sobre a espiritualidade que circulam por outras religiões. Não há essa coisa como “Teologia cristã”.
4. Pastor tem que estudar Psicologia. Existem dificuldades pelas quais as pessoas passam na vida, existem motivos e soluções para os problemas emocionais, que não estão no campo religioso. O pastor deve saber onde começa e termina seu trabalho. Certamente o trabalho de escuta, conselho e companheirismo é um grande instrumento para a solução de problemas existenciais. Mas há um vasto número deles que requerem um profissional especializado nos dilemas da mente humana, algumas vezes até carecendo de medicação. O pastor não pode sair dando nominações para problemas concretos das doenças que afetam a alma das pessoas.
5. Pastor tem que estudar História do Cristianismo
6. Pastor tem que ter hábito de escrever, fazer anotações, fugir do espontaneísmo. É inconcebível quem se diga líder religioso e não tenha o hábito de comprar livros, ler, anotar, comparar e compartilhar com seus irmãos de congregação. Não merece confiança um homem ou mulher que se digam pastores e não possuam biblioteca em sua casa, que não frequente livrarias, que não tenha caderno com anotações de suas leituras. Mesmo a Bíblia deve ser lida constantemente pelos pastores, comparando traduções e versões.
7. Pastor tem que comprar livros e lê-los integralmente.
8. Pastor tem que ser incentivador da escolarização dos membros;
9. Pastor tem que ter escola bíblica em sua congregação e fugir dos espetáculos religiosos dos nossos tempos.
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O autor não encontra razões bíblicas para distinguir os termos, pastor, presbítero e bispo. Sobre o texto todo aceita críticas, sugestões, levantamento de dúvidas.