GRAÇA E VERDADE CAMINHAM JUNTAS
O Salmo 23 é concluído com a afirmativa de que a bondade e a misericórdia seguirão o salmista por todos os dias da sua vida. Esta afirmativa, muitas vezes, traz alento e consolo para os que confiam em Deus e se alegram na sua justiça. Por vezes, me ponho a refletir sobre a graça de Deus na vida dos homens, e busco, em Cristo, alcançar um maior discernimento do que vem a ser tão grande e precioso bem que Deus dispensa aos homens; e podemos, se assim o quisermos, ser inundados neste oceano de maravilhas. Assim, eu retomo o salmo 23, e o parafraseio, alterando bondade e misericórdia por GRAÇA e VERDADE. Estas duas existências precisam caminhar lado a lado, pois viver uma vida inserida na graça, requer uma vida constituída na verdade. Manter a fé em Jesus concede ao homem nova visão, novos conceitos, uma nova postura de vida; sendo propício fazer uso das palavras do apóstolo Paulo, quando este afirma que tudo novo se fez. As coisas velhas passaram (2CO 5:17). Há nesta nova vida um discernimento da verdade que apontam para a graça acolhedora de Cristo. Mas ela é muito mais que isso: a graça de Deus regenera, liberta, consola, transforma, salva, sem querer aqui esgotar todos os seus inúmeros benefícios. Viver sobre a graça de Deus é sinônimo de ter uma vida de liberdade. Embora se deva ressaltar que isto não resulta em libertinagem. Mais uma vez, o apóstolo Paulo afirma: 'Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém" (1CO 6.12). É aí que a graça exige que se olhe para a verdade; o que me faz refletir sobre a parábola do filho pródigo. Exemplos da graça são fortemente reconhecidos naquela história. O pai derrama sobre o filho o seu amor, o seu perdão, o seu abraço, o seu consolo. Mas a graça desponta bem antes. Graça e verdade caminham juntas. A graça se achega aquele rapaz e o faz olhar em torno de si. Não mais em torno do próprio umbigo como sempre fizera. Mas sobre como ele está, onde está, em que se transformou. O sofrimento poderia ter lhe proporcionado um endurecimento ao coração. Mas, a graça de Deus lhe proporciona reflexão diante do sofrimento; e reconhecimento de seus erros. A graça se aproxima, e com ela a verdade. A decisão de voltar para casa só vem alicerçada pela mudança devido a graça que lhe cerca, que lhe proporciona a transformação necessária. O que assegura a afirmação de que houve a a graça de Deus nesta decisão foi o reconhecimento por parte do rapaz em QUEM ele se transformou, e que de fato, a verdade o fez decidir mudar. Viver inundado na graça é reconhecer que se é dependente do criador, e que é possível alcançar curas, transformação, redenção, e enfim, a salvação. É ter em mente que viver a graça é se ter a liberdade de ter harmonia e intimidade com o Senhor, conhecendo-o, e esforçando-se para viver segundo os seus ensinamento, na confiança de que Ele o resgatou de influências destrutivas, de situações perdidas, de ambientes tenebrosos e de lugares de morte, e lhe colocou no palco de luz para reinar. E que a nova vida que lhe chega é cheia de graça, e deve ser pautada na verdade de sua palavra, para que enfim se possa desfrutar da vida em abundância (JO 10.10) que somente ele é capaz de prometer e verdadeiramente proporcionar. Assim, vale à pena encerrar refletindo as palavras de Max Lucado, quando este afirma que: "Você não pode ser qualquer coisa que desejar ser. Mas pode ser tudo o que Deus quer que você seja". E Deus quer que você tenha uma vida de GRAÇA e VERDADE.
A paz do Senhor a todos.