Escola Bíblica crítica: apontamentos em Mateus 2:13-18 - Fonte para a fé cristã moderna

Estudamos a passagem de Mateus 2.13-18 - A fuga da sagrada família para o Egito. É bom prestar atenção na teologia de Mateus e trabalha-la com os participantes da comunidade que você ensina ou pastoreia.

1. Teologia do capítulo

A. Fontes da revelação cristã-judaica.

- Mateus trabalha com o modo judeu de revelação: sonhos e aparições miraculosas

- O que Mateus chama de "divina revelação" nada tem a ver com o que os pastores pentecostais chamam de "orar por divina revelação" na qual supostamente revelam doenças e doentes. Divina revelação aqui é a de novos ensinamentos, verdades, algo em torno do que os espiritualistas chamam de vidência. Os reis magos foram avisados por divina revelação para fugir para o Egito e não para serem curados de alguma enfermidade. Esse tipo de revelação foi sempre desconhecido dos autores da Bíblia e representa uma afirmação perigosa em nossos dias, capaz de levar as pessoas a se submeter aos pastores autoritários legitimando as mais variadas doutrinas por mais absurdas que sejam.

- Podemos nos perguntar se Deus ainda se manifesta para nos ensinar verdades, aprimorar nossa fé, nos fazer crescer no conhecimento, através de sonhos. Devemos incentivar que nossos irmãos contem seus sonhos na comunidade? Fazerem pregações expositivas sobre seus sonhos?

- Por que algumas igrejas não aceitam os sonhos como fonte de autoridade da fé cristã.

- Qual o papel das visões no ensinamento cristão. Quais igrejas e movimentos começaram através das visões de seus líderes, quais os acertos destas e os erros?

- Sonhos, visões, a Bíblia, qual a diferença entre estas? Deus continua, visto que Deus é o mesmo ontem, hoje e eternamente? Então como explicar Hebreus 1:1-3?

2. Oportunidade para debater a atualidade ou o encerramento das manifestações espirituais nos cultos cristãos como na igreja primitiva. Será que a presença de tais sinais nos cultos seriam a prova de fidelidade dos cristãos modernos às suas origens cristãs ou sinais da presença de Deus nos ministérios presentes? Precisamos ainda dos dons espirituais? Será que o conteúdo dos ensinamentos do Novo Testamento ou conhecimentos que se aperfeiçoaram no decorrer dos tempos não substituíram e muito melhor as práticas espiritualistas dos primeiros cristãos?

3. O que contribui para a comunidade, para o próprio indivíduo, tanta coisa chamada de dom de línguas, profecia, curas e por que outros dons não são enfatizados nas manifestações? Todas estas coisas não pertencem ao desenvolvimento da igreja cristã, que nasceu, foi adolescente e finalmente encontra-se em estado de maturidade, com melhores recursos para ensinar e praticar a verdade cristã?

1 Coríntios 13:8-13.

4. Mateus fala de sonhos, visões, manifestações, porque está num ambiente judeu e estes gostam de sinais (1 Coríntios 1:18-21).