UM INSTANTE POR FAVOR
UM INSTANTE POR FAVOR
Sou um eterno pecador e imperfeito por parte do Senhor, no entanto, procuro os saudáveis caminhos para ter uma vida melhor e mais humana. Fico a meditar como nós seres humanos, estamos inaptos para imantar o amor ao próximo, estimular nossos parentes, e amigos, a praticarem o bem sem olhar a quem. Às vezes fico a meditar sobre a violência no mundo e, não consigo chegar a um denominador comum. Quando somos submetidos a uma destinação ou a uma experiência, temos que procurar apoio, seja material ou espiritual. Somos matéria é bem verdade, e logo ao iniciarmos nossa tarefa terrena nos deparamos com vários obstáculos, e com o passar do tempo nos habituaremos ao meio em que vivemos. Somos tão imperfeitos e fracos que ao nascermos se não tivéssemos uma protetora para nos amamentar morreríamos de fome.
Aliás, são os dois enigmas que temos que conviver aqui no orbe terrestre, a vida e a morte. Materialistas e espiritualistas convivem nesse mundo cruel e desumano. Quando pequeno, ao começar a engatinhar e a balbuciar vamos denotando o valor da vida. Vamos à escola, pois temos que seguir em frente, e se envolver nas nuanças que a vida nos proporciona. Vem colégio, educação social, religiosa, educação familiar, enfim, muitas tarefas para serem cumpridas. Na educação familiar enfrentamos problemas diversos, na escola também e a cada ano que vivemos, muitas pedras de tropeços, surgem espinhos que se apresentam cruéis, muitas topadas levaremos, mas temos que nos acostumar com tudo isso. Escuto muito religiosos afirmarem: a verdade está na palavra de Deus.
E muitos indagam onde está Deus? Outras afirmam que a palavra de Mestre Maior está na Bíblia, mas quem teria escrito esse livro, pois se Deus existe Ele é Espírito. A definição mais perfeita de Deus que conheci foi à seguinte: "É a inteligência Suprema, causa primária (primeira) de todas as coisas. Outros afirmam que Ele quer o bem de todos e não deseja o mal a ninguém. Um instante, por favor, mas se Ele não deseja o mal de ninguém como a humanidade cristã aprendeu que o Mundo foi criado em sete dias e no último Ele descansou. Será que existe necessidade do Espírito descansar? Uns dizem que o Mundo foi criado através de uma explosão chamada de Big Bang, mas quem teria provocado essa explosão? Vem a criação dos homens e não seria a primeira criação de Deus.
Ele teria sido feito do barro e através de um sono profundo, Deus teria retirado uma de suas costelas e criado a mulher sua companheira. Viviam felizes no paraíso, até que surgiu uma serpente para tentar a mulher a comer do fruto proibido, mas que fruto seria este? Desde quando a maçã é um fruto proibido! Um instante, por favor: não teria sido a prática do sexo e que a igreja achou suja essa terminologia e, criou o pecado nominado de original? Depois que pecaram Adão e Eva o primeiro casal do mundo se sentiram nus e foram expulsos do paraíso, por esse pretenso pecado e foram viver fora do paraíso de Deus.
Ao serem expulsos teria Deus afirmado: "Crescei e multiplicai-vos". Adão e Eva tiveram dois filhos: Caim e Abel que procuraram sempre agradar ao seu Senhor, porém um com inveja do outro praticou um crime de morte. Caim mata Abel. Um instante, por favor: Como pode Deus criador do Mundo começar a história mundial, sujando o Mundo com a violência, onde um irmão mata o outro. Não poderia o Mundo ter começado pela prática do bem, da fraternidade e da caridade. Claro que sim!
O outro filho de Adão e Eva se chamaria Sete, mas um ser masculino na História. Uma confusão formada para os estudiosos chegarem a uma conclusão plausível. Deus procurou Caim, fez - lhe um sinal para que ele não fosse vingado, mas por quem, se só existiam eles na face da Terra. Assim foi feito e Caim seguiu seu destino e foi para a cidade de Node, onde formou sua geração. Um instante, por favor: Mas quem teria se juntado a Caim para formar essa geração? São coisas que a religião não explica. Assim caminhou a humanidade através de alegorias, fantasias e de alegações literais.
Nesse artigo queríamos que os amigos leitores pudessem dar opiniões acerca do assunto que para nós ainda é muito complicado e cheio de mistérios. Se existir uma afirmação de que a Bíblia (a história de Deus) teria sido escrita pelos homens, vocês acreditariam? Um instante, por favor: Mas quem é o autor do livro mais influente de todos os tempos? As respostas são surpreendentes - e vão mudar sua maneira de ver as escrituras. Ou não? Em algum lugar do Oriente Médio, por volta do século 10 a.C., uma pessoa decidiu escrever um livro. Pegou uma pena nanquim e folhas de papiro (uma palavra importado do Egito) e começou a contar uma história mágica, diferente de tudo o que já havia sido escrito.
Era tão forte, mas tão forte, que virou uma obsessão. Durante os mil anos seguintes, outras pessoas continuaram reescrevendo, rasurando e compilando aquele texto, que viria a se tornar o maior Best - seller de todos os tempos: a Bíblia. Ela apresentou uma teoria para o surgimento do homem, trouxe os fundamentos do judaísmo e do cristianismo, influenciou o surgimento do islã, mudou a história da arte - sem a Bíblia, não existiriam os afrescos de Michelangelo nem os quadros de Leonardo da Vinci - e nos legou noções básicas de vida moderna, como os direitos humanos e o livre-arbítrio. Mas quem escreveu afinal, o livro mais importante que a humanidade já viu?
Quem era e o que pensavam essas pessoas? Como criaram o enredo, e quem ditou a voz e o estilo de Deus? O que está na Bíblia deve ser levado ao pé da letra, o que até hoje provoca conflitos armados? A resposta tradicional você já conhece: segundo a tradição judaico-cristã, o autor da Bíblia é o próprio Todo Poderoso. E ponto final Mas a verdade é uma pouco mais complexa que isso. Um instante, por favor, você concorda com essas indagações ou tem uma opinião formada sobre a criação do Mundo e que deus teria citado tudo e que suas palavras estão na Bíblia?
Você conhece a história da Bíblia segundo Marcião? E que existem escrituras em séries? Marcião de Sínope ou Marcion em grego Mapkicov, Ca. 85 - 160 (75 anos) foi um dos mais proeminentes heresiarcas durante o Cristianismo primitivo. A sua teologia chamada marcionismo propunha dois deuses distintos, um no Antigo Testamento e outro no Novo Testamento e foi denunciada pelos Pais da Igreja e ele foi excomungado. Curiosamente essa separação será posteriormente adaptada pela igreja e utilizada a partir de Tertuliano, assim como a sua rejeição de muitos livros que seus contemporâneos consideravam como parte das escrituras mostrou à Igreja antiga a urgência do desenvolvimento de um cânon bíblico.
Hipólito relata que Marcião era filho de um bispo na cidade de Sinope, na província romana do Ponto (atualmente Turquia). Seu contemporâneo Tertuliano o descreveu como um proprietário de barcos. Marcião provavelmente foi consagrado bispo, provavelmente um assistente ou um sufragâneo de seu pai em Sinope. Quando se encontrou com ele, Policarpo de Esmirna chamou-o de "primogênito de satanás" segundo Jerônimo Epifânio afirma que após um começo como um asceta, ele seduziu uma virgem e foi excomungado por seu pai, fazendo com que ele deixasse a sua cidade natal.
Este relato já foi contestado por estudiosos, que o considerou como "fofoca maliciosa". Mais recentemente, Bart D. Ehrman sugeriu que esta "sedução de uma virgem" seria uma metáfora para a sua corrupção da Igreja cristã, sendo esta a virgem não deflorada. Márcião viajou para Roma em 142-143 d.C. Nos anos seguintes, Marcião desenvolveu seu sistema teológico e atraiu um grande grupo de seguidores. Ele fez uma notável doação de 200.000 sestércios para a Igreja. Quando os conflitos com os bispos de Roma começaram, Marcião organizou seus seguidores em uma comunidade separada. ( Fontes: Superinteressante, Wikipédia). Ele foi eventualmente excomungado pela Igreja de Roma e sua doação foi devolvida.
Após sua excomunhão, ele retornou para a Ásia Menor , onde continuou a propalar o marcionismo. O estudo das Escrituras Judaicas juntamente com outros escritos que circulavam na época da igreja nascente (a maioria foi eventualmente incorporada no Cânone do Novo Testamento) levaram Marcião a concluir que muitos dos ensinamentos de Jesus Cristo eram incompatíveis com as ações de Deus no Antigo Testamento. A resposta dele para este paradoxo foi o desenvolvimento de um sistema dualista por volta do ano 144 d.C.
Esta noção dual de Deus permitiu que Marcião reconciliasse as supostas contradições entre a teologia da Antiga Aliança e a mensagem de Boas Novas. Marcião afirmava que Jesus Cristo era o salvador enviado por Deus Pai, com Paulo como seu principal apóstolo. Ao contrário da nascente igreja, Marcião declarava que o Cristianismo era distinto e oposto ao Judaísmo. Marcião, contrário ao que muitos acreditam, não afirmou que a Bíblia e as escrituras judaicas eram falsas.
Ele acreditava e argumentava que ela deveria ser lida de maneira absolutamente literal, provando assim que YHWH não era o mesmo Deus a quem Jesus se referia. Um exemplo: no Gênesis, quando YHWH está andando no Jardim do Éden perguntando onde estava Adão, Marcião interpretava isso como se YHWH tivesse literalmente andando através do jardim em alguma forma de corpo físico e que literalmente não sabia onde estava Adão «Deus Jeová chamou ao homem, e perguntou-lhe: Onde estás?» (Gênesis 3:9) Ele argumentava que isso provaria que YHWH poderia habitar um corpo físico (algo que o Pai jamais faria) e que YHWH também era capaz de ser ignorante, algo completamente diferente do Pai a quem Jesus se referia.
O Deus do Antigo Testamento o Demiurgo, a Divindade criadora do mundo material seria então uma divindade tribal invejosa dos judeus, cuja Lei representaria a justiça recíproca legalista e que pune a humanidade por seus pecados com sofrimento e morte. Já o Deus a quem Jesus se refere seria um ser completamente diferente, um Deus universal de compaixão e amor e que olha para a humanidade com compaixão e piedade.
Marcião afirmava que Jesus era o filho do Deus Pai, mas entendia a encarnação de maneira docética, ou seja, de que o corpo de Cristo era apenas uma imitação de um corpo material. Ele acreditava que Cristo na crucificação pagou a dívida de pecado que humanidade tinha, absolvendo-a e permitindo que ela então herdasse a vida eterna.
Marcião propôs um cânon bíblico. Porém, seu cânon só tinha onze livros agrupados em duas seções, o Evangelho, u ma versão do Evangelho de Lucas e dez cartas do "apóstolo", ou seja, de Paulo, a quem ele considerava como o mais correto intérprete e transmissor da mensagem evangélica de Jesus. Ambas as seções também foram purgadas de elementos relacionados à infância de Jesus, a religião judaica e outros materiais que contestavam a sua teologia dualista.
Marcião também produziu uma obra chamada Anthiteses, que contrastava o Demurgo com o Deus Pai. Muitos ateus afirmam que Jesus nunca existiu, mas não acreditamos nessa afirmação ateísta, pois se o Cristo não tivesse vindo a Terra o que seria de nós. Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-FORTALEZA/ CEARÁ