Escola Bíblica - Efésios 4 - A ética cristã

1. O cristão e a justiça humana – 4:1

Deixemos bem claro aos estudiosos das Sagradas Escrituras que nos dias do apóstolo Paulo não havia polícia civil, polícia militar, antes que os bem intencionados em justificar e glorificar o trabalho de muitos que arriscam a vida todos os dias pela nossa segurança forcem as passagens bíblicas para encontrar nelas a existência e as regras de atuação das polícias modernas. Nos tempos do apóstolo Paulo a justiça e a punição eram feitas, exclusivamente, pelo Imperador, que era absoluto em suas decisões e idéias e as prisões efetuadas pelo Exército do Império.

a) A população carcerária – de repente pode um cristão ser preso, amargar o sofrimento e o castigo das nossas cadeias? A resposta é um enfático sim. Vale até uma pesquisa entre os apenados quantos professam alguma fé. Por que as pessoas estão presas? Os motivos são diversos, desde os que roubam e matam por motivos sórdidos e desrespeito aos direitos humanos, a não valorização da vida, até os que estão presos porque a luta pela vida, pela sobrevivência dos seus queridos, está em perigo. Como os discípulos colhem espigas em lugares alheios para matar a fome.

b) Nos primeiros séculos era comum que cristãos autênticos, dedicados, dividissem celas com criminosos, fossem crucificados com bandidos da pior estirpe. E isso não era motivo de vergonha. Eles estavam lá porque praticaram o bem, amavam o Senhor. Hoje a democracia e a justiça progrediram, os tempos são outros. Imaginemos que as pessoas procurassem seguir em suas vidas os valores cristãos, não haveria necessidade de prisões. A melhor forma de diminuir a população carceçaria é o ensino de valores morais e espirituais, muitos encontrados na Bíblia, as nossas crianças e aos nossos jovens, em tempo hábil. Um ensino forte, substancioso, feito a partir das famílias e das boas igrejas, como enfrentamento a relativização da vida e ao uso indiscriminado da falsa liberdade, do uso de drogas lícitas ou não permitidas. (1 Pedro 4.15; Provérbios 22.6)

c) Andar com dignidade:

Dignidade humana a base dos Direitos Humanos, nossa e dos outros. Ser bom exemplo de cidadão, de cristão, de profissional, de médico, psicólogo, de enfermeiro, de professor. Praticar boas obras. Observar as leis do Sermão do Monte (Mateus 5 a 7)

d) Não tenhamos ilusões. Pessoas boas, honestas, com padrões de Ética, podem ser perseguidas, suscitam ciúmes e invejas, não alcançam promoções, não compactuam com aconchavos indecentes na política moderna, no serviço público, nas intrigas palacianas. Nem todos que tem nome sujo, estão nas cadeias, de fato são corruptos. Há gente pagando elevado preço por manter-se dentro princípios sadios e de boa conduta.

e) Quando souber que alguém está em baixa, difamado, seja cauteloso, as acusações que lhe são imputadas podem ou não ser justas.

f) Quando voce estiver passando por alguma perseguição ou sofrimento, pergunte-se mereço e por quê?

2. Onde andar com dignidade? Efésios 4.2

a) Na vida secular, no mundo, no dia a dia, com os vizinhos, nas empresas, nas amizades, nas relações profissionais, no mundo político.

b) Na congregação, nas relações com os irmãos, com as igrejas co-irmãs.

3. Como andar com dignidade? Efésios 4.2

a) Toda a humildade. Qual a origem da palavra humildade? Pesquise. Para o apóstolo é com TODA e não pouca humildade.

b) Mansidão

c) Longanimidade

d) Suportando-vos uns aos outros – qual o significado de suportar os outros na língua original?

e) Pense nestas três palavras nas relações políticas internacionais? Teríamos greves? Guerras, genocídios, uso de armamento nuclear, invasões?

f) Até onde o cristão pode suportar a humilhação, ser tolerante, sem ser usado e manipulado, sem perder a personalidade e o caráter?

g) Princípio da unidade na diversidade: como ficam nossos desejos e propósitos de apologética? Como nos posicionamos com os pastores e pensadores religiosos que desejam uma teocracia ao invés da democracia? Deve a religião guiar o Estado? A unidade em nossas comunidades, no trabalho, nas escolas, hospitais. E quando há corrupção num grupo como manter ou não manter a unidade?

h) E o relacionamento interdenominacional? Ecumênico? Devem as religiões se unirem ou dialogarem, terem atos e participações comuns?

i) Conhece a música de John Lennon, Imortality?

j) Será que a tese segundo a qual o mundo e o universo caminham para a unificação procede?

“Portanto, a primeira coisa a que ele aspirava da parte dos seus queridos filhos na fé, como sendo o que convinha a essa unidade e como meio de a manter na prática, era o espírito de humildade e de doçura, a paciência de uns para com os outros em amor” (J. N. Darby, pág. 134)